Geografia: Simulado (Respostas)
1. A seta e a letra N, no canto inferior esquerdo do mapa, indicam que o ponto cardeal Norte encontra-se no alto do mapa. Além disso, a curva de nível de 300 metros, a menor altitude representada, encontra-se na porção sudeste do trecho, o que permite concluir que o rio “corre” de noroeste para sudeste. A identificação das margens direita e esquerda leva em conta a direção das águas da nascente para a foz – imagine que você está no meio do rio, olhando para a direção que as águas se deslocam: à sua direita estará a margem direita e vice-versa. A declividade, por sua vez, é indicada pelo espaçamento entre as curvas de nível, o que corresponde ao espaço a ser percorrido no terreno para o aumento ou diminuição da altitude: quanto mais próximas umas das outras, maior é a declividade do terreno. Neste caso, é na margem esquerda do rio que se encontra a maior declividade (curvas mais próximas umas às outras). Quanto ao comprimento do rio, temos que recorrer à escala do mapa, que é de 1: 50.000 – ou seja 1 cm no mapa equivale a 50.000 cm ou 500 m. Como a distância é de 3,5 cm, tem-se 1.750 metros (3,5 x 500) de distância entre os pontos A e B.
Resposta: C
2. A grande variação longitudinal (sentido leste-oeste) da Rússia resulta na adoção de nove fusos horários em seu território. Cada uma das áreas representadas no mapa corresponde a um fuso horário, ou seja, corresponde a 1 hora de diferença em relação à área vizinha, que deve ser acrescida no sentido leste e diminuída no sentido oeste. Desta forma, se são 23 horas em Magadan (Sibéria), são 22 horas em Vladivostok e 16 horas em Moscou.
Resposta: B
3. A escala de um mapa é a proporção entre a área representada (mostrada na figura maior) e a representação cartográfica (neste caso, uma planta cartográfica, a figura menor). A escala numérica (forma utilizada nas alternativas da questão) é, por convenção, apresentada em centímetros. Portanto, deve-se converter primeiramente os valores para essa mesma unidade de medida (2.000 m equivalem a 200.000 cm e 40 mm equivalem a 4 cm). Em seguida, para descobrir o valor de 1 cm (que é o que a escala do mapa informa), basta fazer o cálculo: 200.000/4 = 50.000. A escala desse mapa é, portanto, 1/50.000.
Resposta: C
4. As projeções cartográficas são técnicas utilizadas para a representação da superfície curva (globo) em superfície plana (mapa). Há três formas, quanto à figura geométrica utilizada, de projetar a superfície curva do globo em um plano: a cilíndrica, a cônica e a plana (azimutal). A partir de cada uma delas foram criadas projeções que se diferenciam nas propriedades que apresentam, ou seja, o tipo de distorção que fazem: de área, distância ou forma, conforme a técnica de projeção empregada e a finalidade do mapa. Resposta: A
5. A afirmativa I está correta: a movimentação das placas tectônicas dá origem a diversos fenômenos e formas de relevo, entre elas as cadeias orogênicas.
A afirmativa II está errada: em regiões desérticas, devido ao baixo índice pluviométrico, predomina o intemperismo físico e a erosão eólica (provocada pela ação dos ventos), uma vez que o intemperismo químico ocorre com a presença de água no estado líquido.
A afirmativa III está correta: as planícies se caracterizam, geomorfologicamente, pelo predomínio da deposição de sedimentos provenientes de outras áreas mais elevadas, em geral trazidos pelos rios.
A afirmativa IV está correta: os planaltos brasileiros são predominantemente formados por rochas ígneas e metamórficas cristalinas (granito e gnaisse, por exemplo), que apresentam elevada resistência aos processos erosivos e, consequentemente, altitudes maiores que as do entorno, que foram mais desgastadas.
A afirmativa V está errada: houve, durante Era Mesozoica, derramamentos de lava e erupções vulcânicas no território atualmente ocupado pelo Brasil. Esses fenômenos deram origem, por exemplo, às cuestas basálticas no interior do estado de São Paulo e ao solo de terra roxa que se estende por estados do Sudeste (São Paulo), Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul) e Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Resposta: B
6. a) Os fatores ambientais que interagem para o desenvolvimento do perfil do solo são:
• o clima (temperatura e umidade, em especial): climas mais úmidos tendem a acelerar o intemperismo químico (decomposição) das rochas e a dar origem a solos mais desenvolvidos (mais profundos e menos pedregosos), enquanto em climas mais secos tendem a formar solos mais rasos e pedregosos.
• o relevo: ele influencia na infiltração ou escoamento das águas das chuvas (quanto mais plano, maior a infiltração e, consequentemente, o intemperismo químico das rochas).
• a composição mineralógica da rocha: o grau de resistência ao intemperismo e à erosão interfere na profundidade e na composição química dos solos. A rocha basáltica, por exemplo, dá origem a solos férteis de cor avermelhada devido ao elevado teor de ferro presente em sua constituição química. Além disso, o tipo de falhamento que caracteriza essa rocha facilita a infiltração da água e a ação do intemperismo químico, resultando em solos bem desenvolvidos.
b) A retirada da cobertura vegetal e a implantação de atividades agropecuárias expõe o solo ao processo erosivo e altera a dinâmica de infiltração e escoamento das águas pluviais e, consequentemente, influi no ritmo de decomposição das rochas e da formação dos solos. Além disso, essas atividades interferem diretamente na composição e estabilidade do horizonte superficial (horizonte A, além do horizonte O, orgânico, não representado no perfil do enunciado). Em grandes obras de engenharia, a construção de aterros ou a realização de cortes de barrancos, por exemplo, altera a dinâmica de circulação das águas e da erosão e deposição de sedimentos formados de solos.
7. As depressões são áreas rebaixadas (em relação aos planaltos) onde predominam processos de erosão. Nas planícies predomina o processo de sedimentação e, portanto, estão associadas a menores altitudes. As chapadas, por sua vez, apresentam uma forma de relevo tabular que, por apresentarem uma alternância de camadas de rochas mais resistentes e mais suscetíveis à erosão, ficam submetidas à erosão regressiva (a partir das bordas) e apresentam uma forma aplainada no topo. As formas de relevo não apresentadas no enunciado são os planaltos que, assim como as depressões, se caracterizam pelo predomínio dos processos erosivos sobre os deposicionais (deposição de sedimentos), porém em altitudes maiores que as do entorno.
Resposta: D
8. Como mencionado corretamente na alternativa C, os efeitos devastadores são maiores em países com infraestrutura mais limitada, caso do Haiti e da Indonésia, por exemplo. Entre as alternativas incorretas, vale citar que não é possível estabelecer uma relação direta entre a magnitude de um terremoto e o número de vítimas fatais, uma vez que isso depende da infraestrutura (técnicas utilizadas na construção civil, principalmente) de cada país. Além disso, entre os países apresentados no quadro, somente Japão e Indonésia se situam no Círculo de Fogo do Pacífico. Por fim, os efeitos dos terremotos não se restringem ao epicentro (local de origem do tremor), pois as ondas sísmicas se propagam por centenas e milhares de quilômetros, para todas as direções.
Resposta: C
9. Os tipos de movimentos que ocorrem nas áreas indicadas no mapa são: Área 1: Costa Oeste dos Estados Unidos: tipo de movimento representado na figura D – movimento transformante ou conservativo, no qual duas placas deslizam uma ao lado da outra. Área 2: sul da Ásia: tipo de movimento representado na figura C – movimento convergente ou destrutivo, quando duas placas com a mesma densidade chocam-se e comprimem-se. Nas falhas geológicas que correspondem aos limites das placas tectônicas há maior probabilidade de ocorrência de dois fenômenos: os abalos sísmicos (terremotos e maremotos) e o vulcanismo. No primeiro caso, ocorre a liberação e a propagação de energia acumulada com o atrito da litosfera devido à movimentação das placas tectônicas. A liberação dessa energia na forma de ondas sísmicas provoca tremores de terra e, se ocorrer na crosta oceânica ou próximo dela, pode ocorrer a formação de ondas gigantes ou tsunamis. No vulcanismo, por sua vez, ocorre a ascensão do magma à superfície através dos falhamentos na litosfera, mais comuns nessas faixas de contato entre as placas.
10. As alternativas I e IV estão corretas, pois apresentam dois fatores responsáveis pelas perdas materiais e humanas nos deslizamentos: a exclusão social, que leva milhares de pessoas a construírem suas casas em áreas de risco, menos valorizadas no mercado imobiliário ou mesmo de ocupação irregular, e a omissão do poder público, que deveria impedir a ocupação dessas áreas e garantir moradia digna e segura para todos. As demais afirmações estão incorretas, pois os deslizamentos não são fenômenos acidentais, mas previsíveis e passíveis de intervenção com obras de contenção de solo e escoamento das águas para evitar que ocorram em áreas ocupadas por moradias e outras construções. Apesar de menos frequentes, ocorrem também deslizamentos de terra em áreas não classificadas como de risco, geralmente associados a picos extremos de pluviosidade.
Resposta: E
11. a) O termo “graben” (derivado de grab, em alemão, “sepultura”) designa uma formação geológica em que houve um abatimento (descida) de partes da crosta terrestre. Esse processo geológico pode ser originado pela movimentação vertical da crosta em decorrência da movimentação das placas tectônicas ou por pressão do magma, que dá origem a falhas geológicas normais e, consequentemente, à movimentação de blocos para cima (caso das serras da Mantiqueira e do Mar) ou para baixo (caso do Vale do Paraíba do Sul, que corresponde ao graben). As bacias sedimentares formam-se posteriormente, com a atuação dos processos de erosão nas partes mais elevadas do relevo (nas serras representadas na figura).
b) Nas bacias sedimentares podem se formar os recursos minerais energéticos, como o petróleo e o gás natural, além do xisto betuminoso (em ambientes de sedimentação marinha no passado geológico) e o carvão mineral (em ambientes de sedimentação terrestre no passado geológico, com o soterramento de matéria orgânica de florestas e pântanos).
12. A afirmação I está incorreta: a Conferência realizada em 1972 foi a de Estocolmo. A primeira Conferência realizada no Rio de Janeiro foi a de 1992, conhecida como Eco 92. A afirmação II está correta: a Carta da Terra, aprovada na Eco 92, é considerada um marco no ambientalismo, pois propõe a implantação de ações práticas em relação às questões ambientais, como a Agenda 21, um conjunto de parâmetros e compromissos a serem adotados por governos e que vem sendo aprimorada desde então nas demais conferências. As afirmações III e IV também estão corretas: a poluição, sobretudo em grandes áreas urbanas, e os conflitos pela água, a exemplo do que ocorre entre Israel, Síria e os palestinos da Cisjordânia, no Oriente Médio, estão entre as principais preocupações referentes aos recursos hídricos.
Resposta: E
13. O excesso de nutrientes (provenientes, por exemplo, do despejo de esgotos domésticos) presentes nas águas provoca aumento de bactérias e algas, que consomem a maior parte do oxigênio. Essa é uma das formas de poluição das águas. A manutenção do volume de água resultaria no aumento gradual da eutrofização, enquanto o aumento da população de algas planctônicas (algas microscópicas presentes nas águas) provocaria uma redução do teor de oxigênio. Impedir a fotossíntese resultaria numa produção ainda menor de oxigênio pelas algas, enquanto o aumento da população de espécies do topo da cadeia alimentar seria inviável sem a recuperação anterior dos níveis de oxigênio capazes de manter vivas essas populações.
Resposta: C
14. A resposta correta é a alternativa A. A cobertura vegetal torna o solo mais estável, evitando a erosão laminar (perda de sedimentos da camada superficial do solo) e o assoreamento dos rios e lagos (excesso de sedimentos). Além disso, a vegetação favorece a infiltração de água e o abastecimento dos lençóis freáticos, aumentado a disponibilidade de água para consumo humano. Ao contrário do que diz as alternativas B e C, a recuperação de áreas degradadas exige ações de longo prazo e tem um custo bem menor do que o de grandes obras de engenharia para a obtenção de água em outras bacias hidrográficas por meio da transposição. A Região Metropolitana de São Paulo carece de áreas verdes e de mananciais, e o aumento desse tipo de proteção ambiental representaria ganhos significativos na disponibilidade de recursos hídricos, diferentemente do que aponta a alternativa D. Já a alternativa E está incorreta, pois o ritmo de crescimento da população na Grande São Paulo tem diminuído nas duas últimas décadas, e a recuperação das áreas degradadas possibilitaria um ganho significativo na oferta de água.
Resposta: A
15. Com a intensa exploração dos rios que desaguam no Mar de Aral por meio da irrigação, aumentou a concentração de sal nos solos, processo denominado salinização. A erosão é a retirada de sedimentos pela ação das águas das chuvas, dos rios e dos ventos, entre outros agentes erosivos, que não se aplicam à situação descrita no texto do enunciado. A laterização corresponde à formação de carapaças (crostas ferruginosas) em decorrência da concentração, na camada superficial do solo, de hidróxido de ferro e alumínio em áreas de climas com alternância de chuvas e estiagem. A compactação do solo está associada ao uso intenso de máquinas agrícolas, não mencionadas no enunciado. Por fim, a sedimentação é um dos processos geomorfológicos, o da deposição de sedimentos que, nesse caso, diminuiu devido ao desvio de águas dos rios para o uso na cultura irrigada do arroz.
Resposta: B
16. A alternativa E descreve corretamente que o aquecimento da superfície provoca a subida do ar quente, portanto com baixa pressão. Após o resfriamento nas camadas mais elevadas, o ar resfriado e com maior pressão desce até a superfície, tornando a ser aquecido e reiniciando o processo, o que favorece o maior tempo de voo para a asa-delta. Sobre as outras alternativas: o ângulo de incidência do sol, um fenômeno a ser analisado em escala global, não está diretamente relacionado ao fenômeno local descrito no enunciado. A gravidade e as áreas de alta pressão encurtariam o tempo de voo. Assim como o ângulo de incidência do sol, o efeito de Coriolis não se aplica à situação descrita, pois se trata de um fenômeno em escala global.
Resposta: E
17. O texto literário remete, em sua descrição, a um rio intermitente, ou seja, que seca durante uma parte do ano. A baixa penetração de massas úmidas na região do Sertão limita a incidência de chuvas, conforme afirma a alternativa A. Sobre as outras alternativas: o “inverno” mencionado por José Lins do Rego corresponde ao período de chuvas no Sertão, em que se verificam elevadas temperaturas, ao contrário, portanto, do que ocorre nessa estação no clima subtropical, que apresenta redução nas temperaturas. O verão pouco chuvoso no Sertão nordestino não se assemelha ao verão da porção centro-sul do país, onde predomina o clima tropical típico, com chuvas concentradas nessa estação. O relevo acidentado, principalmente a presença do Planalto da Borborema a leste, é um dos fatores climáticos responsáveis pela baixa pluviosidade no Sertão, pois barra as correntes de ar úmido provenientes do Oceano Atlântico. Por fim, as massas de ar citadas são secas, e não portadoras de umidade.
Resposta: A
18. A alternativa C é a que descreve corretamente os fatores climáticos responsáveis pela formação do Deserto do Atacama, localizado no Chile, que corresponde ao número 3 no mapa. A região referente ao número 1 no mapa indica o Deserto do Kalahari, cuja origem está associada à corrente de Benguela, que é de águas frias, e à formação de uma zona de alta pressão, que recebe os ventos descendentes (frios e secos) da circulação atmosférica intertropical (célula de Hadley). O número 2 no mapa mostra a localização do Deserto do Saara e sua origem está relacionada à zona de alta pressão da célula de Hadley e à presença de águas frias do Atlântico centro-oriental.
Resposta: C
19. Nos climogramas, a pluviosidade é indicada pelas colunas, enquanto as temperaturas são representadas pelas linhas.
I. Falso: os climogramas de Goiânia (GO) e de Caxias (MA) apresentam distribuição desigual dos índices pluviométricos ao longo do ano
II. Falso: Bagé (RS) tem uma pluviosidade bem distribuída ao longo do ano.
III. Falso: Em Goiânia e em Curitiba, a época que registra os maiores índices pluviométricos não coincide com as mais altas temperaturas.
IV. Verdadeiro: Os dois biomas que apresentam as mais elevadas amplitudes térmicas anuais são: Floresta de Araucárias (na realidade, essa formação vegetal corresponde a um Domínio Morfoclimático e integra o bioma da Mata Atlântica) e o Pampa, ambos localizados em região de clima subtropical e que apresentam as mais elevadas amplitudes térmicas anuais (diferença entre as temperaturas máxima e mínima).
V. Verdadeiro: as plantas da região de Goiânia são do bioma Cerrado, que desenvolvem adaptações à passagem do fogo (pirobioma) e às secas que ocorrem durante o inverno, como as cascas cortiçosas (grossas) que protegem o caule e as raízes profundas para alcanças as águas do lençol freático.
VI. Falso: a soma dos totais pluviométricos mensais de Curitiba (região de Floresta de Araucárias) fica bem abaixo de 3.000 mm anuais (cerca de 1.600 mm anuais).
Resposta: FFFVVF
20. As ilhas de calor se formam em grandes áreas urbanas devido ao acúmulo de poluentes na atmosfera, que aumentam a capacidade de retenção de calor, bem como pela elevada densidade de prédios, asfalto e demais formas de ocupação que eliminam ou reduzem as áreas verdes. A criação de áreas verdes sobre os prédios aumentaria a absorção de gás carbônico pelo processo de fotossíntese e absorveria parte da energia solar para transformá-la em biomassa, e não a simples transferência para a atmosfera, como ocorre nas superfícies de concreto (lajes e telhados).
Resposta: C
21. A figura 1 mostra uma variação normal (diminuição) da temperatura à medida que aumenta a altitude, enquanto na figura 2 há uma alteração anormal na variação da temperatura (aumento) entre 4 e 6 km de altitude, indicando uma situação de inversão térmica.
Resposta: C
22. Os ciclones são denominados “furacões” quando ocorrem no Oceano Atlântico e na costa leste do Pacífico e “tufões” quando ocorrem no Oceano Índico e no oeste do Pacífico. Eles se formam sobre as águas aquecidas dos oceanos na zona intertropical. As temperaturas elevadas dessas águas dão origem a zonas de baixa pressão, onde as correntes ascendentes de ar ganham força e, após se resfriar no alto da troposfera, descem e formam correntes de ar em forma de círculos. Devido à atuação da força de Coriolis (efeito do movimento de rotação no deslocamento dos ventos), o movimento se dá no sentido anti-horário no Hemisfério Sul. Esse mesmo sentido dos ventos pode ser observado na imagem de satélite apresentada na questão.
Resposta: D
23. A representação, no mapa, de águas aquecidas no Pacífico Central e o aumento do volume de chuvas nas regiões vizinhas (costa oeste da América do Sul e na Oceania/Sudeste Asiático) indicam uma situação de incidência do El Niño.
Resposta: D
24. A alternativa D refere-se corretamente à chuva ácida e seus efeitos em regiões vizinhas, devido ao transporte dos poluentes (como o dióxido de enxofre) dos locais emissores para outras regiões. Sobre as alternativas incorretas:
(A) A ilha de calor ocorre no verão e é consequência e não a causa da concentração de poluentes.
(B) Os principais emissores de gases poluentes pela atividade industrial e geração de energia (usinas térmicas) e transportes, além de outras atividades que consomem combustíveis fósseis, são os países desenvolvidos e emergentes.
(C) As monoculturas utilizam o trabalho mecanizado que, em geral, provoca a erosão dos solos.
(E) O Protocolo de Montreal tratou da redução e eliminação do gás CFC (clorofuorcarbono), prejudicial à camada de ozônio.
Resposta: D
25. O Arquipélago de Fernando de Noronha, de rica biodiversidade, limita a visitação turística e a ocupação humana e, por ser um Parque Nacional Marinho, implanta uma rigorosa legislação que visa à redução dos impactos negativos sobre seus ecossistemas. A matriz energética mencionada no texto é composta por formas de geração de energia consideradas limpas e renováveis.
Resposta: B
26. Uma das consequências do aquecimento global é o derretimento de geleiras e placas de gelo, o que provoca a elevação do nível do mar. Segundo o Painel Intergovernamental sobre a Mudança do Clima (IPCC), o nível do mar deve aumentar em até 82 centímetros até 2100. Essa elevação é suficiente para fazer submergir diversas ilhas povoadas no Oceano Pacífico, como é o caso de Kiribati, Maldivas e Tuvalu.
Resposta: A
27. As afirmativas corretas são a I e a III. As cheias ocorrem devido a uma associação entre diversos fatores: o elevado volume de chuvas do clima Equatorial; o degelo de parte das geleiras na Cordilheira dos Andes, onde se localizam as nascentes de parte dos rios amazônicos; e a configuração do relevo dessa região, com a formação de extensas planícies ao longo dos cursos fluviais. A mata de igapó ou mata inundada é a formação vegetal que se desenvolve dentro da água, na planície permanentemente com o solo encoberto por água, cujo nível fica mais elevado durante o verão no Hemisfério Sul, podendo atingir as copas das árvores. Além desta, há ainda a mata de várzea, com inundações periódicas (durante o período mais chuvoso) e a mata de terra firme, que se desenvolve acima do nível de inundação dos rios. As afirmativas incorretas são a II e a IV. Além de não se localizar apenas na faixa territorial entre o Trópico de Capricórnio e a linha do Equador (parte das terras amazônicas se localizam ao norte da linha do Equador), a simples localização no globo não justifica o fenômeno das cheias. Além disso, a proximidade com a faixa litorânea por si só não provoca as cheias.
Resposta: A
28. As populações tradicionais como indígenas, ribeirinhos, quilombolas e comunidades extrativistas, bem como as instituições que os representam, criticam essa forma de proteção legal, que proíbe qualquer tipo de exploração de recursos naturais nessas áreas. Isso porque é neste território que essas populações obtêm grande parte de seus recursos para a autossubsistência. Cerca de 25% das Unidades de Conservação existentes no país são de proteção integral.
Resposta: C
29. Os domínios naturais ou morfoclimáticos são áreas com certa homogeneidade climática, de vegetação e de aspectos relacionados ao relevo, solos e hidrografia. No trajeto apresentado no mapa, pode-se identificar a sequência correta na alternativa D: Mares de Morros: domínio da Mata Atlântica, marcado por planaltos e serras, com clima tropical, úmido nas zonas costeiras, que muda gradativamente para o clima tropical típico; Cerrado: domínio do clima tropical típico, com estação seca bem definida e relevo caracterizado pelas chapadas com topos planos; Amazônico na porção noroeste do país: caracterizado pelo clima equatorial úmido, com extensas depressões intercaladas por planaltos residuais e por planícies fluviais; Andes Equatorial: com estágios sucessivos de vegetação à medida que aumenta a altitude, desde a floresta equatorial peruana até a vegetação de altitude em áreas acima de 4 mil metros na região andina.
Resposta: D
30. O conceito de desenvolvimento sustentável apresentado no enunciado (aquele que busca um modelo de consumo que atenda às necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades) foi proposto pela ONU em 1987, no relatório “Nosso Futuro Comum”. Entre os maiores desafios para colocá-lo em prática está a busca do equilíbrio entre o atendimento das necessidades de consumo e a conservação ambiental. Outro desafio é a questão da desigualdade socioeconômica, principalmente entre os países desenvolvidos e os países com elevado índice de pobreza. As necessidades desses dois grupos são bem diferentes, e cada um deles defende seu direito de buscar o crescimento econômico e a satisfação de suas necessidades. O aumento do consumo de recursos naturais não renováveis (petróleo e minérios em geral) vai na contramão do desenvolvimento sustentável – a partir desse conceito, deve-se priorizar o uso de recursos e fontes energéticas renováveis (sol, vento, biomassa, entre outros).
Resposta: B
31. a) Os extremos com maior e menor biomassa e biodiversidade estão representados no gráfico abaixo. A situação de maior radiação solar (R) e de precipitação (P), que favorece a biomassa e a biodiversidade, encontra-se, de modo geral, nas latitudes menores (na região equatorial). A situação oposta encontra-se nos extremos dos gráficos (latitudes mais elevadas), onde as temperaturas extremas (baixas) das regiões polares se colocam como o principal fator restritivo à biomassa e biodiversidade.
b) Além da precipitação e da radiação solar, a distribuição da biomassa e da biodiversidade está relacionada à composição ou fertilidade química (presença de nutrientes minerais e de matéria orgânica) e à estabilidade físico-química (resistência à erosão) dos solos. As características geomorfológicas e hidrográficas, como a declividade e o volume de água dos rios e dos lençóis freáticos também podem resultar em maior ou menor biomassa e biodiversidade.
32. a) Na Zona Intertropical o fator que mais influencia a formação vegetal é a umidade. Nessa zona climática predominam expressivos índices pluviométricos que, associados às temperaturas elevadas, possibilitam o desenvolvimento de formações vegetais florestais. As florestas equatoriais Amazônica e do Congo, na África, e a Mata Atlântica, na faixa leste do Brasil, são exemplos desse tipo de formação vegetal. Apenas nos desertos não ocorrem florestas.
b) Devido à maior latitude, a Zona Temperada apresenta temperaturas relativamente mais baixas do que a Zona Intertropical. Dessa forma, desenvolvem-se menos formações vegetais florestais e com menor biodiversidade do que as florestas tropicais e equatoriais (apenas a floresta temperada e floresta boreal), com destaque para áreas de formações vegetais com predomínio de gramíneas e arbustos, como as estepes e pradarias e a vegetação mediterrânea.