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A volta da inflação: Como o aumento de preços faz a economia patinar

A volta da inflação: Como o aumento de preços faz a economia patinar

AO LONGO DA CADEIA Com a inflação, o consumidor reduz as compras. As lojas tentam vender baixando os preços, mas também compram menos das fábricas. As engrenagens econômicas começam a emperrar

A volta da inflação

O aumento de preços desvaloriza a moeda e reduz o poder de compra do consumidor. As vendas do comércio e da indústria caem e a economia patina

Depois de 20 anos sob controle, a inflação volta a ameaçar a saúde econômica do Brasil. Em 2014, a taxa anual de 6,4% encostou no teto estabelecido pelo governo federal para aquele ano, que era de 6,5%. Em 2015, a taxa bateu no teto ainda no primeiro semestre. A previsão é que a taxa anual ultrapasse os 9%, em dezembro.

Inflação é o aumento de preços que desvaloriza a moeda e, portanto, reduz o poder de compra do cidadão. Se o consumidor compra menos, todas as demais etapas da cadeia de produção – da lavoura ao comércio e à indústria – reduzem a atividade e os investimentos. Empresas deixam de contratar e podem demitir os empregados. Desempregados não têm dinheiro para consumir, e o ciclo recomeça.

Existem diferentes estratégias para controlar a parasita que ameaça emperrar a economia do país. O governo pode, por exemplo, controlar o crédito, limitando o número de prestações no financiamento de bens como automóveis e casas. Ou facilitar a entrada de produtos do exterior, obrigando a indústria nacional a baixar os preços para competir no mercado interno. A principal estratégia adotada pelas autoridades financeiras brasileiras é elevar a taxa básica de juros (Selic). Com os juros mais altos, o consumidor paga mais em financiamentos e pensa duas vezes na hora de comprar. Mas, como toda estratégia, esta também tem seu lado negativo: juros altos dificultam para a indústria a compra de equipamentos e matéria-prima.

O país já viveu dias bem piores. No início dos anos 1990, tivemos hiperinflação, com uma taxa que superou os 2 500% ao ano. Na época, a moeda brasileira era o cruzeiro real. Mas, só para você acompanhar o raciocínio, veja a comparação na moeda atual, o real: com uma inflação naquele patamar, para manter o poder de compra ao longo do ano, o salário mínimo definido em janeiro de 2015, de 788 reais, deveria chegar a 20 448 reais, em dezembro.

O cálculo das taxas de juros envolve noções de razão e proporção. Este é um dos temas deste capítulo. Nele, você vê alguns conceitos básicos, necessários para cálculos nos diversos campos da matemática. Entender de operações entre conjuntos e dos diferentes conjuntos numéricos, por exemplo, é essencial para você resolver inequações.

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AO LONGO DA CADEIA Com a inflação, o consumidor reduz as compras. As lojas tentam vender baixando os preços, mas também compram menos das fábricas. As engrenagens econômicas começam a emperrar A volta da inflação O aumento de preços desvaloriza a moeda e reduz o poder de compra do consumidor. As vendas do comércio e […]

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