
“Elefoa” ou “elefanta”? Se você travou nessa pergunta, calma! Apesar de parecer uma pegadinha de prova, essa dúvida é real – e já deixou muita gente coçando a cabeça. Afinal, qual é o feminino de “elefante”?
Para resolver esse mistério, recorremos a Thiago Braga, autor de Língua Portuguesa do Sistema de Ensino pH. E ele foi direto ao ponto: “a palavra correta é ‘elefanta’. Embora haja registro de ‘elefoa’ no vocabulário ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), essa versão é considerada incorreta pelos puristas”.
Ou seja, se você quer falar no português mais culto possível, vá na primeira versão. A segunda é aceitável em contextos mais informais.
Segundo o educador, existe também outro termo em português, que tem origem no cingalês: trata-se da palavra “aliá”. Mas é muito pouco usada no Brasil.
Por que “elefanta”?
Simples: a palavra segue o padrão da nossa gramática. “Elefanta se escreve assim porque respeita as ordens de mudança para o feminino dentro das normas da Língua Portuguesa, seguindo a variação do nome masculino”, afirma Thiago.
E a origem da palavra “elefante”? Vem do grego “Eléphas”, que já era usado tanto para o animal quanto para o marfim. O feminino veio depois.
Bora ver o termo em ação?
Olha só esses exemplos com o uso de “elefanta”:
- A elefanta está assustada com os visitantes do zoológico.
- Pode-se usar a palavra aliá para designar uma elefanta em português.
- Há elefantas que não se adaptam à vida em cativeiro.
- As elefantas estão famintas nesta noite.
- O período de gestação de uma elefanta dura entre 18 e 24 meses.
E a imprensa? Também usa “elefanta”?
Usa, e muito bem. Olha só esses dois exemplos abaixo.
CNN Brasil: “A elefanta africana Pupy chegou, nesta sexta-feira (18), ao Santuário de Elefantes Brasil (SEB), na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. A elefanta veio do Ecoparque de Buenos Aires, em uma viagem de 2.700 quilômetros, feita em cinco dias. Pupy saiu da Argentina na segunda-feira (14).”
Folha de S. Paulo: “A técnica para ‘desextinguir’ o mamute consiste em fazer a reconstrução de seu DNA com base em fragmentos obtidos nos fósseis congelados e preencher os espaços do genoma com material genético do elefante-asiático. O DNA seria introduzido em células embrionárias deste animal e o embrião implantado no útero de uma elefanta. Até o momento, porém, nenhum filhote foi viável.”
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