Qual é o certo: chimichurri ou ximi-xurri?
Esse molho argentino é muito usado em churrascos. Descubra como é a grafia correta no Brasil

Você já deve ter visto por aí receitas de churrasco que levam um molho cheio de temperos e sabor, perfeito para dar aquele toque especial na carne. Mas na hora de escrever o nome desse famoso acompanhamento argentino, bate a dúvida: é “chimichurri” ou “ximi-xurri”?
Se você acha que a versão aportuguesada está valendo, melhor repensar!
A forma correta e registrada nos dicionários brasileiros é “chimichurri”, que mantém a grafia original em espanhol.
Mas de onde veio esse nome tão curioso? A resposta envolve um pouco de história, lendas e até influências indígenas.
Segundo Thiago Braga, autor de língua portuguesa do Sistema de Ensino pH, há quatro histórias de origem dessa palavra.
“Na primeira, diz-se que o molho foi criado por um imigrante irlandês chamado Jimmy McCurry, que teria dado seu nome ao molho. Com a pronúncia argentina do nome estrangeiro, teria surgido a palavra ‘chimichurri’”, conta o educador.
A segunda história tem a ver com soldados britânicos que invadiram o rio da prata e pediam condimentos por meio da frase “give me the curry”, que depois teria virado “chimichurri”. Já a terceira versão conta que o molho e o nome vieram de imigrantes bascos e que a palavra original era “tximitxurri”.
“No entanto, a versão mais aceita pelos argentinos é de que se trata de uma palavra em quechua (língua de um povo indígena andino), que significa ‘molho forte’”, revela Thiago.
Cinco exemplos para usar esse molho
- O churrasqueiro preparou uma picanha suculenta e a serviu com um delicioso molho de chimichurri;
- Decidi temperar o frango com chimichurri para dar um toque especial ao almoço de domingo;
- O sabor do chimichurri realçou ainda mais a carne grelhada, deixando-a irresistível;
- No mercado, encontrei um pote de chimichurri caseiro e não resisti à tentação de comprá-lo;
- Durante a viagem à Argentina, experimentei um chimichurri autêntico que mudou minha forma de apreciar carnes.
Que tal uma receitinha gostosa?
Olha só este quinoto de camarão com shimeji e parmesão, que levar o famoso chimichurri. A receita foi publicada no site da revista Claudia, cedida pelo chef Marco Espinoza do restaurante Lima Cocina Peruana.
Quinoto de camarão com shimeji e parmesão
5 colheres (sopa) de salsinha picadinha (para o chimichurri)
1 colher (sopa) de alecrim picadinho (para o chimichurri)
2 colheres (sopa) de alho picadinho (para o chimichurri)
3 colheres (sopa) de orégano (para o chimichurri)
pimenta-calabresa a gosto (para o chimichurri)
3 colheres (sopa) de azeite (para o chimichurri)
1 colher (sopa) de vinagre de maçã (para o chimichurri)
sal e pimenta-do-reino a gosto (para o chimichurri)
100 gramas de cogumelo shimeji picado, 1/2 bandeja (para o quinoto)
3 colheres (sopa) de azeite (para o quinoto)
10 camarões médios limpos (para o quinoto)
1 cebola picada (para o quinoto)
1 colher (sopa) de alho picado (para o quinoto)
1 xícara (chá) de quinoa (ou quinua) (para o quinoto)
1/2 xícara (chá) de vinho branco seco (para o quinoto)
1 litro de caldo de legumes (para o quinoto)
3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado (para o quinoto)
Prepare o chimichurri em um bowl, misture bem todos os ingredientes. Cubra com filme plástico e reserve.
Prepare o quinoto.
Em uma frigideira, em fogo médio, salteie o shimeji em 1 colher (sopa) de azeite por três minutos. Reserve.
Salteie os camarões na mesma frigideira por cinco minutos. Reserve.
Em uma panela, refogue em fogo alto a cebola e o alho no azeite restante até a cebola ficar transparente. Junte a quinua e misture.
Despeje o vinho, mexendo até o álcool evaporar.
Adicione o caldo aos poucos, mexendo sempre, até a mistura ficar cremosa. Junte o shimeji.
Desligue o fogo e incorpore o parmesão.
Sirva com o chimichurri e os camarões por cima.
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