
Se você achou que o aumentativo de “bala” era só “balona” ou algo assim, pode se preparar: o português tem opções bem mais sonoras — e inesperadas. “Balaço” e “balázio” são as formas corretas pra dar aquele upgrade na palavra, seja em clima de filme de ação, seja pra descrever uma super guloseima de parque.
Segundo Fernanda Yamamoto, coordenadora do Ensino Médio Técnico do Senac São Paulo, “balaço e balázio são aumentativos obtidos com o uso do grau sintético, formado pela adição dos sufixos ‘-aço’ ou ‘-ázio’ ao radical da palavra original para alterar o grau do substantivo, indicando aumento de tamanho, grandeza ou intensidade.”
Existe também o aumentativo analítico, que usa uma palavra separada para indicar o aumento, como em: “casa grande”, “chuva forte”, “flor enorme” e “barco gigantesco”. No caso do aumentativo de bala, poderia ser “bala grande”, por exemplo.
A origem da “bala”
A palavra “bala” vem do francês “balle” do século 16, que por sua vez deriva do italiano do norte “balla”, de origem germânica, significando “bola” ou “projétil”.
Inicialmente relacionada a esferas de chumbo ou terracota usadas como munição, com o tempo, o termo passou a designar também pequenas guloseimas de forma arredondada. “Essa mudança semântica ilustra um fenômeno comum nas línguas: a adaptação de palavras a novos usos com base em características visuais ou simbólicas” explica a educadora.
Vale observar que “balaço” também pode ser usado para indicar um chute forte e certeiro numa partida de futebol. Entretanto, a palavra “balázio” não pode ser usada nesta acepção, mas apenas como aumentativo de bala.
Anota aí alguns exemplos:
- O menino se assustou ao ver o balaço atravessar a parede da casa.
- Na cena do filme, o vilão atirou um balaço que explodiu em chamas.
- A história contava sobre um herói que desviava até de balázios lançados por canhões.
- No parque de diversões, as crianças devoraram os balázios.
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