A dúvida de hoje foi enviada pela Maurilane Jesus. Ela quer saber quais os primeiros passos para se tornar uma radiologista.
“Oi! Ainda estou no 1º ano do Ensino médio e meu sonho é ser radiologista. Quero terminar o meu 3º ano e logo após ir direto fazer o curso para radiologia. Queria saber os primeiros passos que devo dar?”
Hoje existem muitos cursos técnicos que oferecem formação em Radiologia. A partir deles, o profissional é habilitado a operar aparelhos de diagnóstico por imagem e atua também no processamento e na manipulação de radiografias analógicas e digitais. No entanto, para quem deseja conhecimento mais aprofundado nesse campo, há também as graduações tecnológicas, que, como já comentamos neste post sobre Manutenção de Aeronaves, são cursos superiores voltados especificamente a uma determinada área de atuação.
É o caso, por exemplo, da graduação de Tecnologia em Radiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Para saber mais sobre a carreira do radiologista, conversamos com o coordenador do colegiado do curso, Paulo Márcio Oliveira. Ele explica que uma das principais vantagens de se formar um tecnólogo é a possibilidade de dar seguimento aos estudos com a carreira acadêmica, através de mestrado e doutorado. Além disso, Paulo destaca que o profissional “é habilitado de modo mais aprofundado nas áreas de atuação técnicas e tecnológicas da saúde e da indústria”.
Indústria? Como assim? Pois é. A carreira do radiologista não está restrita somente ao campo da saúde – que engloba, além do diagnóstico por imagem, a medicina nuclear e a radioterapia. Ele também pode atuar na área de radiologia industrial, que reúne um conjunto de técnicas nucleares aplicadas à indústria, como, por exemplo, a irradiação de alimentos – ou ionização – como meio de esteriliza-los. O uso de energias radioativas para padronizar o peso e o tamanho de folhas de papel ou até mesmo para perfuração e estruturação de poços de petróleo são outros propósitos da radiologia industrial. Aliás, existem também cursos específicos para esta área, como uma pós-graduação.
>> Saiba mais sobre o curso de Radiologia
Para começar a se tornar um radiologista formado pela UFMG, é necessário participar do processo seletivo adotado pela instituição, como explica Paulo Márcio Oliveira. A entrada nos cursos da universidade se dá por meio do Enem. Anualmente, 80 novos estudantes ingressam na graduação tecnológica, sendo 40 no período da manhã e 40 na parte da noite. O curso superior de Tecnologia em Radiologia tem duração mínima de quatro anos.
Confira seu depoimento!
Paulo Márcio Campos de Oliveira, coordenador do curso superior de Tecnologia em Radiologia na UFMG:
“Ei, Maurilane! Primeiramente, o tecnólogo em Radiologia é capacitado para a elaboração, o exercício dos princípios técnicos e práticos, a gestão e o empreendedorismo em serviços de diagnóstico por imagem, radioterapia, medicina nuclear e áreas relacionadas à Radiologia Industrial.
Esse profissional terá competência para desenvolver a implementação e a aplicação dos princípios nacionais e internacionais de Proteção Radiológica em serviços médicos e industriais, para inserção em um mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo.
Durante a realização do curso da UFMG, você terá acesso a disciplinas das áreas biológicas e exatas preponderantemente, porém com possibilidade de flexibilização e aprofundamento de seu currículo, através da matrícula em disciplinas de outras áreas de interesse.
Como se trata de um curso extremamente recente, o mercado de trabalho está em expansão e confusões entre o perfil profissional do Técnico em Radiologia e do Tecnólogo em Radiologia ainda são bastante comuns. No entanto, o tecnólogo é habilitado de modo mais aprofundado nas áreas de atuação técnica e tecnológica na saúde e indústria. Além disso, o Tecnólogo em Radiologia pode seguir carreira acadêmica através da realização de mestrado e doutorado.”
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>> Conheça as áreas de atuação do radiologista
Tá vendo como a área de Radiologia pode ser ampla, Maurilane? Por isso é legal pesquisar sobre seus interesses dentro dos próprios campos de atuação. Com esse conhecimento você poderá decidir por qual tipo de curso optar: o técnico ou a graduação tecnológica.