“Por causa de” ou “por conta de”: qual é o certo?
Tem um que é mais correto do que o outro. Descubra aqui.
Há muitos ruídos na língua portuguesa que surgem da vontade de se comunicar melhor. Usar “por conta de” no lugar de “por causa de” é um desses exemplos. Muitas vezes, a pessoa faz essa substituição na tentativa de usar um português mais formal ou rebuscado, mas saiba: embora “por conta de” possa ser usado como sinônimo de “por causa de”, esse não é seu uso mais adequado.
“Por causa de” é uma expressão que indica, é claro, causalidade, razão, motivo. “Eu não consegui chegar no trabalho hoje por causa da greve dos ônibus” é uma frase correta que apresenta o motivo da ausência no serviço. Na dúvida, professores e gramáticos indicam usar preferencialmente o “por causa de” para indicar justificativa.
Outros exemplos de uso de “por causa de”:
- Eu não fui à praia por causa da chuva.
- Eu não fiz a lição de casa por causa do meu cachorro, que comeu minha tarefa.
- Ela não gosta de comer guacamole por causa do coentro.
E a expressão “por conta de”?
Ela também existe, e também pode significar causalidade – mas seu significado mais correto indica que algo está sob responsabilidade de alguém.
“Por conta de” pode ser substituído por “a cargo de” ou “à custa de”. Veja alguns exemplos:
- O relatório que a chefe pediu ficou por conta do pessoal do marketing
- O preparo do bolo de aniversário ficou por conta dos pais.
Ou seja, usar “por conta de” no lugar de “por causa de” não demonstra um conhecimento maior da língua – pelo contrário.
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