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Celulares, computadores, aparelhos de TV e equipamentos eletroeletrônicos de modo geral ficam velhos, obsoletos e são descartados. E o que fazer com todo este lixo eletrônico, ou e-lixo, como também é chamado?
O que complica a destinação correta e a reciclagem desse material é a sua complexidade. Em cada aparelho há centenas de componentes e uma infinidade de materiais.
O problema vai além da simples disposição do plástico, vidro e metais desses aparelhos, que demoram séculos para se decompor na natureza. Os equipamentos contêm substâncias perigosas, como mercúrio, cádmio, chumbo, zinco e manganês, capazes de penetrar no solo e contaminar a água, além de emitir gases poluentes.
Em 2017, o volume desses aparelhos jogados fora em todo o planeta deve ser da ordem de 50 milhões de toneladas. No Brasil, embora não haja estatísticas oficiais, estima-se que sejam descartados algo como 1,2 a 1,4 milhão de toneladas de lixo eletrônico por ano. No entanto, somente 724 das mais de 5.500 cidades brasileiras têm algum tipo de coleta específica deste material.
Devido ao alto custo de reciclagem do lixo eletrônico, os países mais ricos preferem exportar o material para as nações mais pobres do que tentar reaproveitá-lo. Dessa forma, computadores velhos, celulares antigos e outros equipamentos dos Estados Unidos e de nações europeias vão parar em países como China, Índia, Nigéria e Gana.
Nesses lugares, parte do material é enviada para fábricas informais de reciclagem. Em outros casos, vai parar em lixões, que são revirados por pessoas que buscam seu sustento extraindo cobre, alumínio e ferro de toda essa sucata, mesmo estando sujeito à exposição tóxica das substâncias presentes nos componentes eletrônicos.