Indicação da redação: A máquina de fazer espanhóis

Por Caroline Marino
Uma história sobre a velhice, o amor e a amizade. A máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe, conta a história de António Jorge da Silva, um barbeiro de 84 anos que, após perder sua mulher, é levado por um de seus filhos para viver em um asilo. Lá, distante de tudo e sofrendo pela ausência da mulher, se aproxima de outros “Silvas”, com dilemas e dores diferentes, e se vê obrigado a pensar em novas formas de seguir sua vida. O livro, que tem o próprio Antônio Jorge da Silva como narrador, fala sobre saudade e família, e sobre a luta de um homem para refazer sua vida e, quem sabe, sua própria identidade.
Além de o livro ser tocante por se tratar de despedidas e recomeços, o que mais gostei é a forma com o autor descreve os sentimentos de Silvia e o cotidiano da casa de repouso. É possível imaginar todas as situações e sentir a drama dos personagens.
De um lado, há o drama de António Jorge da Silva, que perdera a mulher e foi deixado no asilo pela filha; de outro o dos outros personagens, que vivem numa época em que Portugal (onde se passa a história) era um país onde o sentimento de inferioridade e a vontade de deixar o lugar eram grandes.
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