Essa é uma palavra que faz a gente dizer letras que não existem. “Sobrancelha” escreve-se assim mesmo, sem o M. É a fonética – ou seja, a forma como a pronunciamos – que faz com que surja a dúvida sobre sua grafia.
Esse fenômeno é conhecido como “assimilação da nasalidade”. Nasalidade, no caso de “sobrancelha”, é o que a letra M não-existente fornece à letra O. Outros exemplos desse fenômeno é o N que pronunciamos em “muito” e que, olha só, também não existe. (Mas tente falar mu-i-to e veja que estranho fica.)
A sobrancelha, tão essencial para expressar caretas e desconfianças, são os pelos que ficam acima dos olhos de boa parte dos mamíferos e que serve para protegê-los do suor e outras sujeiras. Para ser mais preciso, são os pelos que ficam “sobre a celha” – a celha, no caso, é o cílio. Ou seja, sim, “sobrancelha” é a contração das palavras “sobre a celha”. Vem do latim, supercillia.
Exemplos de uso:
A minha micropigmentação de sobrancelhas ficou horrorosa!
Estou com caspa na sobrancelha!
A minha sobrancelha está parecendo a da Frida Kahlo.
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