Desastres de escrita para evitar na redação do Enem e vestibulares
Prepare-se para encarar imagens chocantes! São fotos de redações com escritas desastrosas. As imagens foram selecionadas pelo professor Rogério Chociay e estão no livro Redação no Vestibular da Unesp: a Dissertação, publicado com exemplos sem identificação da década de 1990 (Fundação Vunesp, 2004). Procuramos colocá-los aqui com algum senso de humor. Atenção, jovens: tentem fazer melhor que isso na prova!
Letra ruim não tira nota nas provas. Porém, uma pesquisa realizada com 146 professores, pela empresa Imaginie (plataforma de correção de redações que atua em parceira com nosso site), indica que a caligrafia pode ser dos grandes vilões na hora da avaliação: em média 30% das redações são dadas como ilegíveis e não recebem correção.
Letra de Hobbit reprimido
O autor – ou a autora – colocou o título O caminho correto em sua dissertação, mas o resultado não ficou muito correto. É claro que o problema nesse texto não é apenas o tamanho da letra. Mas ele atrasa a leitura dos avaliadores e eventualmente irrita, o que não é boa coisa.
Letra de Hagrid
O autor de Corrupção: Tô fora tem uma letra um tanto obesa. Percebe-se que ele domou a mão e a escrita, tem prática e a letra é solta, o que é muito bom. Porém, para conseguir expressar tudo o que quer, ele aproxima as palavras, não há espaço de distância entre elas. Isso dificulta a leitura e faz caber menos palavras, pode faltar espaço para fazer os diferentes parágrafos da argumentação. Ou seja, não perde pontos pela letra, mas pode perder pelas consequências dela. Além disso, note que todas as letras do candidato são “bicudas”, “pontudas”. Letras “u”, “m”, “n”, todas são pontudas. É preciso dar a cada letra sua forma habitual e abrir espaços.
Letra de médico drogado
A caligrafia a seguir é inacreditável, não? Após lermos o título Brasil para brasileiros, não se entende mais nada, então a redação provavelmente levou nota zero. Gente, é sério: essa redação concorreu mesmo na Universidade Estadual Paulista. Quem tem letra assim precisa praticar e melhorar. Ou seria um caso perdido?
Uma pesquisa realizada com 146 professores da empresa Imaginie, plataforma de correção de redações que atua em parceira com nosso site, indica que a caligrafia é dos grandes vilões na hora da avaliação: em média 30% das redações são dadas como ilegíveis e não recebem correção, e 140 responderam que a caligrafia afeta a avaliação.
Veja também: cinco dicas para melhorar a sua letra
Letra que dá desgosto
Letra feia e até muito feia normalmente não tira pontos de nota na prova de redação, até porque os avaliadores já ficam com pena do candidato assim que batem os olhos nisso: ah, pobrezinho, alguém acuda, vamos ajudar esse garoto! A caligrafia de Corrupção um câncer que deve ser combatido revela um autor que praticou pouco, não domou sua mão. Ele sofre, e os avaliadores sofrem com ele. Acontece com esse autor algo estranho quando a letra “o” se aproxima para ser escrita: ela vem vindo e aí, de repente, ele se precipita e a sílaba toda se amontoa. Daí, depois do espanto, o avaliador vê que falta acento em “cancer” logo no título e seu humor passa de compaixão a desgosto. É o que se diz sempre: ler mais e praticar mais. Letra feia, um câncer que deve ser combatido!
Letra apertadinha
Temos de admitir: esse candidato sabe que se estenderá, pois tem muito a dizer sobre uma Situação insustentável. Ele resolveu dissertar sobre a má educação pública no país, daí que deu nisso, havia muito o que dizer. Ele foi escrevendo e escrevendo, daí se desesperou no terceiro parágrafo. Um autor com letra tão miúda pode perfeitamente por mais espaço entre as palavras, porque letra muito miúda e apertada é fogo. Aí outros problemas começam a aparecer, e o avaliador vê os errinhos e bau bau! A situação do candidato pode ficar insustentável.