Qual o coletivo de navio?
Do alto-mar para as páginas da gramática, vem aí uma aula que navega entre história e curiosidade

Como é que se chama um grupo de navios? Não é só você que tem essa dúvida em alto-mar (ou melhor, na mente). E a resposta é: depende do tipo de navio e da função dele. Vem com a gente desbravar esses mares linguísticos. Daniéle Batista, professora de Língua Portuguesa na FourC Bilingual Academy, nos ajuda!
Frota: o coletivo mais versátil dos sete mares
Segundo a educadora, um dos coletivos mais usados é “frota”, que vem do latim vulgar “flucta” – parente de “fluctus”, que significa “onda”. Sim, já começa poético. E faz sentido, não é? Afinal, uma frota é um grupo de navios que navega junto — pode ser de um país, uma empresa ou um tipo específico de embarcação, como os mercantes.
Esquadra: organização e estratégia em alto-mar
Sabe aqueles filmes em que os navios aparecem organizados, prontos para guerra? Isso é uma esquadra. A palavra vem do italiano “squadra”, com raiz no latim “exquadrare” — algo como “organizar em quadrado”. De acordo com a professora, é um coletivo usado para navios em missão militar ou formação estratégica.
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Armada: quando a guerra se aproxima
Outro coletivo lembrado por Daniéle é “armada”, que vem do latim “armāta”, que significa “equipado com armas”. Esse coletivo era (e ainda é) usado para descrever as forças navais de guerra — aquelas que dominaram os oceanos em séculos passados. Hoje, alguns países ainda usam o termo oficialmente, mas ele aparece mesmo nos contextos históricos ou literários.
Flotilha e esquadrilha: os irmãos menores
“Flotilha” (do espanhol ‘flotilla’) é um coletivo para um grupo pequeno de navios, geralmente de guerra ou embarcações menores, segundo a professora. Já “esquadrilha”, do castelhano “escuadrilla”, é mais usada na aviação, mas tem raiz naval — pequenos grupos estratégicos organizados para uma missão. Ambos são termos que cruzaram os céus depois de navegarem os mares!
Um exemplo de cada
- Durante os descobrimentos, a frota de navios portugueses cruzava o Atlântico em busca de novas terras.
- A esquadra formada pelos navios da Marinha Real se posicionou estrategicamente para proteger a costa.
- Durante a batalha, a armada de navios de guerra demonstrou seu poder e organização.
- Todos estavam prontos para embarcarem na flotilha.
- A esquadrilha de navios tinha uma missão na África.
Em traduções literárias
A professora Daniéle conta que em muitas traduções literárias é comum usar a palavra “frota” para o coletivo de navios. Ela cita dois exemplos:
No livro “Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Júlio Verne: “A frota inglesa patrulhava os mares, mas nem mesmo seus navios mais velozes conseguiam acompanhar o misterioso Nautilus.”
Na obra “O Conde de Monte Cristo”, de Alexandre Dumas: “A poderosa frota francesa ancorava próxima à ilha, suas velas refletindo o último brilho do sol poente.”
Agora sua gramática está pronta para zarpar em alto estilo — sem naufrágios linguísticos no horizonte – com vários coletivos de navios.
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