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Geometria: Crise hídrica na Região Sudeste

A estiagem que castiga a região mais populosa do Brasil

MAT - pag 30-31

REVOLTA NA SUCATA Um automóvel que antes estava mergulhado nas águas da represa do Atibainha, em Nazaré Paulista, transformou-se em painel de protesto pela seca em São Paulo

Crise hídrica na Região Sudeste

A mais severa estiagem dos últimos 80 anos afeta 80 milhões de pessoas. Mas outros fatores contribuíram para criar o problema, como a falta de planejamento

Tudo começou no verão de 2013/2014: a estiagem imprevista nos meses que deveriam ser de chuvas no Sudeste começou a esgotar os mananciais que abastecem 80 milhões de pessoas. O verão seguinte trouxe um pequeno alívio, mas não o suficiente para eliminar a crise hídrica, que afeta a região mais populosa do país. A crise atinge com maior severidade o estado de São Paulo, particularmente a região metropolitana da capital. O Sistema Cantareira, principal conjunto de represas que abastece mais de 9 milhões de habitantes da Grande São Paulo, guardava no início de agosto de 2015 apenas 183 milhões de metros cúbicos – menos de 15% de seu volume total. A água que a população bebe vem de uma poça lamacenta, em nível tão baixo, que tem de ser retirada por bombas – o chamado volume morto. Nas cidades, a população vive o rodízio no abastecimento e boa parte tem de armazenar em baldes a pouca água distribuída por caminhões-pipas.

O problema não se deve apenas ao desequilíbrio meteorológico. Contribuem para a escassez o crescimento demográfico, a rápida urbanização da região e a falta de planejamento dos governos e das empresas que gerenciam a água em cada estado. O Sistema Cantareira, por exemplo, foi projetado em 1960, quando a Grande São Paulo abrigava 4,8 milhões de pessoas. Hoje são 20 milhões. Esse crescimento populacional aumenta o consumo nas residências, mas, também, no campo – que tem de produzir alimentos para um número cada vez maior de pessoas – e nas indústrias, que crescem em compasso com o mercado consumidor.

O crescimento das cidades, com o asfaltamento de ruas e a construção de edifícios, impermeabiliza o solo, impedindo que a água da chuva atinja os lençóis freáticos que deveriam alimentar os mananciais. Os sistemas de distribuição também carecem de manutenção. Estima-se que ligações clandestinas e vazamentos nas tubulações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) tenham levado a um desperdício de 1 trilhão de litros em 2013 – mais de 30% da água distribuída pela empresa.

O cálculo da capacidade total e do real volume de água de uma represa envolve conceitos de sólidos geométricos – um dos temas deste capítulo. Aqui você vê, também, polígonos, plano cartesiano e gráficos.

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Geometria: Crise hídrica na Região Sudeste
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