O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou neste domingo (4), após o encerramento do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que o espelho da redação estará disponível para consulta a partir desta edição do exame.
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Segundo Mercadante, a prova será divulgada aos alunos para fins pedagógicos. “Nenhum exame do mundo autoriza isso”, disse. O tema deste ano foi "O Movimento Imigratório para o Brasil no Século XXI". Além de liberar o espelho do texto para consulta, o MEC também alterou o método de correção da prova e liberou um manual de redação que explica os critérios de avaliação.
Casos de erros
Em 2011, o MEC admitiu que 129 redações do Enem tinham erros técnicos na sua correção e que parte delas teve sua pontuação alterada. De acordo com o MEC, alguns dos casos mencionados foram percebidos e corrigidos antes das notas serem divulgadas em dezembro, mas outros foram diagnosticados apenas depois que os candidatos pediram direito de vista da prova via ação judicial.
Entenda a nova correção da redação
Neste ano, houve mudanças na metodologia de correção da prova de redação. Como ocorria nas edições anteriores, a redação será examinada por dois corretores, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Caso haja diferença na nota final superior a 200 pontos, o texto será lido por um terceiro corretor. Antes, isso ocorria quando a discrepância entre as duas primeiras notas superava os 300 pontos.
Também a partir deste ano, será acionada uma banca examinadora de excelência caso a diferença entre as notas dos três avaliadores permaneça superior a 200 pontos. Composta por três professores, a banca será responsável pela atribuição da nota final ao participante. O máximo é de mil pontos e a nota final será a média aritmética das notas atribuídas pelos avaliadores.
Na correção da redação, cinco competências são avaliadas: domínio da língua portuguesa; compreensão do tema proposto; capacidade de selecionar e organizar ideias; conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; elaboração de proposta para o problema abordado.
Na hipótese de a nota do primeiro corretor ser de 640 pontos e a do segundo, 480 — diferença inferior a 200 pontos —, a nota final da redação desse candidato será a média aritmética das duas. No entanto, caso a nota de um corretor, na competência 1, seja 160 e a de outro, 40, a redação será encaminhada ao terceiro avaliador. Se a terceira nota, nessa competência, se aproximar daquela atribuída por um dos dois corretores anteriores, não haverá necessidade da banca examinadora. A avaliação mais baixa será eliminada.
O estudante terá nota zero na redação se fugir ao tema proposto, apresentar estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo, entregar folha em branco, com sete linhas ou menos, copiar os textos motivadores e reproduzir impropérios, desenhos ou palavras de desrespeito aos direitos humanos.
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