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Atualidades no Vestibular

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Terremoto na Bolívia é sentido em estados brasileiros; entenda o caso

Prédios foram evacuados por causa do tremor em São Paulo e no Distrito federal

Por Julia Di Spagna
Atualizado em 2 abr 2018, 18h54 - Publicado em 2 abr 2018, 18h05
As ruas foram tomadas por pessoas que tiveram de deixar os prédios em cidades brasileiras (José Cruz/Agência Brasil)
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Na manhã desta segunda-feira (2), diversos prédios foram evacuados na Avenida Paulista, no Centro de São Paulo e em Brasília (DF), após relatos de tremores. O fato teria ocorrido por conta dos reflexos de um terremoto na Bolívia.

O fenômeno atingiu a região de Carandayti com uma magnitude de 6,8 na Escala Richter. Também foram feitos relatos no Paraná, no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Abalos sísmicos, fenômenos naturais e o movimento de placas tectônicas são temas frequentemente cobrados em vestibulares. Veja um conteúdo exclusivo do Guia do Estudante para estudar sobre o assunto de maneira mais aprofundada.

Os vigorosos agentes internos e externos que, a cada segundo, modelam o relevo

O relevo é resultado da dinâmica de fenômenos internos e externos sobre a camada mais superficial da Terra, a litosfera. Depressões, planícies, planaltos e montanhas foram esculpidos no decorrer de milhões de anos – e continuam em constante transformação. A qualquer momento, por exemplo, terrenos podem ser elevados por pressões de dentro do planeta ou mesmo ser gastos por agentes do intemperismo, mudando de cara e ganhando novas curvas.

Duas ações combinam-se para modelar o relevo: as forças internas ou endógenas, que dão as linhas mestras do relevo, e as externas ou exógenas, que modificam as formas já existentes. Veja a seguir as forças que esculpiram – e continuam esculpindo – os contornos do planeta.

Forças internas

Também chamadas de endógenas, são as forças responsáveis por dar forma ao relevo. São três os agentes internos do globo: o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos.

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Tectonismo

São os lentos deslocamentos das placas tectônicas, que podem ser vertical ou horizontal. Quando é vertical (epirogênese), levanta ou abaixa a crosta durante um prolongado espaço de tempo. É o que ocorre, por exemplo, na Península Escandinava, que se eleva alguns centímetros todo ano. Quando o movimento de uma placa em relação a outra é horizontal (orogênese), uma acaba entrando embaixo da outra (a subducção). É o processo que resulta na formação das imensas cadeias de montanhas e de fossas. Veja exemplos de como as placas tectônicas se movimentam.

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E O VENTO MUDOU As dunas exemplificam como o relevo está sujeito a transformações

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Abalos sísmicos

São tremores na superfície terrestre causados pelo movimento das placas tectônicas ou em virtude da grande energia liberada pelo vulcanismo. Eles se propagam a partir do hipocentro (foco de contato entre as placas) em ondas pelas rochas, atingindo regiões distantes do epicentro (ponto na superfície da Terra diretamente acima do local onde se registra a maior intensidade do tremor). A cada vez que as enormes placas se encontram, grande quantidade de energia fica acumulada em suas rochas. De tempos em tempos, o arsenal é liberado de forma explosiva – essa liberação pode ser sentida por meio de terremotos que chacoalham as áreas continentais do globo, geralmente nas bordas das placas. Quando os abalos sísmicos ocorrem no fundo oceânico, são batizados de maremoto. Esses últimos podem causar os temíveis tsunamis, ou ondas gigantes.

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Terremotos no Brasil

As regiões mais propícias a terremotos localizam-se na junção das placas tectônicas. Isso explica a maior incidência de tremores em países como Chile, Japão e Irã. Como o Brasil fica bem no meio da placa Sul-Americana, uma região bem mais estável, não há abalos sísmicos de grandes proporções. Mas isso não significa que estamos livres de tremores. Fenômenos de pequena intensidade podem se manifestar como reflexo de outros ocorridos em locais mais distantes em razão de pequenas falhas nas placas. Em abril de 2008, um abalo de 5,2 pontos na escala Richter atingiu a cidade de São Paulo e assustou milhares de moradores. Um ano antes, um tremor de 4,9 pontos na cidade de Itacarambi, no norte de Minas Gerais, provocou a primeira vítima fatal de terremotos no Brasil, depois que uma parede caiu sobre uma criança de 5 anos.

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