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Conheça a licenciatura em Geociências e Educação Ambiental da USP

Além de poder ministrar aulas no ensino regular, o formado também pode atuar em órgãos públicos, museus, institutos, centros e projetos de ciência e ONGs

Por Malú Damázio
Atualizado em 9 mar 2017, 16h45 - Publicado em 13 jul 2015, 13h20

(Imagem: Reprodução/Facebook LiGEA)

Quem aqui gosta das aulas de educação ambiental na escola? o/ Com a expansão da indústria e da capacidade produtiva humana, entender a dinâmica do planeta, seus limites e capacidades nunca foi tão importante. Para formar profissionais capazes de suprir essa nova demanda é que o curso de Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental, da Universidade de São Paulo (USP), foi criado. Além de poder ministrar aulas no ensino regular, o formado também pode atuar em órgãos públicos, museus, institutos, centros e projetos de ciência e ONGs. A realização de análises ambientais e de assessoria e consultoria técnica também são campos que absorvem geocientistas. “Nós transmitimos o conhecimento científico da área das Geociências e, principalmente, ensinamos conceitos da dinâmica da Terra e da formação dos recursos naturais para o público em geral”, descreve Giancarlo Trivellato, estudante do quarto ano.

Estrutura do curso

A grade curricular inclui conteúdos que versam sobre o planeta como organismo vivo a partir das ciências da Terra e das ciências exatas. Portanto, ao longo da graduação, os estudantes verão tópicos de Geofísica, Astronomia, Geologia, Geografia Física, Mineralogia, Paleontologia, Química, Física e Biologia aplicados à educação ambiental. Além disso, o currículo ainda é composto por disciplinas das áreas de Psicologia e Educação, já que se trata de uma licenciatura. A graduação é ministrada somente no período noturno, no Instituto de Geociências da USP, e recebe anualmente 40 novos alunos por meio da Fuvest.

Anna Laura Figueredo, aluna do segundo semestre da USP ressalta que a intenção do curso é formar um profissional interdisciplinar e com atuação voltada à sustentabilidade. A estudante conta que começou a pesquisar sobre a licenciatura ao buscar uma graduação que estudasse a interação entre o homem e o ambiente. E é por meio dessa associação entre as relações dinâmicas internas e externas do planeta e as interações humanas e seus impactos na Terra que o licenciado em Geociências atua. A pesquisa acadêmica também é outra área em que os profissionais vêm ganhando espaço. Na própria universidade há boa infraestrutura para que os estudos dos geocientistas tomem corpo, como conta Marina Flores, estudante do quarto ano. “O Instituto de Geociências possui equipamentos que são únicos na América do Sul, como o Shirimp, que realiza datação de rocha por isótopos”, lembra.

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Viagens e projetos de extensão

Compreender as dinâmicas da Terra também no dia-a-dia é fundamental para se tornar um geocientista. Por isso, as saídas de campo são bastante frequentes no curso da USP. Reservas e parques naturais, ONGs e cooperativas são alguns dos destinos visitados pelos estudantes ainda no primeiro ano da faculdade. Em uma visita ao Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira (SP), por exemplo, os alunos conseguem identificar e analisar em rochas e cavernas seus afloramentos, incidências, composição química e processos de mineralização.

“Somente durante o primeiro período da graduação nós já realizamos quatro campos!”, destaca Anna Laura. Um deles envolveu uma ida às cidades de Santana do Parnaíba, Itu e Pirapora do Bom Jesus, no interior paulista, para observar de perto intemperismos físico, químico e biológico em granitos e rochas magmáticas – assunto estudado em sala de aula. Já na última saída os estudantes visitaram o Parque Raposo Tavares, o primeiro da América do Sul construído sobre um aterro sanitário, e a Cooperativa Recicla Butantã. “Vimos como funciona uma cooperativa, como os catadores separam o lixo e a relação com o meio ambiente, e também observamos questões ligadas à política dentro da reciclagem”, conta.

Há ainda projetos de pesquisa e de extensão dentro do curso que buscam integrar a atuação dos futuros geocientistas à comunidade local. No projeto Armando o Barranco, por exemplo, os alunos da USP auxiliam moradores de rua da cidade de São Paulo que vivem em áreas de risco a lidar com riscos de acidentes como desabamentos e enchentes. As demais atividades vão desde oficinas de paleontologia para diversos públicos, grupos que trabalham com preservação patrimonial, ao projeto de difusão das Geociências, Decifrando a Terra, na Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP. “Lá, ensinávamos geociências a crianças de Ensino Fundamental I, de forma interativa, com jogos e brincadeiras. Isso é ótimo tanto para as crianças, que aprendem brincando sem nem perceber que estão em aula, quanto para os professores que participam, que trabalham no planejamento de aulas e desenvolvimento de atividades e materiais didáticos”, explica Gabriela Mesquita, voluntária do projeto e estudante do segundo ano.

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(Imagem: Reprodução/Facebook LiGEA)

Mão na massa!

Por se tratar de uma licenciatura, o currículo de Geociências e Educação Ambiental prevê ainda estágio obrigatório para os estudantes: uma boa maneira de conhecer as possíveis áreas de atuação do profissional. Marina Cavalcante, do segundo ano, já trabalhou em uma empresa de análise de água e solo e lembra que a experiência foi essencial para que ela identificar e compreender diversos problemas ambientais do estado de São Paulo. Atualmente, a aluna é estagiária do Museu de Oceanografia da USP e atua na educação de crianças e jovens. “Quero ser professora, gosto de ensinar, amo educação ambiental e acredito que só podemos mudar o mundo se formarmos melhores cidadãos”, destaca. Já Giancarlo estagiou como monitor de atividades ambientais no Parque de Ciência e Tecnologia da USP, foi bolsista no programa Oficina de Réplicas, em que desenvolvia réplicas de dinossauros, e também realizou iniciação científica com a catalogação de fósseis da coleção do Laboratório de Paleontologia do Instituto de Geociências.

Para quem tem curiosidade em entender melhor os processos terrestres, gosta de educação ambiental e se interessou pelo curso, Gabriela dá a dica. “O graduado em Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental tem uma visão de mundo muito abrangente e capaz de relacionar os diversos sistemas terrestres e enxergar a Terra não somente como um planeta, mas como casa, viva.” E finaliza: “É um curso maravilhoso e apaixonante!”.

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