O que você deve saber antes de se tornar um universitário
Com a proximidade dos resultados dos vestibulares, novas oportunidades vão aparecer na sua nova vida de calouro
Ei, você que prestou os vestibulares 2018: o início da sua vida universitária pode estar cada dia mais perto. Com a proximidade dos resultados e a possibilidade de encontrar seu nome na lista de aprovados, novas possibilidades vão aparecer como calouro.
É o que explica o professor Luciano Cruz, coordenador de comunicação da Universidade São Caetano do Sul (USCS), “Já vi muitos veteranos que não receberam o direcionamento certo e acabaram não aproveitando tudo que a universidade tem a oferecer”, contou. Veja alguns pontos em que é preciso ficar de olho.
A diferença entre os tipos de instituição
Logo de cara, o principal é entender a diferença entre faculdade, universidade e centro universitário.
“O ensino superior é composto por três pilares: o ensino, a pesquisa e a extensão. O ensino é o básico, professor na sala de aula dando matéria. A pesquisa é a produção acadêmica de conhecimento, ou seja, quando o estudante e o professor-orientador se envolvem em investigar algum fenômeno ou acontecimento. E a extensão é composta por todas as atividades que levam os conhecimentos da academia para a comunidade ao redor”, diz Luciano.
A faculdade é a instituição que se compromete apenas com o básico: o ensino. Já o centro universitário é o que também oferece o ensino, mas procura desenvolver um pouco de pesquisa e extensão. A universidade, por fim, se compromete a desenvolver ao máximo todas as três áreas.
“Tanto a pesquisa quanto a extensão oferecem muito ao estudante, tanto em termos de prática do que aprendeu em sala, como em experiência que pode ser adicionada ao currículo depois”, explica. Seria o caso de um estudante de Ciências Contábeis, por exemplo, que se dedicasse a uma atividade de extensão onde tirasse dúvidas da população sobre imposto de renda.
Bolsas de estudo e entidades
Além da sala de aula e dos novos conhecimentos, o estudante tem muito a que se dedicar na vida acadêmica. Algumas das muitas opções são as monitorias internas, os projetos de extensão e pesquisa, já mencionados, e as entidades estudantis, como o centro acadêmico (ou diretório acadêmico) e as associações atléticas.
“A monitoria interna é uma ótima opção para quem faz faculdade particular. O jovem pode trabalhar dentro da universidade, ou seja, ganhando experiência, e ainda recebe uma bolsa de estudos, que pode reduzir a mensalidade em pelo menos 50%”, explica Cruz. Além disso, os projetos de pesquisa e extensão costumam ser remunerados.
Outra opção para quem está a fim de se aprofundar mais no ambiente universitário é a participação nas entidades estudantis. Os centros acadêmicos são geridos pelos próprios estudantes e costumam investir em projetos sociais e empresas júnior, que podem auxiliar muito na hora de adquirir experiência profissional. Já as associações atléticas, que promovem o esporte universitário e a maioria das festas, são uma boa para quem quer participar de atividades em grupo e aumentar a rede de relacionamentos.
Aproveitando ao máximo a vida universitária
- Vá além da sala de aula. Não se contente em apenas assistir às aulas. Você se esforçou muito para estar na universidade, aproveite!
- Tire o máximo possível do professor. Ele está lá para te passar todo o conhecimento que puder. Além disso, o professor ficará motivado se perceber interesse, e dará uma aula bem melhor.
- Se você tem planos definidos do que quer fazer no futuro, comece a tomar as atitudes necessárias. Por exemplo: quer ir trabalhar ou estudar no exterior? Comece já a estudar a língua!
- Não há aprendizagem na “zona de conforto”. O esforço faz parte do processo de adquirir conhecimento.
- Construa redes de relacionamento e mostre a seus professores e colegas do que é capaz. Eles podem ser os que vão te indicar a algum emprego importante no futuro.
- Corra atrás do seu diferencial. Muitos têm o diploma, por isso é importante saber encontrar aquilo em que você pode ser melhor do que os outros.