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Dúvidas de português

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Por que algumas pessoas dizem “imagina” para responder agradecimentos?

Isso acontece quando a gramática encontra o jeitinho informal de ser! Entenda melhor

Por Patrícia Giuffrida
14 abr 2025, 19h00
agradecimento imagina homem pensando
 (Canva/Reprodução)
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Por que, de vez em quando, ao invés do clássico “de nada”, a gente solta um espontâneo “imagina!” quando alguém nos agradece? A resposta está na forma como a língua evolui com o uso — e, claro, no nosso jeitinho brasileiro de falar com leveza até nas cortesias.

+ “Não há de quê” ou “não tem de quê”: qual é o certo?

A palavra “imagina” virou uma espécie de atalho educado. Quando alguém diz “obrigado(a)”, responder com “imagina” significa que o gesto foi tão simples, tão óbvio, que nem precisa de agradecimento. É o que explica Renata Silva, professora de Língua Portuguesa da Rede Pitágoras:

“A palavra ‘imagina’ é uma flexão do verbo ‘imaginar’, significando uma resposta a um agradecimento para transmitir a ideia de que o gesto foi tão simples que não exige retribuição. É como se o interlocutor elaborasse o seguinte raciocínio: ‘Você imagina que precisa agradecer, mas não precisa’”.

Uso regional da expressão

“Esse emprego da palavra ‘imagina’ é uma prática comum a interações diretas e foi popularizado nas redes sociais. Mas é importante observar que não se trata de um uso universal. Ele pode ser entendido como um regionalismo, já que a palavra tem seus grupos e contextos mais específicos de uso, sendo frequente, por exemplo, no estado de São Paulo e entre profissionais de telemarketing”, diz a educadora.

Além de simpática, essa resposta mostra como o português é vivo e cheio de personalidade. No fundo, quando dizemos “imagina”, estamos mesmo dizendo: “fique tranquilo, tá tudo certo, fiz de coração”.

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+ Teste seus conhecimentos sobre estes regionalismos brasileiros

Aférese: supressão de fonemas ou letras

E não para por aí: essa resposta informal, muito comum em São Paulo e em call centers Brasil afora, ganhou até versão mais despojada — “magina”. Segundo Renata, essa forma é fruto de um fenômeno linguístico chamado aférese, que é quando a gente corta o comecinho da palavra. Sim, é a língua ficando cada vez mais econômica, prática e oral.

Como se usa no dia a dia

— Muito obrigado por ter me ajudado.
— Imagina! Não foi nada.

— Você foi muito gentil.
—Imagina! Não por isso.

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— Desculpe incomodar. Só vim dar uma passada aqui para ver como vocês estão.
— Magina! Não incomoda em nada, você sabe que já é de casa.

A mágica do G

Essa transformação sonora ganhou até espaço na música. Na canção “A Mágica do G”, de Tom Zé e Elifas Andreato, os autores brincam com a aférese e celebram esse jeitinho brasileiro de falar, explorando justamente o uso de “imagina” e “magina”. Olha só este trecho:

“Quando o A fugiu
O G surgiu com sua mágica
E fez descer do céu estrelas
Pra fazer com elas palavras com A fingido
Pois o A tinha fugido
E o G pôs estrelinha no lugar onde A tinha

Na pata da patinha, no rabo da estrelinha
Tinha A? Tinha!
Tinha A? Tinha!
No laço do sapato, no miado do gato
Tinha A? Tinha!
Tinha A? Tinha!

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Na orelha da coelha, na pestana da cigana
Tinha A? Tinha!
Tinha A? Tinha!

Imagina a mágica, magina a mágica
Magina a mágica
Mágica, ô ô”

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