Com base na proposta do dia 17 de abril (acesse aqui), os estudantes deveriam escrever uma dissertação sobre o tema “Superbactérias: reflexo da automedicação”. Leia abaixo uma das redações enviadas e veja, em seguida, a análise feita pelos professores da plataforma de correção Imaginie.
[1]No século XX, o biólogo inglês Alexander Fleming encontrou, por acaso, a penicilina, um antibiótico para deter bactérias causadoras de doenças. Apesar dessa descoberta ter sido um grande avanço na área científica, algumas bactérias estão sendo chamadas de superbactérias pelo fato de resistirem aos antibióticos. Tal fenômeno possui como possível razão o uso inadequado de antibióticos, ocasionando limitações nas formas de tratamento para bacterioses.
[2]De acordo com a médica Maria Rita, professora da USP, quando uma pessoa utiliza incorretamente antibióticos, pelo processo de mutação gênica as bactérias adquirem resistência ao medicamento, garantindo essa mesma resistência às próximas gerações de bactérias. Ainda, conforme a profissional, esse evento biológico praticamente impossibilita a cura de uma doença causada por determinada superbactéria. Dessa forma, é possível perceber que a automedicação é algo extremamente prejudicial não só ao enfermo, que faz uso da medicação, mas também ao resto da comunidade, já que a prática do medicar por conta própria contribui para a resistência do microrganismo e, consequentemente, sua difícil eliminação.
Assim, é importante providenciar algumas medidas para atenuar a automedicação, como por exemplo, cartilhas educativas.
[3]Segundo a ANVISA, no ano de 2012, foram contabilizados aproximadamente dez mil casos de bactérias resistentes a remédios em UTIs brasileiras. Essa informação mostra como a resistência das bactérias ao remédio é alarmante e causa problemas em toda sociedade, sendo necessário algumas medidas para atenuar esse fato.
[4]Em síntese, algumas ações são imprescindíveis para diminuir os impactos da automedicação na proliferação de superbactérias. Dentre elas, os cursos de saúde deverão aprofundar sobre os antibióticos, quando necessário. Ademais, o governo deverá aumentar, por meio de cartilhas, a conscientização.
>> Veja algumas dicas de redação
Análise da redação do aluno
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta: Em relação a primeira competência, o texto apresenta alguns desvios de convenções da escrita.
Competência II – Compreender a proposta:
[1] Introdução bastante coerente. Porém, tome cuidado ao apresentar sua tese, pois ela deverá ser desenvolvida durante todo o texto.
Competência III – Selecionar, relacionar argumentos:
[2] O texto apresenta argumentos referentes ao tema, bem como foram organizados de forma consistente sustentando a tese inicial.
[3] Todo e qualquer texto argumentativo, visa ao convencimento de seu ouvinte/leitor. Por isso, ele sempre se baseia em uma tese, ou seja, o ponto de vista central que se pretende veicular e a respeito do qual se pretende convencer esse interlocutor.
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
No geral, na quarta competência, você articula bem o texto, mas não apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. O uso diversificado de mecanismos linguísticos enriquece qualquer texto. Fique ligado!
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
[4]Opa! Cuidado. Seu texto apresenta uma proposta de intervenção, porém não de forma detalhada, isso quer dizer que você disse o que deve ser feito, mas não explicou quem irá fazer, como será feito e quais os meios para ser feito. Então fique ligado nas dicas:
Primeiro, volte ao texto e identifique todos os problemas citados, depois, resolva-os na ordem em que foram apresentados. Deve-se, principalmente, dizer o que fazer, como fazer, os meios para fazer e quem irá participar da proposta para cada um dos problemas apresentados.
Nota: 840