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Ponto de vista: Retrospectiva/Perspectiva Veja o que os principais semanários destacaram em seu balanço de 2015 e o que se espera para 2016

Retrospectiva e perspectivas para 2016

Como as principais revistas semanais do país fizeram um balanço de 2015 e apresentaram as expectativas para o ano novo.

As edições de final de ano das quatro principais revistas semanais brasileiras – Carta Capital, Época, IstoÉ e Veja – trouxeram, como de costume, uma retrospectiva do ano que passou, com os fatos e os personagens que ganharam destaque no período e as perspectivas para o ano que se inicia nas diferentes áreas, como política, economia, cultura e sociedade.

A operação Lava-Jato e a atuação do juiz Sergio Moro, a crise política do governo Dilma, a questão dos refugiados, as manifestações feministas, a tragédia ambiental em Mariana e o avanço do zika vírus, entre outros acontecimentos que marcaram 2015, estiveram na pauta dos semanários. E o olhar para o futuro ficou por conta de buscar soluções para questões como a crise econômica, o crescimento do desemprego e os embates nas redes sociais.

VEJA

veja_moro

Uma foto em primeiro plano do rosto do juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações da operação lava Jato. Ele aparece sério e com um olhar assertivo. a imagem ganha ainda maior destaque devido ao fundo escuro. Essa foi a escolha de Veja para ilustrar a sua retrospectiva 2015.

Abaixo da foto, a chamada principal afirma: “Ele salvou o ano!”. a manchete sugere que 2015 foi ruim, mas teve um grande e único fato positivo (que salvou o ano) – daí a publicação da foto única na capa e o fato de a reportagem sobre o juiz, na retrospectiva, ter nove páginas, enquanto todas as demais receberam duas páginas.

Na sequência da manchete vem o texto, que confirma a intenção do semanário de valorizar a atuação do juiz: “veja pesquisou 300 sentenças que Sergio Moro lavrou nos últimos quinze anos e descobriu as raízes da determinação e eficiência do juiz que deu ao Brasil a primeira esperança real de vencer a corrupção”.

A frase, além de enaltecer moro – referindo-se a sua determinação e eficiência e como sendo a primeira esperança real de vencer a corrupção –, também expressa a ideia de que isso seria incontestável, pois foi resultado de um exaustivo trabalho jornalístico que levou em consideração 300 sentenças.

IstoÉ

istoe_2016

Chama atenção a ausência de uma grande imagem ou de um forte texto na capa, em que predomina, simplesmente, a cor branca. Essa falta logo se explica pela pequena chamada que aparece, discreta, abaixo do nome da revista: “2016 não pode passar em branco. faça um ano melhor!”.

Assim torna-se clara a relação da capa branca com a primeira parte da frase, que faz referência à perspectiva 2016. nessa seção são apresentadas cinco reportagens sobre alguns dos eventos do ano que se inicia, como os Jogos olímpicos no Rio de Janeiro e as eleições nos Estados unidos, que poderão, segundo a revista, “construir um ano melhor”. nessa frase, assim como ocorre nas outras três revistas, há uma crítica ao ano que passou. mas diferentemente de Carta Capital e de Veja, há uma conclamação direta para se fazer um ano melhor.

Entre os outros semanários, a IstoÉ é a única a trazer tanto uma perspectiva de 2016 como uma retrospectiva de 2015. os fatos do ano que passou são chamados numa tarja na parte superior da revista (retrospectiva 2015), com pequenas imagens de pessoas que protagonizaram alguns desses acontecimentos – como Dilma, Eduardo cunha, ativista de movimentos feministas e mineirinho, o atual campeão mundial de surfe.

Uma foto em primeiro plano do rosto do juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações da operação lava Jato. Ele aparece sério e com um olhar assertivo. a imagem ganha ainda maior destaque devido ao fundo escuro. Essa foi a escolha de Veja para ilustrar a sua retrospectiva 2015.

Abaixo da foto, a chamada principal afirma: “Ele salvou o ano!”. a manchete sugere que 2015 foi ruim, mas teve um grande e único fato positivo (que salvou o ano) – daí a publicação da foto única na capa e o fato de a reportagem sobre o juiz, na retrospectiva, ter nove páginas, enquanto todas as demais receberam duas páginas.

Na sequência da manchete vem o texto, que confirma a intenção do semanário de valorizar a atuação do juiz: “veja pesquisou 300 sentenças que Sergio Moro lavrou nos últimos quinze anos e descobriu as raízes da determinação e eficiência do juiz que deu ao Brasil a primeira esperança real de vencer a corrupção”.

A frase, além de enaltecer moro – referindo-se a sua determinação e eficiência e como sendo a primeira esperança real de vencer a corrupção –, também expressa a ideia de que isso seria incontestável, pois foi resultado de um exaustivo trabalho jornalístico que levou em consideração 300 sentenças. Chama atenção a ausência de uma grande imagem ou de um forte texto na capa, em que predomina, simplesmente, a cor branca. Essa falta logo se explica pela pequena chamada que aparece, discreta, abaixo do nome da revista: “2016 não pode passar em branco. faça um ano melhor!”.

Assim torna-se clara a relação da capa branca com a primeira parte da frase, que faz referência à perspectiva 2016. nessa seção são apresentadas cinco reportagens sobre alguns dos eventos do ano que se inicia, como os Jogos olímpicos no Rio de Janeiro e as eleições nos Estados unidos, que poderão, segundo a revista, “construir um ano melhor”. nessa frase, assim como ocorre nas outras três revistas, há uma crítica ao ano que passou. mas diferentemente de Carta Capital e de Veja, há uma conclamação direta para se fazer um ano melhor.

Entre os outros semanários, a IstoÉ é a única a trazer tanto uma perspectiva de 2016 como uma retrospectiva de 2015. os fatos do ano que passou são chamados numa tarja na parte superior da revista (retrospectiva 2015), com pequenas imagens de pessoas que protagonizaram alguns desses acontecimentos – como Dilma, Eduardo cunha, ativista de movimentos feministas e mineirinho, o atual campeão mundial de surfe.

Época

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Ao contrário dos outros três semanários, a Época não faz uma retrospectiva de 2015. a revista investe numa edição especial dedicada a discutir ideias e assuntos que estarão na agenda da sociedade brasileira em 2016, como a crise econômica, a Operação lava Jato e as polêmicas nas redes sociais.

Usando cores fortes, como vermelho em contraste com o amarelo, o que causa uma sensação de urgência, usa o título “Guia de sobrevivência” para se referir ao novo ano. a expressão é grafada em grandes letras, que ocupam boa parte da capa. O ano 2016 aparece em preto, ao fundo.

A ideia de apresentar um guia de sobrevivência é trazer ao leitor um manual de como comportar-se ou agir perante as situações que estão por vir (note todos os verbos no futuro): “O custo de vida vai subir, o desemprego vai aumentar, o japonês da Federal [em referência ao agente Newton Ishii, chefe do Núcleo de Operações da Polícia Federal em Curitiba] vai acordar os poderosos e os brasileiros continuarão a brigar nas redes sociais”, diz o texto que complementa o título.

A chamada termina com a frase “saiba como vencer a difícil batalha do novo ano”, comprovando a necessidade de um manual frente à um cenário complexo.

Carta Capital

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Com um fundo rosa e cheia de emojis – as carinhas e os ícones divertidos para trocas de mensagens – a revista opta por tratar com humor e ironia o ano que passou.

A manchete “Rir para Não Chorar”, no centro da capa, traz a ideia de que 2015 foi marcado por acontecimentos ruins. Reforça esse pensamento a frase que complementa o título principal “Memórias e imagens de um ano que nem devia ter começado. E 2016? Bem, 2016…”. Ou seja, o ano trouxe tantos acontecimentos indesejados que seria melhor que nem tivesse existido. O semanário demonstra ter a mesma expectativa (de más notícias) em relação a 2016 ao se referir ao novo ano com uma interjeição (bem) e reticências…

Completa o sentido humorístico a presença dos emojis que fazem referência a alguns acontecimentos do ano, como os fatos que envolveram a presidente Dilma Roussef (bonequinha com os dentes à mostra e a faixa presidencial), os panelaços (ícone da panela), os atentados terroristas (bomba), a tragédia de Mariana (onda marrom) e a crise dos refugiados (boneco no barquinho). Ganha destaque a escolha do ícone na chamada superior onde se anuncia a edição especial, mais uma vez trazendo de forma bem-humorada a ideia de um ano negativo.

Ponto de vista: Retrospectiva/Perspectiva Veja o que os principais semanários destacaram em seu balanço de 2015 e o que se espera para 2016
Estudo
Ponto de vista: Retrospectiva/Perspectiva Veja o que os principais semanários destacaram em seu balanço de 2015 e o que se espera para 2016
Retrospectiva e perspectivas para 2016 Como as principais revistas semanais do país fizeram um balanço de 2015 e apresentaram as expectativas para o ano novo. As edições de final de ano das quatro principais revistas semanais brasileiras – Carta Capital, Época, IstoÉ e Veja – trouxeram, como de costume, uma retrospectiva do ano que passou, […]

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