Bzzz… Sabe aquele barulhinho de um monte de abelhas voando em conjunto? Esse grupo tem um nome específico: enxame! Sim, se escreve com “x”. “Enchame” com “ch” não existe. Por quê? Bora entender o motivo dessa dúvida e nunca mais errar!
Renata Silva, professora de Língua Portuguesa da rede Pitágoras, explica que “as palavras que iniciam com a sílaba ‘em’ seguem a regra ortográfica geral de serem escritas com ‘x’. Assim, temos ‘enxame’, ‘enxada’, ‘enxaguar’, entre outras”.
E você deve estar se perguntando: mas e a palavra “encher” não segue essa regra? “Não. A explicação é que vocábulos derivados de uma palavra primitiva iniciada por ‘ch’ devem manter sua escrita. Assim, ao usarmos o prefixo ‘em’ em uma palavra escrita com o dígrafo ‘ch’, a palavra derivada mantém-se fiel à grafia primitiva, como é o caso de ‘cheio’, que dá origem aos termos ‘encher’ e ‘enchente’”, explica a professora.
Desvendando a origem
A palavra “enxame” remonta ao latim “exāmen, ĭnis”, que significava, entre outros sentidos, um conjunto de animais ou pessoas. Hoje esse termo é usado para designar um grupo de insetos – como abelhas ou vespas – que voa juntos em grande quantidade. Também pode ser usado para se referir a muitas pessoas ou coisas aglomeradas em um mesmo lugar.
Exemplos
Como usar a palavra “enxame” no dia a dia ou ao escrever uma redação? Dá uma olhadinha nas sugestões abaixo.
- Um enxame de abelhas invadiu o jardim da vizinha.
- Um enxame de vespas atacou as pessoas na rua.
- O céu estava escuro devido ao enxame de mosquitos.
- Os insetos formaram um enxame ao redor da luz à noite.
- Nas férias, as praias ficam cheias de gente como um enxame.
Como a imprensa usa?
Você pode ver a palavra “enxame” em vários noticiários. Veja esses três exemplos veiculados em grandes veículos de comunicação.
“‘Enxame’: a série de terror satírico que virou sensação no Prime Video. Criada por Donald Glover e com Billie Eilish no elenco, produção examina a relação doentia entre fãs e celebridades”, revista Veja.
“As abelhas sem ferrão ainda podem defender seus ninhos quando atacadas, mas mordendo. Você pode pensar nelas mais como um incômodo do que como um enxame com ferrões mortais”, Folha de S. Paulo.
“Cruzando as previsões de clima com as condições de propagação dos gafanhotos, eles descobriram uma alta probabilidade de que novos ‘pontos críticos’ de enxames apareçam ao redor do mundo, em áreas anteriormente não afetadas – como no Paquistão e na Argélia, ou na Índia e Marrocos”, Superinteressante.
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