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A volta dos palcos e a reinvenção da cultura na pandemia

A liberação de eventos e espetáculos é a melhor notícia para o setor; veja um balanço após 18 meses

Por Danilo Thomaz
Atualizado em 3 nov 2021, 19h30 - Publicado em 4 out 2021, 22h51

Um dos segmentos mais afetados pela pandemia, o de eventos culturais e de entretenimento, começa, após quase dois anos, a voltar à normalidade. No estado de São Paulo, os eventos culturais voltaram a ser liberados desde meados de agosto – com a recomendação do uso de máscara e restrição de aglomerações. Já os shows com o público em pé devem voltar em novembro. 

No Rio de Janeiro, os eventos em espaços abertos com até 500 pessoas foram liberados no meio de setembro. A cidade chegou a exigir um “passaporte da vacina” para circulação, mas a questão segue em embate jurídico. A capital fluminense receberá em 2022 a edição do “Rock in Rio” que seria realizada neste ano. A Bienal do Rio está prevista para acontecer ainda em 2021, mas deve ter um público menor.

A liberação de eventos e espetáculos é a melhor notícia para o setor em um ano. Segundo a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), 350 mil eventos foram cancelados em 2020. Uma queda no faturamento em torno de R$ 90 bi. As perdas para o setor cultural e da economia criativa nesses dois anos são estimadas em quase R$ 70 bi.

As lives, algumas delas com patrocínio, trouxeram algum respiro. Nada que revertesse a situação – nem de longe. Mas não se pode desconsiderar as inovações trazidas, como por exemplo as apresentações teatrais em plataformas digitais, que podem se tornar uma nova fonte de faturamento para o setor – e até mesmo uma maneira de estimular o público a ver o teatro presencial. Outro aspecto bem-vindo das peças com transmissão online é o acesso à pessoas que vivem em cidades com pouca ou nenhuma programação cultural.

Lei Aldir Blanc

O setor ligado mais à cultura que propriamente ao entretenimento contou também com o respiro da Lei Aldir Blanc, criada durante a pandemia, enquanto a Rouanet vem sofrendo severo cerceamento por parte da Secretaria Especial da Cultura. 

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A primeira é uma forma de incentivo cultural direto – ou seja, sem a necessidade de um patrocinador – por meio de uma verba que sai do Fundo Nacional da Cultura. As secretarias municipais e estaduais da cultura fazem a intermediação por meio do lançamento de editais. Os produtores que conseguem a verba têm suas contrapartidas, assim como no caso da Rouanet. Segundo a “Folha de S. Paulo”, 75% dos municípios brasileiros receberam verbas via Lei Aldir Blanc. Regulamentada em agosto de 2020, a Aldir Blanc foi estendida para 2021. De acordo com dados do Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, o mecanismo de incentivo ajudou a salvar 412 mil do total de 870 mil empregos perdidos em 2020 por causa da pandemia. Assim, o ano fechou no prejuízo de 458 mil postos de trabalho.

Sesc e musicais

Outro respiro para o setor foi a série #EmCasaComSesc. Realizada pelo Sesc São Paulo com maior intensidade em 2020, a programação trouxe apresentações teatrais, shows, espetáculos de dança e outras atrações realizadas diretamente da casa dos artistas ou nos espaços do Sesc sem a presença do público e seguindo todos os protocolos de segurança. 

Os musicais também voltaram à cena depois da retomada lenta, gradual e segura dos espetáculos menores. Em São Paulo, estão em cartaz espetáculos como “Cinderella” e a versão teatral de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”. 

Próximos meses

Há, ainda, muito por vir. A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), neste ano, será apenas digital, mas deve voltar a lotar Paraty no ano que vem. O Teatro Poeira, das atrizes Andrea Beltrão e Marieta Severo, por ora mantém-se ativo nas redes, mas tem previsão de realizar, ao reabrir, eventos de celebração de seus 15 anos – completos no ano passado. Nas duas maiores cidades do Brasil, os shows em pé devem ser retomados em novembro, assim como as pistas de dança.

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Não custa lembrar: se for ver um show ou peça, siga os protocolos. Nada de máscara no queixo. Álcool em gel sempre em mãos. Baixe também o ConecteSUS para ter em mãos o comprovante de vacina. É importante também conferir tanto as regras do seu estado quanto do seu município para não dar com a cara na porta. Já pensou, após um ano sem ir ao teatro, ter que dar meia volta por não portar um comprovante de vacinação?

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