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Engenheiro de Alimentos é responsável por processos produtivos industriais. Conheça o curso da UFG

Por Malú Damázio
Atualizado em 24 fev 2017, 15h40 - Publicado em 23 dez 2014, 14h13

Você acaba de ingressar na faculdade e em um dos trabalhos do curso produz um pão de queijo com sabor de pequi, que é um fruto típico do cerrado brasileiro. Parece bem legal, né? A Izabela Milhomens também pensou assim quando ficou sabendo do projeto da amiga que fazia Engenharia de Alimentos na Universidade Federal de Goiás (UFG). “Isso me encantou! Eu nunca tinha parado para pensar de onde saíam as ideias para criação de novos produtos, e isso foi o suficiente para me fazer escolher esse curso”, conta a garota, que agora é estudante do décimo e último semestre na graduação da UFG.

Mas pera aí, Engenharia de Alimentos é parecido com Gastronomia?, foi o que eu me perguntei quando comecei a ler mais sobre a carreira. Conversando com os estudantes, pude perceber que diferença entre as duas profissões é bem clara: o engenheiro estuda, desenvolve e otimiza a escala industrial de produção de alimentos, enquanto o chef de cozinha prepara refeições e cardápios para restaurantes. “O profissional atua em todo processamento de alimentos, desde a obtenção à distribuição, inclusive nos insumos que sustentam a cadeia produtiva”, explica Ítalo Ricardo, aluno do sexto semestre de Engenharia de Alimentos.

Além de criar novos produtos alimentícios, o engenheiro também é responsável pelo desenvolvimento de embalagens, maquinário, softwares envolvidos no processo produtivo. Ele também tem como atribuições as tarefas do campo de ciência e tecnologia de alimentos, no qual atua no controle de qualidade, na redução de impactos no meio ambiente e na conservação e reaproveitamento de subprodutos e resíduos agroindustriais de origem animal e vegetal.

(Imagem: Thinkstock)

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Prática e estrutura do curso

Por ser uma subdivisão do campo das Engenharias, durante a faculdade o aluno terá que estudar muitas matérias da área de exatas. “A maioria dos estudantes de ensino médio tem uma noção errada sobre o curso, por pensar que ele não exige muito em relação às disciplinas de Engenharia, porém uma boa base de conhecimentos em Matemática, Física e Química é essencial para quem deseja entrar na graduação”, lembra Daisy Caires, que cursa o sétimo período. Ao todo, 60 novos alunos entram anualmente em Engenharia de Alimentos na UFG, e aulas são ofertadas no campus de Goiânia em período integral. Atualmente, ingresso na universidade é feito através do Enem.

Como o curso tem disciplinas obrigatórias tanto de manhã quanto à tarde, muitas vezes os estudantes não têm tempo para conciliar estágio e estudos, principalmente no início da graduação, mas nem por isso deixam de ter contato com atividades práticas. Joelma Damacena, do sétimo período, conta que sua experiência profissional veio das atividades na empresa júnior dos cursos de Engenharia de Alimentos, Engenharia Florestal e Agronomia, a Cippal Consultoria Jr. “Nela, nós realizamos consultorias nas áreas dos nossos cursos junto com a ajuda dos professores. É uma ótima oportunidade que temos de aprender a empreender!”, diz.

Joelma lembra que, devido ao enfoque acadêmico da federal, há muitos projetos de pesquisa na UFG em que os estudantes podem ingressar. “Trabalhei no laboratório da tecnologia de alimentos com o envelhecimento de cachaça, avaliando as alterações do alimento ao longo de um ano”. Há também o Programa de Educação Tutorial (PET) de Engenharia de Alimentos, do qual Ítalo faz parte. “Trabalhei dois anos com pesquisa científica onde aprendi muito e tive meu primeiro contato com a área. Participei também como organizador do estande do PET na FFATIA 2014 (Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação) e pude vivenciar muito do que estudo no curso”, conta.

>> Leia mais sobre a carreira do engenheiro de alimentos

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Além disso, o curso também oferece atividades laboratoriais, como processamento de queijo, geleias, cerveja, entre outros, e trabalhos de campo com visitas técnicas a plantas industriais na cidade. “Já visitamos indústrias de cerveja, biscoitos, café, açúcar e álcool, por exemplo. Estas visitas são essenciais, pois podemos ver em escala industrial o que aprendemos em uma planta piloto, que é infinitamente menor”, lembra Izabela. Os alunos lembram que os laboratórios da graduação da UFG ainda precisam de melhorias na infraestrutura e que nem sempre as aulas podem ser realizadas normalmente devido a falta de materiais simples. “São problemas de fácil resolução, como a falta de termômetros, e que, se solucionados, deixariam o curso mais interessante e alunos mais satisfeitos”, explica Daisy.

Mão na massa!

O mercado de trabalho do engenheiro de alimentos é amplo e não está concentrado somente em grandes cidades, como afirma Ítalo. “Boa parte das indústrias de alimentos está fora das capitais. Eu sou do interior de Goiás e próximo a minha cidade, Cezarina, há pelo menos uma dezena de empresas do setor”. Entretanto, se você pretende seguir carreira em uma multinacional, Izabela pondera que saber outras línguas e ter experiências no exterior são diferenciais na hora de conseguir um estágio.

A estudante, que também trabalhou com engenharia de processos na fábrica da Unilever, em Goiânia, fez intercâmbio para a Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos e estagiou por três meses com desenvolvimento de bebidas na sede mundial da Cargill, em Minneapolis. “Foi a maior experiência de minha vida! Era mágico ver como um produto saía do papel e ia para a prateleira dos supermercados. Ver no supermercado um produto que ajudei a criar foi uma das coisas mais gratificantes que já me aconteceram!”

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