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Análise da redação: o amor na contemporaneidade – retirada do vestibular 2013/2 da UFG

A redação desta semana foi retirada do vestibular 2013/2 da Universidade Federal de Goiás (UFG). A prova pedia que o estudante dissertasse sobre o seguinte tema: Amor na contemporaneidade: condição para a realização pessoal ou aprisionamento de subjetividades? O tetxo poderia ser feito de duas formas, um contou ou um editorial, e o estudante podia […]

Por Mariana Nadai
Atualizado em 24 fev 2017, 15h52 - Publicado em 7 ago 2013, 18h26

A redação desta semana foi retirada do vestibular 2013/2 da Universidade Federal de Goiás (UFG). A prova pedia que o estudante dissertasse sobre o seguinte tema: Amor na contemporaneidade: condição para a realização pessoal ou aprisionamento de subjetividades? O tetxo poderia ser feito de duas formas, um contou ou um editorial, e o estudante podia escolher qual o tipo de redação escrever.

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Selecionamos dois textos para serem analisados pelo cursinho Oficina do Estudante, um conto e um editorial. Nesta semana, publicaremos o conto. Confira o texto a seguir.

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redacao-7-agosto

O Texto

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Caro Príncipe Encantado

Sabe, eu sempre odiei histórias de princesas! Porque são patéticas. As princesas ficam lá: ingênuas, bobas e indefesas. Só esperando o tal “príncipe encantado” para salvá-las.

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E sempre a mesma história: a pobre princesinha está em perigo então surge o grande e maravilhoso príncipe e salva-a. Eles se apaixonam do nada, se casam (namorar para que né?) e vivem felizes para sempre.

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Bom, meu caro príncipe, eu fugi.

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Me desculpe meu príncipe, mas não irei esperar você me salvar. Não ficarei sentada batendo palminha para você enquanto você enfrenta os perigos.

Eu sei me virar. Posso descer da torre sozinha, não serei estúpida a ponto de aceitar comida de estranhos, muito menos ficarei dormindo a sua espera.

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Se acha que não posso sair por aí sozinha, está enganado. Não preciso de um príncipe em um cavalo branco que se ache a “ultima jujuba do pacote”, odeio narcisismo.

Se me quiser, venha atrás de mim, enfrente os obstáculos que compõe minha personalidade problemática, são piores que qualquer dragão, pode ter certeza. Se não desistir, pode ser que seja digno.

Eu sei, assim talvez nunca me alcance. E isso me assusta. Mas, eu não quero me tornar aquilo que eu mais odeio. Eu não vou desistir de mim. Então, se achar que essa suposta princesa metida a cavaleiro vale a pena, não desista de mim só porque achei meu sapato sem ajuda. Venha me capturar, se for capaz.

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Mesmo que não pareça estarei esperando, me desafie e veremos se merece seu título.

Te espero por aí.

De sua Princesa Fugitiva

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A análise do conto

É um bom texto. Bem escrito, trabalha palavras e conceitos de forma peculiar e original. Sugestivo, não explícito.

Discute o tema do amor na contemporaneidade, conforme a proposta exigia, e analisa os anseios e sentimentos da personagem-autora. Faz um jogo inventivo de intertextualidade e encarna ao avesso a personagem feminina de várias histórias de amor nos contos de fada.

Embora pareça tão descolada, independente e muito segura de si, a autora sucumbe à sina de todas as personagens ficcionais, quando declara no final: “Te espero por aí”. Aí, se iguala a todas as mulheres que aguardam, esperançosas, um amor lindo que virá ou não, dependendo portanto, do “príncipe” para se realizar sentimentalmente.

O gênero não é exatamente um conto, embora retrate uma parcela da história da personagem-autora. Trata-se de uma carta-desabafo, íntima, que tem um interlocutor bem marcado, o príncipe, que não entra na história.

Se é um conto-carta ou uma carta-conto não se pode definir com clareza. Por isso, a construção deste texto é perigosa em um vestibular: tanto pode zerar, sob a ótica de uma correção mais ortodoxa, como obter uma boa nota, na correção mais liberal.

*Análise feita pela professora de redação Ednir Barboza,do cursinho Oficina do Estudante

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