Com base na proposta do dia 27 de março (acesse aqui – você ainda pode enviar seu texto até domingo), os estudantes deveriam escrever uma dissertação sobre o tema “Os desafios do combate do trabalho escravo no século XXI”. Leia abaixo uma das redações enviadas e veja, em seguida, a análise feita pelos professores da plataforma de correção Imaginie.
Ataque ao Cândido
[9]A violência, [1]em suas variadas formas, é a submissão de uma pessoa e a violação de seus direitos [2]como ser humano perante [3]a sociedade. Sustentando esse conceito, [8]observamos [4]atualmente um assíduo debate sobre a violência praticada contra crianças e adolescentes, de uma forma que não era vista antigamente. Essa nova forma consiste em uma discussão enfática, não só moral, mas também judicial [5]de como garantir os direitos desse grupo tão vulnerável.
[10]As questões de como assegurar o direito do menor vêm atreladas a um pensamento histórico que existe no senso comum das famílias brasileiras. Esse pensamento consiste na ideia de que as crianças são “propriedades” da família, sendo obrigadas a acatar e se submeter a qualquer decisão que os familiares achem que [6]lhe compete.[13] Concomitantemente[12], existe a prática generalizada de castigos físicos, que [7]sob pretexto de educar e repreender, colocam o jovem em uma situação de extrema vulnerabilidade, tendo como mediador apenas o discernimento e o bom senso do adulto em questão. Esses casos vão contra o estatuto da criança e do adolescente, que diz que o direito ao respeito consiste na inviolabilidade física.[11]
Nesse cenário, pais e mães são os principais acusados nas denúncias (cerca de 53% do total), e cerca de 70% dos casos acontecem dentro das residências, segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos. A Unicef apresenta estatísticas desoladoras, sendo 129 denúncias por dia, ou seja, 5 casos por hora de violência física, psicológica, sexual ou negligência, isso unido ao pensamento de que a grande maioria dos casos nem chegam a ser denunciados. Em detrimento das estatísticas, é evidente a falta de estrutura por parte dos conselhos tutelares, a ineficiência das delegacias especializadas para um efetivo acompanhamento da ocorrência, bem como o despreparo de servidores e conselheiros tutelares.[14]
Visto isso, podemos concluir que há a necessidade de existir uma rede articulada de serviços e programas com efetivas estratégias de prevenção. Os órgãos públicos competentes precisam definir especificamente onde estão as principais falhas na manutenção da apuração dos processos e, assim, repará-las. Incentivar a população a denunciar, por meio de campanhas publicitárias e divulgação mais enfática do cenário atual, também é uma forma de prevenção. Nessa conjuntura, adere-se também a possibilidade de proporcionar ao próprio jovem uma circunstância favorável para ele falar sobre o assunto, criando programas de debate sobre o tema nas escolas, com o apoio psicológico e professores preparados para avistar qualquer tipo de indício de maus tratos.
>> Veja algumas dicas de redação
Análise da redação do aluno
O aluno precisa ficar atento à coesão e ao uso dos conectivos para uma melhor fluidez do texto. Utilizar argumentos mais incisivos e ficar atento às regras gramaticais, principalmente na pontuação, aposto e ortografia.
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta:
[1]Bom uso do aposto.
[2] Faltou a vírgula.
[3] O “a” é craseado.
[4] Faltou a vírgula.
[5] Faltou a vírgula.
[6] O sujeito ainda é “crianças”, portanto, “lhes competem”.
[7] Aposto deve vir entre vírgulas.
Competência II – Compreender a proposta:
[8] Uso da primeira pessoa.
[9] Boa introdução.
[10] Boa forma de desenvolvimento.
Competência III – Selecionar, relacionar argumentos:
[11] Faltou um pouco de relação entre as ideias.
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
[12] Bom recurso conectivo.
[13] Procure utilizar períodos mais curtos.
[14] Continua usando períodos muito longos.
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
[15] Apresentou boa conclusão.
Nota: 800