Visibilidade LGBTQIA+: 7 filmes importantes sobre o tema
Aumente e diversifique seu repertório
Junho é o mês da visibilidade LGBTQIA+, uma população que, apesar de conquistas recentes, ainda enfrenta muito preconceito, violência e, em decorrência disso, é vítima da desigualdade, seja no mercado de trabalho, seja nas políticas públicas do Estado.
Por isso, fizemos uma lista de filmes e séries que abordam a histórias das lutas e do movimento dentro e fora do Brasil para você assistir neste feriado – já que não podemos ainda sair às ruas para celebrar e reivindicar igualdade de direitos.
1 – Stonewall, onde o orgulho começou (Roland Emmerich, 2015)
O filme mostra a história de um grupo de rapazes gays nova-iorquinos que vive na rua Christopher, em Manhattan, no final da década de 1960. A partir da trama do adolescente Danny Winters (Jeremy Irvine), expulso de casa por ser gay, acompanhamos gays, lésbicas e travestis abandonados à própria sorte. Rejeitados pela família e com sérias dificuldades para ingressar no mercado de trabalho, as personagens do filme têm poucas alternativas além da prostituição. E correm riscos mesmo em ambientes de lazer, em decorrência das sequentes batidas policiais e prisões arbitrárias no bar Stonewall. E é justamente em uma dessas batidas, na qual se dão conta da corrupção policial, que os frequentadores do bar se revoltam e enfrentam a violência das forças de segurança. O caso, ocorrido em 1969, é considerado a pedra fundamental do movimento LGBTQIA+.
Disponível em Globoplay e Telecine Play
2 – Meu querido companheiro (Norman René, 1989)
Em 1981, a notícia de um “câncer gay” – como a Aids era chamada no começo – é o prenúncio de novos tempos para um grupo de amigos que vivia, ainda, sobre a égide da liberdade conquistada nos anos 70. O que acompanhamos no filme é uma jornada dolorosa sobre o recrudescimento da Aids no período e o sofrimento de toda uma geração. Casais que evitam contatos íntimos, por receio da infecção, numa época em que ainda não se conhecia bem as causas das doenças. Casais desfeitos. Amigos que perdem amigos. O fim de uma geração – que havia sonhado com a liberdade na década anterior.
Infelizmente, esse filme não está disponível nas plataformas de streaming. Mas pode ser encontrado em DVD ou por outros meios.
3 – Cazuza, o tempo não para (Sandra Werneck e Walter Carvalho, 2004)
A cinebiografia do cantor e compositor interpretado por Daniel de Oliveira é um relato pujante dos “anos loucos” da década de 1980 – marcada pela abertura política após 21 anos de ditadura, alto consumo de drogas, liberdade sexual – e da epidemia do HIV/Aids pelo Rio de Janeiro, que vitimou toda uma geração. O filme mostra de maneira crua o sofrimento do cantor e suas dificuldades em adaptar-se a uma nova vida, até falecer em 1990.
Disponível no Globoplay.
4 – São Paulo em Hi-Fi (Lufe Steffen, 2013)
O documentário abarca três décadas da noite paulistana: desde o final dos anos 1960 até o início dos anos 1990. Por meio dos bares, boates e locais de encontro do período, e suas personagens, acompanhamos a evolução da população LGBTQIA+. Tudo começa com os cinemas e lugares secretos dos rapazes que viviam no armário nos anos 1960 e acaba com a pandemia de HIV/Aids, passando pelo desbunde dos anos 1970 – em plena ditadura civil-militar (1964-85).
Disponível no Now.
5 – Lampião da Esquina (Lívia Perez, 2016)
O principal jornal LGBTQIA+ da história do Brasil é tema deste documentário que leva o teu nome – e pode ser visto em diálogo com “São Paulo em Hi Fi”. O foco é a história da publicação – de alta qualidade – feita tão somente por jornalistas gays. Entre eles, Aguinaldo Silva, que se tornaria autor de telenovelas, e o escritor e ativista João Silvério Trevisan. Os depoimentos vão além da história do jornal e mostram o contexto do final da ditadura civil-militar, o preconceito de outras publicações alternativas, como O Pasquim, a violência contra a população – e até as dificuldades de distribuição.
Disponível em Now.
6 – Milk, a voz da igualdade (Gus Van Sant, 2008)
O longa narra a trajetória de Harvey Milk (1930-78), interpretado por Sean Penn, o primeiro gay assumido a assumir um cargo público na Califórnia, eleito em 1977 como supervisor da cidade de São Francisco e assassinado no ano seguinte. Na história, vemos o contexto da população LGBTQIA+ no período e a resistência de forças conservadoras às mudanças comportamentais do período – essas forças assumiriam o poder em 1980, com a eleição de Ronald Reagan, levando o país a uma onda conservadora.
Disponível em YouTube Filmes
7 – Filadélfia (Joanathan Demme, 1993)
O drama judicial ambientado na antiga capital dos Estados Unidos é um dos primeiros filmes feito para o público geral sobre o preconceito à população LGBTQIA+ e a questão do HIV/Aids. Na história, Andrew Beckett (Tom Hanks, primeiro astro a viver um gay no cinema) é demitido do escritório de advocacia onde trabalhava após descobrirem que ele é soropositivo. Para enfrentar a empresa, contrata um advogado negro, Joe Miller (Denzel Washington), para defendê-lo. E tem, novamente, de lidar com o preconceito. O filme mostra a batalha judicial do protagonista e a relação que estabelece com seu defensor, que passa a rever seus valores.
Disponível em YouTube Filmes
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