Qual é o coletivo de filhotes?
Descubra como a língua portuguesa nomeia essas pequenas fofuras

Sabe aquele monte de filhotes fofos que parecem ter saído de uma fábrica de ternura? Esse grupinho (ou melhor, coletivo) tem um nome: ninhada! Segundo os dicionários da Língua Portuguesa, esse termo se refere ao conjunto de filhotes nascidos de uma mesma gestação, geralmente de mamíferos ou aves. Uma cadela, por exemplo, pode ter uma ninhada de seis filhotes.
Vale ressaltar que a palavra “ninhada” é um substantivo coletivo específico, ou seja, designa um conjunto de seres da mesma espécie. Apesar de representar pluralidade, esse tipo de substantivo é usado no singular. Por exemplo: “A ninhada nasceu saudável.” Isso ocorre porque o coletivo já implica a ideia de múltiplos indivíduos, dispensando a necessidade de pluralização.
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De onde vieram essas palavras?
A palavra “filhote” tem origem na Língua Portuguesa, sendo formada pela junção dos elementos “filho” e o sufixo “-ote” (usado para diminutivos). Dessa forma, filhote pode ser entendido como “filho pequeno” ou “cria de animal”.
Já a palavra “filho” tem origem no latim “filius”, que significa “filho”. Fillius, por sua vez, tem raízes mais antigas na língua proto-itálica (“feiljos”) e na língua proto-indo-europeia (“dʰeh₁ylios”). Aliás, esta última palavra é considerada a raiz da palavra “filho” em diversas línguas, incluindo o português, espanhol, francês e italiano.
E a origem de “ninhada”? O termo deriva de “ninho”, que tem origem no latim “nidus”, significando o local onde aves depositam seus ovos e cuidam de seus filhotes. Com o tempo, “ninhada” passou a designar o conjunto de filhotes nascidos em um mesmo ninho ou gestação.
Como usar o coletivo na prática?
Aqui selecionamos cinco frases com a palavra “ninhada”. Veja como pode ser aplicada no dia a dia:
- A gata deu à luz uma ninhada de cinco filhotes.
- A ninhada de patinhos seguiu a mãe pelo lago.
- O fazendeiro cuidava da ninhada de porquinhos com atenção.
- A cadela protegeu sua ninhada dos outros animais.
- A ninhada de coelhos cresceu rapidamente.
Lembranças de uma ninhada na literatura
Quer um exemplo literário? Clarice Lispector sempre teve uma relação intensa com os animais, especialmente os gatos, que marcaram sua infância e influenciaram sua escrita. Em “A mulher que matou os peixes”, ela compartilha uma memória afetiva sobre sua convivência com esses felinos, revelando como a presença de uma ninhada transformava sua casa em um refúgio de alegria, embora, para os adultos, pudesse ser um verdadeiro caos.
Olha só o trecho abaixo:
“Eu sempre gostei de bichos. Tive uma infância rodeada de gatos. Eu tinha uma gata que de vez em quando paria uma ninhada de gatos. E eu não deixava se desfazerem de nenhum dos gatinhos. O resultado é que a casa ficou alegre para mim, mas infernal para as pessoas grandes. Afinal, não aguentando mais os meus gatos, deram escondido de mim a gata com sua última ninhada. Eu fiquei tão infeliz que adoeci com muita febre. Então me deram um gato de pano para eu brincar. Eu não liguei para ele, pois estava habituada a gatos vivos. A febre só passou muito tempo depois.”
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