Imagine que, na sua programação, hoje é o dia de estudar eletromagnetismo na disciplina de física. Sendo assim, você planejaria a sessão de estudo:
a) reservando três horas para esse tópico, com exercícios, e o daria por encerrado? Ou b) estudando por uma hora neste dia, depois mais uma hora daqui a dois dias, e mais uma alguns dias depois?
>> Por que você precisa parar de fazer várias coisas ao mesmo tempo
O pensamento lógico diz que tanto faz, afinal, seriam três horas estudadas em qualquer das duas maneiras. Que importa se é tudo de uma vez ou dividido em “parcelas”? Mas a lógica não faz sentido aqui. A melhor opção para o cérebro absorver mais informação é a segunda, dividindo o estudo de uma só matéria ao longo de alguns dias. Então, se você opta por estudar em prestações, as chances de você aprender mais é grande.
O motivo é que, a cada intervalo, o cérebro “fermenta” as informações, sedimentando tudo lá no fundo, de forma que, quando você retoma o assunto algum tempo depois, já está mais preparado para dar continuidade e entender o resto. Esse princípio é fundamental na teoria do aprendizado: aprendemos no ato de estudar, mas o cérebro não fica parado nos intervalos, nem mesmo dormindo.
>> Como parar de procrastinar em um só passo
Imagine o cérebro como um animal ruminante: nos momentos em que estamos descansando, o cérebro está mastigando aquela ideia, processando e armazenando o que foi estudando, tudo sem que percebamos conscientemente.
É por isso que não adianta virar a noite estudando para uma prova no dia seguinte, e também não dá certo “dar uma última estudada” faltando horas para o vestibular! O cérebro precisa de tempo para absorver os conteúdos, por isso, estudar correndo só vai deixá-lo cansado para os exames.
Consultoria: Você sabe estudar?, de Claudio de Moura Castro, Editora Penso