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Biosfera: Vegetação no mundo

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Conheça as características e a localização dos principais tipos de formação vegetal do planeta.

Na Geografia, as diferentes formações vegetais da Terra são analisadas do ponto de vista da distribuição geográfica, das características fisionômicas e das suas relações com o clima, o relevo, os solos e o substrato rochoso. O estudo da vegetação também deve ser feito sob o ponto de vista da exploração econômica pelo homem e as consequências socioambientais da derrubada das florestas.

Veja a seguir as principais formações vegetais do planeta, onde elas se localizam e quais são suas características mais marcantes.

Deserto

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RESISTENTES AO DESERTO, como o do Atacama (Chile), as plantas são adaptadas à falta de água

 

 Nos desertos, a vegetação é esparsa e de poucas espécies. Como as regiões áridas têm índices pluviométricos abaixo de 250 milímetros ao ano, as plantas são xeromórficas, ou seja, adaptadas à ausência de chuvas – os cactos, por exemplo, armazenam água e desenvolvem espinhos no lugar das folhas, para reduzir a evapotranspiração (perda de água na fotossíntese).

Nos desertos frios, que ficam em altas latitudes (Patagônia, por exemplo, na América do Sul), as temperaturas variam pouco durante o dia. Já os desertos quentes, como do Atacama, da Austrália e do Saara, ficam em regiões tropicais e, no decorrer do dia, apresentam grande variação de temperatura, despencando de mais de 40 ºC durante o dia para índices abaixo de zero.

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NAS ALTURAS só vegetação rasteira consegue suportar o clima hostil das Montanhas rochosas (EUA)

 

Vegetação de Montanha

A vegetação de montanha é rasteira, formada apenas de ervas e arbustos que, a duras penas, conseguem sobreviver no clima hostil. Algumas características como folhas duras (coriáceas) ajudam a resistir ao frio e aos fortes ventos das altitudes elevadas. Esse tipo de formação vegetal pode ser encontrado em diversas regiões montanhosas pelo mundo, como as encostas da Cordilheira dos Andes (na América do Sul), dos Alpes (na Europa), da Cordilheira do Himalaia (na Ásia) e das Montanhas Rochosas (nos Estados Unidos).

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AINDA DE PÉ A foresta de coníferas, encontrada na Letônia, é explorada pela indústria madeireira

 

Floresta de Coníferas ou Floresta Boreal

Floresta homogênea, de pinheiros e abetos, com folhas em formato de agulha (aciculifoliadas) e copas em forma de cone, que acumulam menos neve durante o longo inverno das regiões de latitudes médias e elevadas. No solo, o frio rigoroso também impõe duras limitações para o desenvolvimento das espécies vegetais: há pouca vegetação rasteira, como alguns líquens, musgos e arbustos. A floresta de coníferas é intensamente explorada como matéria-prima para importantes indústrias madeireiras, de papel e celulose. Essa formação é encontrada principalmente no norte da Europa, da América e da Ásia (onde é chamada de taiga).

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VEGETAÇÃO SUBPOLAR a tundra, formada por musgos e herbáceas, aparece nos poucos meses do degelo em regiões como Manitoba, no Canadá

 

Tundra

Desenvolve-se em uma das regiões mais frias do mundo, a do clima subpolar, como no norte da Rússia. Ela é formada por musgos e algumas espécies herbáceas que aparecem no solo somente nos poucos meses de degelo, quando o verão eleva a temperatura para 4 ºC, em média. No resto do ano, o solo fica coberto de neve, motivo pelo qual é denominado permafrost (permanentemente congelado). Por ter uma relação direta com o degelo nas regiões subpolares, a tundra é utilizada como bioindicador para o estudo de possíveis aumentos das temperaturas globais e suas consequências nesse frágil bioma.
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AGROPECUÁRIA as pradarias norte-americanas possuem solos férteis e uma pastagem natural

 

Estepe (campos, pampas, pradarias)

Típica de áreas de clima temperado continental, a estepe é uma formação vegetal pobre, sem árvores, constituída basicamente de gramíneas, que se estende sobretudo em regiões planas, podendo ser encontrada também em relevo montanhoso, como nos planaltos tibetanos. Dependendo da área onde se localiza, recebe um nome diferente: campos, no Brasil; pampas, na Argentina; e pradaria, nos Estados Unidos e no Canadá. Essa flora também é encontrada na África, na Ásia Central e em trechos da Austrália. Por ser constituída de gramíneas, que são pastagens naturais, é comum encontrar, nessas regiões, a agropecuária como atividade econômica principal. O relevo plano e o solo fértil em algumas dessas áreas favorece a produção agrícola.

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ITEM RARO Quase 90% da cobertura original de forestas temperadas na China já foi derrubada

 

Floresta temperada

É uma cobertura vegetal típica das latitudes médias – aparece no norte da China, na Coreia do Sul, no Japão, no leste dos Estados Unidos, na Europa e no sudeste da Austrália e Nova Zelândia. Essa floresta é formada por árvores decíduas, chamadas ainda de estacionais, caducas ou caducifólias, ou seja, que perdem as folhas no inverno para suportar as baixas temperaturas. As poucas espécies de árvore, como carvalhos, bordos e faias, são espaçadas, e o solo é recoberto por gramíneas. Grande parte da floresta temperada, contudo, já foi devastada – na Europa, por exemplo, de 70% a 80% da cobertura original já foi perdida; na China, de 80% a 90%.

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ZONA EQUATORIAL a região amazônica abriga uma quente e úmida foresta tropical ([1] istock photos [2] Edwin olson [3] ivan walsh [4] istock photos)

Floresta tropical

Vegetação das áreas de baixas latitudes, quentes e úmidas; as plantas têm folhas largas (latifoliadas), que absorvem mais energia solar, e são perenes, isto é, não caem no inverno, pois as temperaturas permanecem elevadas. O solo é coberto por húmus, formado pela decomposição de galhos, troncos e folhas. As florestas tropicais cobrem grande parte da América do Sul (Região Amazônica), da América Central, da zona equatorial da África, do Sudeste Asiático e do Subcontinente Indiano.

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NA MOITA arbustos e pequenas árvores são típicas da vegetação mediterrânea, presente na Espanha 

Vegetação Mediterrânea

 A vegetação mediterrânea é formada por espécies adaptadas a períodos secos, como os garrigues, o maqui – arbustos, moitas e árvores pequenas, como oliveiras – e o chaparral, similar ao maqui, mas menos denso. Essa formação vegetal é encontrada no litoral do Mar Mediterrâneo, na Califórnia (EUA), na Austrália e na África do Sul. A oliveira, da qual se extrai o azeite de oliva, e o loureiro, cuja folha é utilizada como tempero, são espécies nativas da vegetação temperada. O clima mediterrâneo também favorece a produção de uvas e concentram as principais vinícolas do mundo.

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ISOLADAS as pequenas árvores distribuídas de forma esparsa são uma característica da savana africana

 

SAVANA (CERRADO)

 Na savana, presente em áreas de baixas latitudes, as plantas são rasteiras e há pequenas árvores, distribuídas de maneira esparsa, alternadas com bosques com vegetação arbórea mais desenvolvida. Nas regiões mais secas, predomina a vegetação rasteira e espinhosa. A savana é uma vegetação estacional, marcada por duas estações bem definidas: o período seco (no inverno) e o período chuvoso (no verão). Essas formações são encontradas na África, na Ásia (Índia, principalmente), na Austrália e na América, onde recebe os nomes específicos de lhanos (na Venezuela) e cerrado (no Brasil). A ocorrência de uma prolongada estação seca faz com que as plantas desenvolvam adaptações para reservar e obter água, como as folhas coriáceas e as raízes profundas para atingir o lençol freático.

 

 A relação entre Clima e Vegetação 

Para estudar os principais tipos de vegetação, é importante conhecer sua relação com os demais elementos naturais, como o clima. A variação da temperatura e da umidade é um dos fatores que mais influenciam as formações vegetais.

À medida que diminui tanto a temperatura como a umidade, menos exuberante se torna a vegetação e com menor número de espécies, ou seja, menor biodiversidade. A região intertropical, mais próxima à linha do Equador, reúne o chamado “ótimo climático”: altas temperaturas, pluviosidade elevada e luz intensa, propiciando o desenvolvimento das florestas tropicais pluviais, além de milhares de espécies vegetais. É o caso da Amazônia, que abriga a mais rica biodiversidade do planeta.

Conforme avançamos para altas latitudes e nos aproximamos dos polos, onde há escassez de luz e baixas temperaturas, a variedade de plantas diminui progressivamente (veja na figura). A tundra, presente no extremo norte da Rússia e do Canadá, é formada por musgos e algumas espécies herbáceas, que surgem nos poucos meses em que a neve derrete.

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Mas a ausência de umidade, mesmo em regiões quentes como a zona intertropical, leva à formação de desertos, onde poucas espécies se adaptam. Isso também ocorre em regiões com disponibilidade de água, porém com temperaturas muito baixas a ponto de congelá-la (regiões polares), formando os desertos frios.

 

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Hotspots – as zonas em perigo

 As zonas do planeta mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas de destruição são definidas pelo conceito hotspots (em inglês, pontos quentes), criado em 1988 pelo ecólogo inglês Norman Myers. São 34 regiões ou biomas, incluindo a Mata Atlântica e o cerrado brasileiro. Atualmente, elas representam apenas 2,3% da superfície da Terra, mas 50% das espécies de plantas e 42% das de vertebrados terrestres são endêmicas dessas regiões. Os hotspots já perderam 70% da vegetação original.

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O documentário Home – Nosso Planeta, Nossa Casa, de Yann Arthus-Bertrand mostra exuberantes imagens aéreas de diversas paisagens e suas transformações decorrentes das ações antrópicas: www.youtube.com/homeproject

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