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Biologia animal: Classificação científica

Biologia animal: Classificação científica

TUDO IGUAL, MAS DIFERENTE Borboletas, que são insetos de uma mesma ordem – a dos lepidópteros –, apresentam imensa variedade de gêneros e espécies

Uma hierarquia para os seres vivos

Os primeiros sistemas de classificação dos seres vivos apareceram ainda na Antiguidade, e dividiam os animais entre vertebrados e invertebrados. À medida que o conhecimento em biologia avançou, novos sistemas surgiram. Um dos mais usados atualmente é o criado pelo ecologista norte-americano Robert Whittaker, em 1960. Essa taxonomia moderna segue um sistema de classificação que data do século XVIII, atribuído ao sueco Carlos Lineu¹.

O sistema de Whittaker divide os seres vivos segundo o tipo de suas células – procarióticas ou eucarióticas –, o número de células – unicelulares ou pluricelulares – e na forma de nutrição – autótrofos (que produzem o próprio alimento) ou heterótrofos (que adquirem alimento do meio ambiente). Assim, os seres vivos se distribuem por cinco reinos: Monera, Protista, dos Fungos, Vegetais e Animais.

Bases da classificação

O sistema de classificação criado por Lineu é como uma escala, em que cada categoria faz parte de outra, mais ampla. A unidade básica é a espécie. Pertencem a uma mesma espécie organismos muito semelhantes e, principalmente, que conseguem cruzar entre si e se reproduzir, gerando descendentes também férteis.

Algumas espécies até conseguem cruzar, mas seus filhotes híbridos serão estéreis. É o caso do jumento e da égua, que dão origem ao burro, que é infértil. Jumento e cavalo, portanto, são de espécies diferentes. Já o cachorro e o lobo geram descendentes férteis. Então, eles são da mesma espécie.

Espécies parecidas são reunidas no grupo taxonômico seguinte: gênero. Gêneros semelhantes formam famílias, que são agrupadas, em seguida, em ordens. As ordens são reunidas em grupos mais abrangentes, as classes, que, por sua vez, pertencem a diferentes filos. Por fim, os filos são agrupados segundo os cinco reinos de Whittaker. Para dar conta da complexidade de alguns grupos, os taxonomistas usam categorias intermediárias, como subfilo, subgênero ou superfamília.

Os degraus na escala taxonômica podem ser distribuídos numa árvore filogenética, ou árvore da vida, que mostra como os diferentes grupos se relacionam em termos evolutivos, ou seja, como organismos mais primitivos foram dando origem a outros, mais sofisticados. Isso significa que o modo de classificação dos seres vivos adota os conceitos de evolução de Charles Darwin, segundo os quais todos os organismos surgiram de um único ancestral comum.
Nomenclatura

Para que cada espécie seja correta e coerentemente identificada por todo mundo, os cientistas convencionaram adotar uma série de regras para uniformizar a nomenclatura. Segundo essas regras, todo ser vivo é identificado por gênero e espécie, com um modo especial de grafar. Veja no exemplo abaixo, com o nome científico da mosca doméstica, as regras da nomenclatura científica.

 

Biologia animal: Classificação científica Biologia animal: Classificação científica

 

Biologia animal: Classificação científica

Os ramos numa árvore da vida

A ordem dos ramos de uma árvore filogenética indica a linha de evolução de um grupo de organismos. Veja no infográfico na página 66 como, entre os diversos filos do Reino Animal, os cientistas põem mais perto dos cordados os equinodermos. Isso significa que o ser humano é mais aparentado às estrelas-do-mar do que a qualquer inseto, como as baratas. Acredita-se que esse parentesco tenha surgido muito primitivamente, antes mesmo da explosão do Cambriano, há mais de 500 milhões de anos. Desde então, os filos foram se diversificando em classes, ordens, famílias, gêneros e espécies, cada um seguindo um projeto básico de adaptação ao ambiente, até chegar às formas de vida contemporânea.

¹CARLOS LINEU (1707-1778), também conhecido pelo nome em latim, Carolus Linnaeus, foi um botânico sueco, considerado o pai da taxonomia moderna e, por muitos, o primeiro ecologista. A nomenclatura binomial (que identifica cada organismo por gênero e espécie, como Homo sapiens) já existia havia 200 anos quando Lineu trabalhou sobre seu sistema. Mas ele foi o primeiro a fazer uso prático dessa norma, para nomear plantas e animais. Na décima edição de sua principal obra, Systema Naturae, de 1758, Lineu listou 4,4 mil espécies animais e 7,7 mil vegetais. A popularização do sistema binomial foi um dos fatores que deram grande impulso à biologia nos séculos seguintes.

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Estudo
Biologia animal: Classificação científica
TUDO IGUAL, MAS DIFERENTE Borboletas, que são insetos de uma mesma ordem – a dos lepidópteros –, apresentam imensa variedade de gêneros e espécies Uma hierarquia para os seres vivos Os primeiros sistemas de classificação dos seres vivos apareceram ainda na Antiguidade, e dividiam os animais entre vertebrados e invertebrados. À medida que o conhecimento […]

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