“Isenção” ou “Insenção”: qual é o certo?

Poucas semanas antes de iniciar as inscrições para a prova do Enem, estudantes podem solicitar via Página do Participante a opção de realizar o exame de graça, isto é, sem pagar a taxa de inscrição. Para isso, precisam comprovar que se adequam aos requisitos estabelecidos pelo Inep. Estes estudantes tem direito à: “isenção” ou “insenção” da taxa?

Sem enrolação, o termo correto é escrito da seguinte forma: “isenção”, sem o “N” depois do “I”. Essa é a forma nominal do verbo “isentar”. A palavra “insenção”, com dois “N”está errada e não consta na norma padrão da Língua Portuguesa.

Segundo o Dicionário Aulete, significa a “ação ou resultado de isentar-se”, ou a qualidade ou condição de “quem é imparcial, neutro”.

Veja alguns exemplos de uso da palavra “isenção”:

• Mais de 2,4 milhões de candidatos não precisarão pagar pelo Enem 2023, graças à isenção do pagamento da taxa;
• Antes de prosseguir, precisou pedir para o funcionário uma isenção total de responsabilidade;
• Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração;
• Presidente Lula garante que isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil deve ocorrer até 2026.

Para compreender melhor porque escrevemos “isenção” e não “insenção”, vamos recorrer à gramática. A confusão acontece por conta do prefixo “in”, um prefixo bem comum para expressar uma negação. Ele é presente em palavras como “infiel”, “insensato” e “inativo”. Mesmo tendo o sentido igual, não é o mesmo caso do “i” de “isenção”. A origem da palavra vem do latim “exemptio”.

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