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Litosfera: Relevo do Brasil

Screenshot_3PERTO DO CÉU Entre MG e RJ, o Pico das Agulhas Negras é o quinto mais alto do Brasil, com 2.791 metros

Os principais tipos de relevo do Brasil foram esculpidos sobre rochas de milhões e milhões de anos

A pesar de o Brasil ser uma nação relativamente jovem, com pouco mais de 500 anos, contando a partir da chegada dos portugueses, seus terrenos são de outras eras. Tudo teve início há cerca de 4,5 bilhões de anos, quando a litosfera começou a se formar, com o resfriamento do magma, e, mais tarde, com os movimentos das placas tectônicas. Nesses primórdios da história terrestre, durante a era Arqueozoica, as primeiras rochas deram origem aos escudos cristalinos, ou maciços antigos, um dos dois tipos de formação geológica que ocorrem no Brasil. Do longo processo de erosão dos escudos cristalinos surgiu o outro tipo de estrutura geológica do país: as bacias sedimentares. Presentes na maior parte do território, são constituídas de rochas formadas pela desagregação de outras rochas e de diferentes materiais (veja a estrutura geológica brasileira no mapa abaixo).

Em razão dessa formação antiga, e sofrendo há milênios com a erosão de agentes do intemperismo como ventos e chuva, as altitudes por aqui são modestas: aproximadamente 40% do território se encontra abaixo de 200 metros de altitude e cerca de 90% não passa de 900 metros. Outro fator para termos um relevo considerado tão baixo é a ausência dos dobramentos modernos que deram origem a imensas cadeias de montanhas, como os Alpes e os Andes. Isso ocorre porque o Brasil se localiza bem no meio da placa Sul-Americana, longe das zonas de choque entre as placas tectônicas, onde se dão os movimentos de soerguimento ou afundamento das placas.

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Sem as cadeias de montanhas, sobram-nos outros três principais tipos de relevo: planaltos, planícies e depressões. Com base nisso, no decorrer dos anos, os estudiosos propuseram várias classificações do perfil geográfico brasileiro. A mais aceita foi estabelecida, nos anos 1990, pelo geógrafo Jurandyr Ross, da Universidade de São Paulo (USP). Considerando o processo de formação dos diversos relevos do mundo, e também a altitude das formações do Brasil, Ross chegou à definição de 28 estruturas no país: 11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies. Veja na página ao lado três destaques do ancestral relevo brasileiro.

GEO - pag 37-01

PONTOS MAIS ALTOS DO BRASIL

(em metros)

1 2.993 Pico da Neblina

2 2.972 Pico 31 de Março

3 2.891 Pico da Bandeira

4 2.798 Pico Pedra da Mina

5 2.791 Pico das Agulhas Negras

6 2.769 Pico do Cristal

7 2.734 Monte Roraima

8 2.680 Morro do Couto

9 2.670 Pedra do Sino de Itatiaia

10 2.665 Pico Três Estados

Fontes: IBGE e Jurandyr Ross

DEPRESSÃO DO ARAGUAIA Acompanhando o leito do Rio Araguaia, essa depressão tem superfície entre 300 e 400 metros de altitude; configura-se uma depressão por estar abaixo dos terrenos que a circundam. Na definição de Ross, depressões são superfícies formadas por processos erosivos, com suave inclinação e menos irregulares que planaltos. Entre as 11 depressões brasileiras, também merecem destaque a depressão da Amazônia Ocidental (com cerca de 200 metros de altitude) e a depressão da borda leste da bacia do Paraná (que chega a atingir altitudes entre 600 e 750 metros).

PLANALTOS E SERRAS DO ATLÂNTICO LESTE-SUDESTE Estendendo-se do sul da Bahia ao sul do país, esse imenso planalto é composto de diferentes subunidades morfológicas, como a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira. Seus terrenos são formados de antigos escudos cristalinos, que, em alguns pontos, e há milhões de anos, foram erguidos por movimentos resultantes do choque entre placas tectônicas a grande distância. O resultado disso é o relevo acidentado e heterogêneo da região, com vales profundos, escarpas (terrenos muito íngremes que lembram degraus), chapadas (superfícies extensas e horizontais, de elevada altitude) e elevações, como o Pico das Agulhas Negras, na Serra do Itatiaia (MG/RJ), de 2.791,55 metros. Na defnição de Ross, o planalto caracteriza-se por ser uma região em que o processo erosivo supera o de acumulação – são conhecidos como formas residuais, ou seja, resultantes do processo de erosão. Além de cristalinos, podem ser sedimentares, como é o caso dos Planaltos Residuais Norte-Amazônicos.

PLANÍCIES E TABULEIROS LITORÂNEOS Relevo característico do litoral das regiões Norte e Nordeste e do norte do Espírito Santo, constitui-se da combinação de planícies, formadas pela deposição de sedimentos de rios e do mar, e dos tabuleiros, terrenos de baixa altitude (entre 30 e 60 metros) que terminam de forma abrupta na costa, em escarpas – neste caso chamadas de falésias. Na definição de Ross, as planícies são superfícies planas e áreas em que o processo de acumulação de sedimentos é maior que o erosivo.

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