Uma discussão que sempre rende boas brigas é a eterna batalha entre livro físico e livro digital. Não vamos entrar no mérito de qual é o melhor para não haver polêmicas… No entanto, é inegável que a invenção dos eReaders, os aparelhos de leitura digital, aumentou a mobilidade ao permitir o armazenamento de milhares de obras em uma maquininha que pesa por volta de 200 gramas. Só que a vontade de aperfeiçoar a leitura de livros começou muito antes da era digital… Para facilitar essa atividades, já foram criadas máquinas bem extravagantes!
Você teria vontade de usar alguma delas para ler seus livros favoritos? Confira a lista:
1) Roda de livros, 1588
A Roda de Livros foi criada pelo italiano Agostino Ramelli no final do século 16 e servia para que o leitor pudesse ter a disposição até 12 livros ao mesmo tempo (olha aí o tataravô do kindle!).
A máquina (que ficou apenas no papel) foi pensada para ser útil principalmente para livros extremamente pesados e desconfortáveis de ler na mão. A inclinação também oferece um ângulo mais adequado para a leitura.
2) Cadeira de leitura britânica, ~ 1750
Disponível na coleção online do Museu de Arte Metropolitana inglês, a cadeira para leitura foi criada por volta do ano de 1750. Para usá-la com o apoio de livros, o leitor precisava se sentar “ao contrário” na cadeira, já que o apoio estava junto ao encosto. Também dava para usá-la como uma cadeira normal. As velas são um acessório interessante, pois permitia a leitura durante a noite também.
3) Equipamentos de leitura da The Holloway Company, ~1890
Essas são as minhas preferidas! Com certeza usaria uma delas hoje! No fim do século 19, a empresa norte-americana The Holloway Co. desenvolveu uma linha de soluções para os leitores assíduos. Em seu catálogo de vendas, disponível na íntegra no Internet Archive, é possível ver os diversos modelos disponíveis. Entre eles, móveis que combinavam suportes para dicionários, descanso para livros, lâmpadas e mesas de apoio para escrever.
4) Leitor de microfilme, 1935
Na edição de abril da revista “Everyday Science and Mechanics”, foi publicada uma ideia interessante que prometia ser o futuro na área de leitura de livros. A máquina, basicamente um leitor de microfilme montado em uma estrutura confortável, funcionava de modo muito semelhante a um leitor digital de hoje. Dava para virar as páginas usando botões, ajustar o foco e mudar o ângulo da tela. O microfilme, como invenção, existia desde 1859, quando foi patenteado por René Dagron e era um instrumento prático para o arquivamento de material impresso. Até por isso, o jornal The New York Times começou a copiar todas as suas edições em microfilme.
5) Enciclopédia Mecânica, 1972
Criado pela espanhola Ángela Ruiz Robles, a Enciclopédia Mecânica foi uma das precursoras do livro eletrônico. A professora e escritora dedicou 20 anos de sua vida à ideia. Apesar dos prêmios pela invenção, o projeto não foi pra frente por falta de financiamento. Funcionava com ar e pressão, continha partes intercambiáveis que permitiam que a pessoa pudesse ler diversos livros. O objetivo, segundo a própria inventora, era diminuir o peso dos livros que as crianças carregavam nas mochilas e tornar a educação mais atrativa para os alunos.
O protótipo está em exibição no Museu Nacional de Ciência e Tecnologia de La Coruña. Nesse site é possível ver a invenção em funcionamento (em espanhol).