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Dados sobre o Brasil que podem te ajudar no Enem – e na vida

Confira uma seleção de números e informações sobre a sociedade brasileira que podem ser úteis na hora de realizar o exame

Por Luccas Diaz
Atualizado em 29 mar 2023, 14h58 - Publicado em 11 nov 2022, 19h20

Aqui no GUIA DO ESTUDANTE, já te mostramos como interpretar o tema proposto na redação do Enem, como saber se o seu texto está fugindo do assunto, se é necessário ou não escrever um título. Falamos também sobre como os corretores da redação do analisam o repertório sociocultural apresentado no texto, elemento avaliado na competência 2. É nesta competência que o candidato articula informações, fatos, números e citações com a argumentação proposta no texto. Ou seja, é ela que avalia o repertório externo inserido na dissertação. E construir um bom repertório, definitivamente, não é tarefa fácil.

A indicação dos professores é tentar fazer dessa busca um hábito. Ler livros, artigos, acompanhar o noticiário, estar atento às discussões atuais, exercitar um ponto de vista crítico… É muita coisa, a gente sabe, mas se você não sabe por onde começar – ou o que priorizar a essa altura do campeonato – ter uma noção básica da realidade brasileira pode ser extremamente útil.

São informações que por vezes passam despercebidas no dia a dia, mas que, no texto, vão demonstrar conhecimento de mundo por parte do candidato. Quer ver só?

De acordo com os últimos números do IBGE, o Brasil possui atualmente 215 milhões de habitantes. Deste número, 110 milhões são mulheres e 105 milhões, homens. Agora, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2019, 42,7% dos brasileiros se declararam como brancos, 46,8% como pardos, 9,4% como pretos e 1,1% como amarelos ou indígenas.

Entre as regiões que compõem o território nacional, o Sudeste é a que concentra o maior número de habitantes: é a morada de 42,4% da população total. O estado mais populoso do país também se encontra nesta região, São Paulo, com 47 milhões de habitantes.

Das regiões brasileiras, a Sul é a que concentra o maior número de autodeclarados brancos, com 73,2% da população. Já a região Nordeste é a maior concentração de autodeclarados pretos, 11,9%. A região norte é a que concentra mais autodeclarados pardos, sendo este grupo 72,2% dos habitantes.

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Ao saber sobre os números citados, temas como racismo a problemas urbanos podem ter vindo à sua mente, certo? É exatamente aí que mora a importância dos dados sobre a população brasileira: eles ajudam a explicar muitos fenômenos sociais e embasar alguns argumentos na hora de dissertar sobre eles.

Neste texto, separamos quatro dados atuais relacionados ao Brasil, do meio ambiente ao trabalho informal. Confira!

Área desmatada da Amazônia é a maior em 15 anos

Queimadas na Amazônia
(Wikimedia Commons/Reprodução)

 

Entre os meses de janeiro e setembro de 2022, a área desmatada da Floresta Amazônica atingiu 9.069 km². É o pior número em quinze anos – desde que o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) implantou o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) para a fiscalização da Amazônia Legal. Para se ter uma ideia, a área desmatada equivale a oito vezes a cidade do Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com o Imazon, além do desmatamento em si, as áreas de degradação da floresta causadas pelas queimadas e pela extração de madeira cresceu 359%. Foi de 1.137 km² em setembro de 2021 para 5.214 km² em setembro de 2022, um aumento de quase cinco vezes. 

A porção brasileira da Amazônia corresponde a mais da metade do território brasileiro – a floresta ocupa 59,7% do país. As principais causas do avanço desenfreado do desmatamento na Amazônia é a atividade predatória, como a expansão de indústrias, a mineração e a extração de madeira.

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Saiba mais sobre o bioma da Amazônia nesta vídeo aula do Guia do Estudante.

Número de trabalhadores informais quebra recorde no Brasil

Carteira de trabalho no Brasil
(Pinterest/Divulgação)

Entre os meses de junho e agosto de 2022, o número de brasileiros trabalhando de maneira informal atingiu uma marca histórica. A categoria inclui aqueles que exercem algum tipo de ofício no setor privado sem ter a carteira assinada – e, portanto, sem ter acesso a benefícios como férias remuneradas, aviso prévio, pagamento de horas extras, descanso semanal remunerado, 13º salário, faltas justificadas, vale-transporte, licença maternidade, entre outros.

De acordo com os dados PNAD Contínua, divulgados pelo IBGE, 13,2 milhões de pessoas trabalham atualmente sem a carteira assinada. É o maior número da série histórica iniciada em 2012. O grupo foi o equivalente a 39,7% do total da força de trabalho brasileiro durante o período.

Crimes contra a população LGBTQIA+ aumentam em um ano

Grupo de pessoas manifesta contra a transfobia e pela visibilidade de pessoas trans
Em 2018, manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, pela visibilidade de pessoas transexuais (NurPhoto/Getty Images)

De acordo com os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado em junho deste ano, entre 2020 e 2021 houve um aumento de casos de violência contra a população LGBTQIA+ no Brasil. Casos de estupro aumentaram 88,4% em um ano, de 95 para 179 no mesmo período. Lesões corporais dolosas, isto é, ataques físicos com uso de violência, cresceram 35%, de 1.271 para 1.719. Por fim, o número de assassinatos também saltou, passou de 167 para 179, um aumento de 7%.

+ Transfobia: entenda as raízes e os impactos deste tipo de preconceito

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Quando se trata de questões vinculadas à população LGBTQIA+ é importante ter em mente que os dados podem não refletir o número real de casos. Pela ausência do debate público sobre o tema, ou pelo receio do preconceito ou da retaliação, muitas vítimas acabam não fazendo uma denúncia, ou, quando a fazem, a justiça acaba configurando o caso como outro tipo de crime que não seja necessariamente relacionado à LGBTfobia.

 

 

Neste ano, uma pesquisa inédita foi divulgada pelo IBGE. Pela primeira vez na história do instituto, e de caráter experimental, uma coleta foi feita com o objetivo de quantificar indivíduos maiores de 18 anos que se identificassem como homossexuais ou bissexuais. Segundo o resultado, cerca de 2,9 milhões de pessoas se declararam homossexuais ou bissexuais no Brasil, o que equivale a 1,8% da população adulta.

Total de casos de racismo registrados em SP supera a soma dos dois últimos anos

Manifestantes em ato contra o genocídio da população negra
(Fernando Frazão/Agência Brasil)

Durante o primeiro semestre de 2022, o estado de São Paulo registrou 265 denúncias de casos de discriminação racial. O número supera a soma das denúncias realizadas entre 2019 e 2021, que, juntas, acumularam 251 casos. A informação é da Secretaria de Justiça e Cidadania do estado de São Paulo e, segundo a própria, o aumento dos registros poderia estar vinculado também à maior divulgação dos canais de denúncia (que inclui uma linha 24 horas) e a crescente consciência de que racismo é crime.

+ Como o mito da democracia racial perpetua o racismo no Brasil

 

Desde 1989, a Lei 7.716, conhecida com Lei do Racismo, pune todo tipo de discriminação ou preconceito baseado em cor, gênero, raça, idade e outras características individuais. Além da legislação, desde 2010, o Estatuto da Igualdade Racial busca garantir à população negra a “efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica”.

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Segundo os dados do Painel da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, 610 denúncias de crime de racismo foram registradas no Brasil durante o primeiro semestre de 2022. No mesmo período, 97 denúncias de injúria racial. Além de São Paulo, os estados que mais apresentaram denúncias também se encontram na região Sudeste – Rio de Janeiro e Minas Gerais.

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