Como se escreve: band-aid, band-eid ou bandeide?
Uma palavra, duas grafias e muita história por trás do curativo mais famoso do mundo
Você já deve ter passado pela situação: cortou o dedo, correu para a caixinha de primeiros socorros e procurou por um “Band-Aid”. Mas será que é assim mesmo que se escreve? Sim! Mas não é a única forma. Pasme: “bandeide” também é aceito!
A primeira corresponde ao nome original em inglês, criado pela marca da Johnson & Johnson. Já a segunda é a forma aportuguesada, que aparece em dicionários como Aurélio, Priberam e Aulete, embora ainda não esteja registrada no Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa (VOLP).
Como surgiu a marca?
O Band-Aid surgiu em 1920, inventado por Earle Dickson, funcionário da Johnson & Johnson, para ajudar a esposa, que se cortava com frequência cozinhando. O produto fez tanto sucesso que o nome da marca passou a ser usado de forma genérica para designar qualquer curativo adesivo. Com o tempo, a palavra perdeu a ligação exclusiva com a marca e começou a ser escrita até em minúsculas: “band-aid”.
Fenômeno linguístico: metonímia
Esse processo em que o nome de uma marca vira sinônimo de um produto é chamado de metonímia — uma figura de linguagem que substitui um termo por outro dentro do mesmo campo de significação. Isso também acontece em outras palavras do português, como:
- Banco (do inglês bank);
- Basebol ou beisebol (do inglês baseball);
- Chiclete (de chiclet);
- Estresse (de stress);
- Sanduíche (de sandwich);
- Xampu (de shampoo).
Exemplos no dia a dia
- Preciso comprar um Band-Aid para cobrir o corte no dedo;
- O médico sugeriu usar um band-aid até a ferida cicatrizar;
- Você tem um bandeide na bolsa?
- Coloquei um bandeide no pé para evitar bolhas.
Exemplos na imprensa
Cada veículo de comunicação usa o termo de uma forma. Confira!
Folha de S. Paulo: “A fonoaudióloga Priscila Jácomo, 30, elegeu um inusitado acessório de moda nesta temporada. Ela aderiu ao bandeide – isso mesmo, aos curativos – para incrementar o visual. Não se trata daquele produto bege e sem graça comprado na farmácia. ‘Não importa se é da Hello Kitty, do Tom & Jerry ou do Herchcovitch. Só não pode ser bege. Odeio essa cor!’, diz ela, que não está pensando em proteger qualquer machucado.”
Jornal O Globo: “Em tecnologia, muito se fala sobre os dispositivos vestíveis, como óculos e relógios que vão inundar o mercado este ano, normalmente voltados para o entretenimento e comunicação. Porém, um artigo publicado neste domingo na “Nature” descreve uma aplicação da nanotecnologia que pode revolucionar os tratamentos médicos. Trata-se de um adesivo, parecido com um Band-Aid, que pode armazenar e transmitir dados sobre os movimentos de um paciente, receber diagnósticos e aplicar medicamentos pela pele.”
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