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São Paulo: novo museu sobre povos indígenas busca desfazer equívocos

O recém inaugurado Museu das Culturas Indígenas se propõe a ser um local de compartilhamento e memória dos povos originários

Por Luccas Diaz
Atualizado em 5 ago 2022, 09h12 - Publicado em 4 ago 2022, 18h32

O mês de agosto será agitado no recém inaugurado Museu das Culturas Indígenas (MCI), em São Paulo, no bairro da Água Branca. Exposições, palestras, performances artísticas e debates fazem parte da programação do mês que celebra o Dia Internacional dos Povos Indígenas, marcado para 9 de agosto. Nesta data, o MCI fará um evento em que compartilhará com o público as práticas e os ensinamentos tradicionais dos Guarani Mbya, que marcam a passagem do tempo velho (Ara Ymã) para o tempo novo (Ara Pyau).

O evento gratuito vai das 9h às 17h e para participar os interessados devem se inscrever pelo e- mail contato@museudasculturasindigenas.org.br.

O MCI é um novo espaço de diálogo e encontros entre povos indígenas e não-indígenas aberto em junho deste ano e a proposta é a de ser um local onde diversos povos originários compartilham suas mensagens, ideias, artes, conhecimentos e histórias.

Confira abaixo a programação de palestras, exposições e performances para o mês de agosto no museu.

Palestras e debates

Museu das Culturas Indígenas
(MCI/Maurício Burim/Divulgação)

O “Papel da Tecnologia na Organização Social dos Povos Indígenas e de Pessoas em Movimento nas Américas” será o tema de um debate na primeira sexta-feira do mês, dia 5, a partir das 10h. A proposta é abordar experiências de ativistas com o uso de tecnologias na luta de mulheres indígenas na Guatemala e no fortalecimento da defesa de direitos e dos territórios.

Os palestrantes Andrea Isabel Ixchiú Hernández e Federico Etiene Zuvire Cruz discutirão o tema “A comunicação digital como forma de fortalecer a luta das mulheres indígenas na Guatemala”. Angela Solis discorrerá sobre “A tecnologia que constrói e a que destrói: como trabalhadores migrantes usam a tecnologia para lutar por seus direitos frente a grandes corporações tecnológicas” e Narrira Lemos falará a respeito do “Papel da segurança digital na proteção dos povos indígenas em suas lutas pela defesa do seu território”.

Já no dia 20, a palestra “Povos Indígenas e Educação Intercultural: Propostas Pedagógicas para a Quebra de Estereótipos”, ministrada pelo cacique e professor Ubiratã Gomes, terá como objetivo desfazer equívocos relacionados às culturas indígenas brasileiras, bem como informar quem são e como vivem algumas dessas comunidades no país – abordando, principalmente, os povos inseridos no estado de São Paulo.

No dia seguinte, 21, Luiz Karaí aborda a história da resistência do povo Guarani, em especial com as dificuldades relativas à apropriação da língua portuguesa em diferentes contextos, inclusive na cidade de São Paulo. A atividade intitulada “A Resistência do Povo Guarani: História, Língua e Cultura” também contará com uma performance de dança das kunhataingue, mulheres das etnias Kaiowá e Guarani. A partir das 15h.

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As vagas para as atividades, todas gratuitas, são limitadas e devem ser reservadas pelo e-mail contato@museudasculturasindigenas.org.br.

Exposições

Museu das Culturas Indígenas
(MCI/Maurício Burim/Divulgação)

A exposição temporária coletiva “Ocupação Decoloniza – SP Terra Indígena” espalha diferentes linguagens artísticas por todo o espaço do MCI. Com olhares decoloniais sobre os perímetros urbano, periférico e comunidades, artistas indígenas desconstroem narrativas equivocadas sobre as culturas dos povos originários.

Na mostra “Ygapó: Terra Firme”, o artista e curador Denilson Baniwa convida o público para uma imersão na floresta amazônica por meio de experiências sensoriais. A exposição conta com produções contemporâneas, tradicionais, sonoras e visuais de músicos indígenas. Ygapó é uma metáfora da resistência indígena, que mesmo em constante ameaça externa, mantém a coletividade e o compartilhamento de saberes, por meio da dança, do canto e das atividades manuais.

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Por fim, em “Invasão Colonial ‘Yvy Opata’ A Terra Vai Acabar” o artista Xadalu Tupã Jekupé traz, com sua estética na arte urbana contemporânea, a demarcação dos deslocamentos territoriais com múltiplas linguagens e o território identitário indígena ameaçado pela sociedade ocidental. Sua obra denuncia como que os territórios originários em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estão sendo invadidos pelos espaços urbanos.

Os ingressos para as exposições devem ser reservados previamente pelo site.

Performance artística

Museu das Culturas Indígenas
(MCI/Maurício Burim/Divulgação)

Edivan Fulni-ô, cantor, compositor, ator, fotógrafo, performer e ativista indígena da etnia Fulni-ô de Pernambuco, apresentará no dia 13 o trabalho que vem desenvolvendo no campo da moda e das artes do corpo. A performance está marcada para as 15h, dentro da exposição “Ygapó – Terra Firme”.

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Seja na fotografia, por meio de performances ou qualquer outra linguagem artística, Edivan busca dialogar com a cosmopolítica dos povos originários, promovendo a quebra dos estereótipos criados sobre a figura do indígena. Na música, seu mais recente trabalho é o EP “Segura Minha Mão”, fruto de campanha de financiamento colaborativo e realizado de maneira coletiva e independente na Casa Amarela de Cultura Coletiva.

Os ingressos para conferir o evento podem ser agendados no site.

Serviço

Museu das Culturas Indígenas

Horários: de terça a domingo, das 9h às 18h; às quintas-feiras até às 20h; fechado às segundas-feiras (exceto feriados)

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Ingressos: R$15,00 ou R$7,50 (meia entrada); gratuito às quintas-feiras – compras pelo site

Endereço: R. Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca, São Paulo – SP

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