‘Pátria’ tem acento? Saiba como se escreve do jeito certo
Você escreve "pátria amada" ou "patria amada"? Saiba a regra por trás da acentuação

Seja para enviar uma mensagem do 7 de setembro ou porque gostaria de escrever a letra do hino do Brasil corretamente, sem tropeçar na gramática, você provavelmente já se perguntou se a palavra “pátria” é grafada dessa forma, com acento – ou se o certo seria simplesmente “patria”.
Anote aí para não errar mais: no Brasil, convencionou-se escrever “pátria”, com o acento agudo no primeiro “a”. Essa é a forma que aparece nos dicionários e no VOLP, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.
Mas a história está longe de ser simples. No português de Portugal, por exemplo, a regra que vigora é outra. Confira abaixo a explicação, segundo Anna Chillemi, professora de redação do Colégio Oficina do Estudante.
Por que “pátria” tem acento?
Na Língua Portuguesa falada no Brasil, acordou-se que “pátria” tem acento porque é uma paroxítona (2 sílabas) terminada em ditongo crescente (ia). E, segundo essa regra, a primeira sílaba deve ser acentuada.
Mas, em Portugal, a leitura é outra. Por lá, “patria” é considerada uma proparoxítona, com a divisão silábica pa-tri-a.
“Essa confusão se deve a um debate sobre o que deve ser levado em consideração nessa divisão e as diferentes pronúncias da palavra; se consideramos que há um hiato, ou seja que deve ser separada como pá-tri-a ou se consideramos que há um ditongo, como em pá-tria, sem o isolamento da vogal “a” (registrando uma pronúncia atual no Brasil).”, afirma a professora Chillemi.
A professora relembra ainda outras palavras que sofrem da mesma ambiguidade: “casos como ‘glória’ ou ‘sério’ passam pela mesma questão da palavra ‘pátria’, que não está sozinha nessa confusão – no caso do adjetivo ‘séria’, no feminino, o acento também evita a confusão com a palavra ‘seria’ (conjugação do verbo ‘ser’)”.
Ficou com medo de se deparar com esse dilema no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)? Fique tranquilo! “Injusto seria um vestibular perguntar se se trata de uma paroxítona ou de uma proparoxítona. Se for uma questão dissertativa, essa ambiguidade pode ser explicada, mas se for uma questão objetiva, de múltipla escolha, e as duas opções estiverem presentes, a questão pode correr o risco de ser anulada”, tranquiliza a docente.
Exemplos
- Ao meu ver, nem tudo se justifica em nome da pátria;
- O slogan do governo Dilma Rousseff foi “Brasil, pátria educadora”;
- No protesto, viam-se várias bandeiras defendendo a pátria
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