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Presidente da OAB fala sobre o curso e a carreira de Direito

Por Carolina Vellei
Atualizado em 24 fev 2017, 16h05 - Publicado em 1 Maio 2012, 13h40
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“Minha vontade era a de ser jogador de futebol quando era garoto”, revela Ophir Cavalcante Junior. O atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) queria ser goleiro. Seu sonho não se realizou, mas hoje em dia ele pode dizer que também trabalha na defesa. Em vez de proteger um gol, atua na “defesa da liberdade”, como ele mesmo diz, função assumida desde que se formou no curso de Direito.

– Saiba mais sobre o curso e a carreira de Direito na Guia do Profissões do GE

– Teste: Direito é mesmo o que eu quero?

A escolha da profissão

Cavalcante nasceu e cresceu em Belém do Pará. Na época, o governo militar fazia grandes campanhas para os jovens seguirem carreiras na área de Exatas. “Dizia-se que o país estava em desenvolvimento e que se precisava de muitos engenheiros”, explica o advogado. Ele chegou a prestar vestibular para um curso técnico em mecânica, mas não deu certo. “Não me identifiquei com a área, nem cheguei a começar o curso”.

Presidente da OAB fala sobre o curso e a carreira de Direito
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Cavalcante se tornou presidente da OAB em 2010 (foto: Ag. Brasil)

Mas então, como ele se decidiu pelo Direito? A reposta não é muito difícil. Filho de pai advogado, fez muitas amizades com pessoas da área e se encantou com o debate de ideias que a carreira proporcionava. A cidade contava com duas universidades: uma pública e outra privada. “Escolhi a federal, porque, como bom brasileiro de classe média, meu sonho era estudar em uma universidade pública”, conta.

O começo da carreira

O advogado começou a estagiar logo no segundo ano da faculdade, no escritório do pai. “Fiquei lá por pouco tempo, depois consegui uma vaga em uma construtora”, onde ficou por dois anos, até o final do curso. A empresa era responsável por grandes projetos, como construção de obras e assentamentos rurais.

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Para Cavalcante, o estágio foi muito importante na sua formação, por isso ele aconselha que o estudante comece a estagiar ainda na faculdade. “Esse trabalho inicial ajudou bastante quando me formei, porque eu já tinha contato com clientes. A primeira conversa sempre assusta muito, principalmente quando o recém-formado não teve experiência antes”, explica.

Depois, mudou-se para um escritório trabalhista e passou a cuidar de casos de questões sindicais, reclamações de empregados e na elaboração de contratos de trabalho.

Mas Cavalcante traçou metas maiores para sua carreira. Viu seu pai se tornar presidente da OAB e isso sempre o estimulou a crescer profissionalmente. Para isso, fez mestrado em Direito Público e começou a prestar concursos. “Precisava de estabilidade financeira para construir uma família”, conta. Em 2010, tornou-se presidente da OAB. Seu mandato termina em 2013.

Oportunidades no mercado de trabalho

O que o presidente da OAB recomenda para quem quer se destacar no mercado? Para Cavalcante, as novas oportunidades de trabalho estão principalmente no interior do Brasil. “O estudante não deve se concentrar nas capitais, porque o mercado já está de certa forma preenchido e muitas vezes até saturado”, conta. As áreas que ele destaca são: Direito Agrário, Minerário, Ambiental, de Navegação, Agronegócio, Exploração de gás e Petróleo.

Busca de Cursos

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Dentro do Direito, o estudante pode escolher pela área pública ou pela privada. Ao optar pela área pública o profissional poderá seguir a carreira jurídica, trabalhando como advogado público, promotor de Justiça, delegado de polícia ou juiz. Para trabalhar nesses cargos é preciso prestar concurso. Para se tornar juiz, além disso, é necessário ter três anos de inscrição na OAB como advogado. A área pública é muito buscada principalmente por conta de seus bons salários e da estabilidade. De acordo com a Constituição, os servidores públicos (com mais de três anos de trabalho) só podem ser demitidos se cometerem faltas graves ou abandonarem o emprego.

Já para quem optar em trabalhar em um escritório privado como advogado é preciso passar no exame da OAB. Cavalcante destaca que o ponto forte é a liberdade que a área dá ao profissional, de poder escolher seus próprios clientes. O lado ruim, segundo ele, é a inconstância dos trabalhos. “Você precisa ter muita paciência, porque o cliente não bate toda hora na sua parta. É preciso fazer seu nome, mas as coisas vão acontecendo aos poucos”, relata.

Além de escolher a área certa, Ophir Cavalcante ressalta a importância da qualificação. “Um bom advogado deve sempre se atualizar, não só na técnica, mas também acompanhando os fatos da sociedade”, completa.

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Presidente da OAB fala sobre o curso e a carreira de Direito
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