Fique por dentro das notícias da semana de 7 a 12 de julho

Confira os destaques dos noticiários desta semana.
Protestos no Cairo. Spencer Platt/Getty Images
Após deposição do presidente, situação no Egito continua tensa
Após o golpe que depôs o presidente do Egito, Mohamed Mursi, no dia 3 de julho, o país ainda se encontra dividido – e não apenas entre apoiadores e opositores do golpe. Agora, a Frente de Salvação Nacional (FSN), que reúne partidos contrários à Irmandade Muçulmana (que estava no poder), apresenta divergências internas. O maior problema envolve a nomeação do ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, para o cargo de premiê. O partido Al-Nour, dissidente da Irmandade, o vetou por considerar que ele “não é politicamente neutro nem um tecnocrata” como a oposição havia prometido e por estar em oposição ao governo deposto. Na segunda-feira (8), o Al-Nour resolveu sair da FSN.
O presidente interino anunciou plano para reforma da constituição e realização de eleições. Mas as ruas do país têm sido tomadas por confrontos entre apoiadores do golpe militar e apoiadores islamitas de Mursi. Na segunda, o Exército matou 51 pessoas e deixou mais de 400 feridos. A classe média não islamita também foi às ruas para criticar o governo americano por apoiar Mursi contra “a vontade povo”.
Leia mais:
– Multidão favorável a Mursi pede retorno do presidente
>>Acompanhe as notícias sobre o Egito aqui (Exame.com).
Mercosul decide retirar suspensão ao Paraguai
Os países do Mercosul decidiram em sua reunião semestral, realizada nesta sexta-feira (12), revogar a partir de agosto a suspensão do Paraguai no bloco. O país havia sido suspenso no dia 29 de junho de 2012 devido à cassação por parte do Parlamento paraguaio do então presidente Fernando Lugo. Depois de “avaliar positivamente” a realização das eleições gerais no país no dia 21 de abril, os presidentes de Brasil, Dilma Rousseff; Argentina, Cristina Kirchner; Uruguai, José Mujica; e Venezuela, Nicolás Maduro, decidiram acabar com a suspensão. Com a posse do novo governo paraguaio, serão considerados cumpridos os requisitos estabelecidos no artigo 7 do Protocolo de Ushuaia sobre o compromisso democrático. (Via Exame). No entanto, o governo paraguaio, que já discordava da suspensão, reclama do fato de ela só acabar depois do próximo dia 15, alegando que sempre respeitou a democracia. Além disso, também discorda da entrada da Venezuela no bloco (que ocorreu na época da suspensão paraguaia) e da entrega da presidência rotativa ao presidente venezuelano Nicolás Maduro, dizendo que o país não se ajusta aos tratados internacionais assinados pelo Mercosul.
Mudança nas profissões da área de Saúde
Medida provisória anunciada nesta segunda (8) determinaram mudanças na área da saúde. Além da vinda de médicos estrangeiros, estudantes terão de trabalhar dois anos no Sistema Único de Saúde além dos seis anos de faculdade para obter o diploma; governo oferecerá incentivo de até 8 mil reais por mês a quem se dispuser a atuar em áreas prioritárias. Também serão criadas mais 11.447 vagas em cursos de medicina. o plano também prevê que outros profissionais da saúde, como dentistas, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, também devam trabalhar no SUS. (Leia mais em uma matéria do Guia do Estudante).
OMC diz que Brasil sai perdendo em relações comerciais com a China
A Organização Mundial do Comércio (OMC) publicou nesta terça (9) um informe com avaliações de especialistas da Universidade Duke e do MIT dizendo que, apesar de a China ser o maior parceiro comercial do Brasil, a relação bilateral está desfavorável para o lado brasileiro. Isso se deve às barreiras comerciais chinesas e à falta de uma política exportadora brasileira. Como resultado, o Brasil acabou se tornando um fornecedor de produtos sem valor agregado e passou a importar um volume cada vez maior de bens tecnológicos chineses. O cenário está oposto ao que era em 1996, quando 40% de tudo o que a China vendia ao Brasil eram produtos de baixo valor tecnológico e apenas 25% eram bens de alto valor agregado. Agora, 42% de tudo o que o Brasil compra da China corresponde a itens de alta tecnologia e só 20% são produtos básicos. (Via Estadão).
Rússia aprova lei que pune “propaganda homossexual” e “ofensas aos sentimentos religiosos”
Nesta terça (9), deputados russos aprovaram uma lei que pune qualquer ato de “propaganda homossexual” em frente a um menor de idade. A punição é ainda mais severa se a propaganda foi feita na internet e prevê que estrangeiros também poderão ser obrigados a pagar multa, além de detidos por até 15 dias e expulsos do país. Outra lei aprovada reprime “ofensas aos sentimentos religiosos”. (Via Exame).