Atmosfera: Como cai na prova
1. (UFRGS 2014) Analise os climogramas abaixo, no Hemisfério Sul.
Comparando esses climogramas, é possível afirmar que
a) o 1 apresenta as variações mais significativas de pluviosidade e temperatura, indicando um clima equatorial úmido.
b) o 2 apresenta uma relação direta entre pluviosidade e temperatura, indicando um clima com verões quentes e úmidos.
c) o 3 apresenta uma relação inversa entre pluviosidade e temperatura, indicando um clima com invernos úmidos.
d) o 2 e o 3 indicam variações significativas de pluviosidade e temperatura, com estações definidas para ambos.
e) o 1 e o 2 apresentam condições de considerável pluviosidade nos meses de temperaturas mais altas.
2. (Uerj 2015) para evitar novos flagelos os eventos extremos de curta duração, como as chuvas intensas que caíram sobre São Paulo e outras cidades brasileiras com suas trágicas consequências, vão se intensificar com as mudanças climáticas em curso há algumas décadas. “Na década de 1930 e, se formos um pouco mais atrás no tempo, no século XIX, não ocorriam tantos eventos extremos de chuva como acontecem hoje na cidade de São Paulo”, diz Carlos Nobre, do Instituto Nacional de pesquisas espaciais. “Isso é mudança climática, não necessariamente provocada pelo aquecimento global”, ressalta. o mais provável é que a maior parte dessa mudança climática tenha origem na própria Região Metropolitana de São Paulo. ERENO, Dinorah. Adaptado de revistapesquisa.fapesp.br, 26/05/2010.
Considerando a dinâmica ambiental de grandes metrópoles, como São Paulo, as circunstâncias locais para a elevação do índice de chuvas apontada no texto estão relacionadas ao fenômeno de:
a) ilha de calor
b) inversão térmica
c) campo de vento
d) precipitação ácida
3. (FGV 2014) Considere o texto.
I. O inventário de emissão de gases de efeito estufa de 2010, lançado em 2013 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mostra que houve a inversão do tipo de poluição predominante no Brasil em comparação ao relatório anterior, de 2004. (https://blog.ambientebrasil.com.br/2013/10/brasil-ja-polui-como-um-pais-rico. Adaptado)
Considerando o texto, é correto afirmar que
a) atualmente a principal fonte poluidora é a queima de combustíveis fósseis, que ultrapassou o desmatamento.
b) o fato de o Brasil encontrar-se entre os grandes poluidores do mundo destaca o peso do setor industrial na economia.
c) a expansão das atividades agrícolas para produção de commodities tornou-se, atualmente, a principal fonte poluidora.
d) o cultivo de arroz, grande emissor de metano, ultrapassou o peso da pecuária no ranking de grande poluidor.
e) a posição do Brasil, entre os grandes poluidores, deve-se, principalmente, à redução da participação do gás natural na matriz energética.
RESPOSTAS
1. A alternativa a indica corretamente que o climograma 1 representa um clima equatorial úmido, porém não há, no climograma e nesse tipo de clima, variações significativas de pluviosidade e temperatura. Na alternativa b, a informação incorreta é a que se refere aos verões úmidos, visto que, quando são registradas as temperaturas mais elevadas, entre dezembro e março (verão), há uma redução no volume de chuvas mostrado pelas colunas. A alternativa C está errada, pois há uma relação direta entre temperatura e pluviosidade (a queda na temperatura é acompanhada por uma queda na pluviosidade), e o período do inverno é, na realidade, o mais seco. A alternativa d está correta, pois os dois climogramas mencionados (2 e 3 ) apresentam quedas de temperatura no inverno (junho a agosto), acompanhadas de variações significativas de pluviosidade (para mais ou para menos), determinando duas estações bem definidas (seca e úmida). Na alternativa e, não é possível afirmar que os climogramas 1 e 2 apresentam maiores pluviosidades nos meses mais quentes, pois isso não se confirma no climograma 2, onde a pluviosidade maior é registrada no inverno. Resposta: D
•SAIBA MAIS
Se a escala usada para montar o climograma for diferente, o aspecto do climograma poderá sofrer modificações. Repare, por exemplo, como o climograma de João Pessoa, ao lado, ficou diferente da versão abaixo depois de mudarmos a escala do índice pluviométrico, diminuindo os intervalos de 100 mm para 50 mm.
2.As ilhas de calor são formadas em áreas das grandes cidades com maior adensamento urbano e, consequentemente, com maior absorção e irradiação de calor. Contribuem para esse processo os poluentes lançados na atmosfera e a substituição da cobertura vegetal por prédios de concreto e cimento e ruas asfaltadas. As ilhas de calor aceleram as correntes ascendentes de ar úmido (correntes de convecção) e, assim, contribuem para formar nuvens mais carregadas e chuvas torrenciais, sobretudo no verão. Além disso, os poluentes atmosféricos (poeira, fuligem etc.) podem atuar como núcleos de condensação, aumentando a concentração de gotículas de chuva, intensificando-as. Resposta: A
3. Conforme afirma corretamente a alternativa a, a queima de combustíveis fósseis ultrapassou o desmatamento e passou a responder pela maior emissão de CO2 no Brasil. Isso decorre do aumento da frota de automóveis e caminhões nos últimos anos, que resultou em um maior consumo de gasolina e diesel, além do aumento no uso de termelétricas, que geram energia a partir da queima de carvão, óleo ou gás. A alternativa b está incorreta porque o Brasil, apesar da expressiva produção industrial, tem a maior parte da economia centrada no setor terciário. As alternativas c e d incorretamente indicam que a agricultura é a maior fonte emissora de gases estufa. Já a alternativa e é falsa porque, entre os combustíveis fósseis, o gás natural responde pelas menores emissões e este tem aumentado sua participação na matriz energética brasileira. Resposta: A
• SAIBA MAIS
Veja nos dois gráficos abaixo como a queima de combustíveis fósseis, caracterizada pelas atividades de energia, ultrapassaram o uso da terra e florestas como principal atividade geradora de CO2 no Brasil, entre 2005 e 2012.
RESUMO
FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS
Principal objeto de estudo dos meteorologistas, eles se formam com diferentes reações químicas que ocorrem na atmosfera. Nuvem, chuva, neve, granizo, geada, vento e massas de ar são formados por causa de certas condições de umidade, pressão e temperatura.
EL NIÑO
Esse fenômeno se forma duas vezes a cada dez anos na época do Natal, com o enfraquecimento dos ventos alísios, que normalmente sopram as águas aquecidas do Pacífico do leste para o oeste – da costa da América do Sul até a região da Indonésia. Como essas águas quentes e úmidas permanecem na costa sul-americana, elas provocam chuvas nessa área e seca na Indonésia e Austrália.
CLIMAS DO MUNDO
São dez os principais tipos climáticos do mundo: equatorial, tropical, mediterrâneo, temperado, subtropical, desértico, semiárido, frio de montanha, frio e polar. Fatores como latitude, altitude, proximidade do mar, pressão atmosférica e influência das correntes marítimas determinam as diferenças entre os climas.
CLIMAS DO BRASIL
O Brasil possui seis tipos climáticos principais: equatorial, tropical, semiárido, tropical de altitude, tropical atlântico e subtropical. A ocorrência de chuvas e a temperatura média são os critérios mais importantes para definir os climas no Brasil.
AQUECIMENTO GLOBAL
O efeito estufa é um fenômeno natural, no qual os gases presentes na atmosfera retêm o calor recebido do Sol. A emissão de gases por indústrias, veículos, desmatamento e agropecuária potencializa o fenômeno e pode ser um dos causadores do aquecimento global.
ENERGIAS ALTERNATIVAS
Uma das alternativas para reduzir a emissão de gases do efeito estufa é a adoção de fontes de energia renovável. No Brasil, quase metade da energia utilizada é proveniente de recursos renováveis. Entre as principais energias alternativas destacam-se a eólica (produzida pelos ventos), a solar (proveniente do Sol) e a biomassa (feita com matéria orgânica).
PROTOCOLO DE KYOTO E ACORDO DE PARIS
O Protocolo de Kyoto foi estabelecido em 1997 com o objetivo de diminuir a emissão de gases do efeito estufa. Ele previa que os países desenvolvidos deveriam cortar suas emissões de dióxido de carbono e outros gases, mas isentava os países em desenvolvimento da obrigação de reduzir as emissões. O acordo não funcionou e foi substituído pelo Acordo de Paris. Assinado em dezembro de 2015, ele obriga todos os 195 países signatários a estabelecer metas para o corte de emissões de gases do efeito estufa, de modo a evitar que o aquecimento