Variantes linguísticas, ou variações linguísticas, são tópicos de Língua Portuguesa que caem muito nas provas do Enem, e nos vestibulares de importantes faculdades e universidades. E não é para menos, pois pode-se dizer que elas são a cereja do bolo! Isso porque as variantes são a grande ressalva das exigências da norma padrão da língua, a chamada norma culta. Vamos explicar. Veja os diferentes conceitos envolvidos e porque as variantes são importantes e caem nas provas.
O que são as variantes linguísticas
São palavras inventadas, transformadas, além de expressões. Elas são históricas (surgem ou somem ao longo de gerações), são regionais ou de grupos sociais. Veja exemplos dos três tipos:
Variantes históricas – Vossa mercê virou “vosssemecê”, que virou “vosmecê”, que virou você. O adjetivo “maganão” foi usado até o século XIX, queria dizer brincalhão, engraçado, mas deixou de ser usado.
Variantes regionais – A mandioca pode ser chamada de macaxeira ou aipim, conforme a região; “colar na prova” no Sudeste é “pescar na prova”, no Nordeste. Em todo o Brasil se diz “ficar de cabeça para baixo”, mas o paulista diz “ficar de ponta-cabeça”.
Variantes sociais – São as palavras e expressões de grupos de convivência social, como médicos, aviadores, skatistas. Novas atividades e profissões criam dezenas de palavras para se autodefinir e para definirem outros eventos do grupo, desde substantivos e verbos até gírias. Exemplos? Estes mesmos em que estamos: em linguística, as variantes históricas são chamadas de diafásicas, as regionais são diatópicas e as sociais são diastráticas (achamos que você não precisa memorizar essas categorias, ainda não vimos nas provas com esses nomes feios).
Por que elas são importantes
Porque a norma padrão da língua existe para que a comunicação seja a mais precisa possível, na escrita e na leitura, entre outros aspectos, entre todos os sujeitos da língua. Porém, ela não se sobrepõe à cultura como um todo. A comunicação entre as pessoas gera as variantes e essas, muitas vezes, transgridem a norma padrão, o que podemos ver principalmente em romances, crônicas, cantigas e canções. Os formuladores das provas procuram valorizar essas variantes, que fazem parte da cultura e da história da nossa literatura e música, ressalvando que expressões como “É nóis” não devem ser consideradas apenas como simples erros condenados pela norma padrão.
Veja a seguir exemplos do Enem e vestibulares recentes