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Conheça a TRI, método de avaliação do Enem capaz de descobrir 'chutes' na prova

Sistema vê se candidato assinalou uma alternativa aleatoriamente ou não

Por da redação
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h51 - Publicado em 7 nov 2010, 13h30

Imagine que você e um amigo acertaram o mesmo número de respostas na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Estão empatados, certo? Provavelmente não. Com o método de avaliação usado no Enem, o mesmo número de acertos e erros pode significar médias finais diferentes.

O método é a chamada Teoria de Resposta ao Item (TRI). Trata-se de um sistema capaz de analisar as questões que o estudante respondeu corretamente e dar um peso específico para cada acerto. Veja como funciona:

  1. As perguntas são divididas previamente em grupos: fáceis, médias e difíceis. Elas estão misturadas ao longo da prova e não estão sinalizadas, o estudante não sabe qual questão pertence a qual grupo.
  2. Através de estatísticas e teorias matemáticas, a TRI analisa as respostas do aluno: se constata que ele errou muitas perguntas da categoria “fácil” e acertou muitas perguntas da categoria “difícil”, considera o fato estatisticamente improvável e deduz que ele chutou.
  3. Assim, a média do aluno que chutou cai. No final, a nota não depende apenas do valor absoluto de acertos. Depende também da dificuldade das questões que se acertou ou errou.

– Confira a resolução completa do primeiro dia de prova do Enem– Gabarito do Enem: preencha com seus resultados e descubra na hora o seu desempenho

Para o Enem, o objetivo da TRI é evitar que o candidato consiga se valer do fator sorte na hora de responder as questões. Assim reforça-se a cultura de que o importante é uma boa preparação para a prova, uma leitura calma e concentrada das questões e uma reflexão consistente na hora de respondê-las. Chute não tem lugar.

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– Confira as fotos do Enem 2010

Alguns mitos sobre o TRI

MITO 1: DEIXAR RESPOSTAS EM BRANCO
Nem pense nessa possibilidade. O chute em determinada questão pode ser detectado e causar a diminuição da nota, mas vale muito mais um acerto casual do que uma resposta em branco. Resumindo, uma resposta certa sempre vale mais do que errar ou não responder, acertando no chute ou não.

MITO 2: ADIVINHAR AS PERGUNTAS MAIS DIFÍCEIS
Dissecar o Enem em busca das perguntas que garantem mais nota? Furada. Além de perder tempo valioso da prova, não é possível saber quais perguntas são realmente as difíceis.

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MITO 3: A TRI VAI DEIXAR MINHA VIDA MAIS DIFÍCIL
Não pense que sua nota irá mudar radicalmente agora. O sistema não altera significativamente o ranking dos candidatos. Contribui, sim, para detalhar melhor as notas, o que pode ajudar a evitar empates ou na disputa por carreiras muito disputadas, onde cada detalhe faz diferença. Com TRI ou sem TRI, o mais preparado é quem vai melhor.

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