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Enem 2021: MEC admite não ter dinheiro para pagar o exame

O Estadão teve acesso ao documento do MEC enviado para o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a verba para o exame

Por Juliana Morales
Atualizado em 14 Maio 2021, 15h20 - Publicado em 14 Maio 2021, 15h04
Enem
 (Pinterest/Divulgação)
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O Ministério da Educação (MEC) enviou documento ao ministro da Economia, Paulo Guedes, admitindo que que a verba destinada ao Enem 2021 é insuficiente para aplicar a prova a todos os participantes. O jornal Estadão teve acesso ao ofício encaminhado na última quinta-feira (13).

No documento, o MEC – pasta mais atingida pelo bloqueio de verbas realizado em abril pelo presidente Jair Bolsonaro – solicita o desbloqueio e a suplementação de crédito para a Educação. A falta de verba arrisca a realização do Enem 2021.“O montante disponibilizado não atenderia a totalidade de aplicações/participantes previstas, o que de fato poderia trazer prejuízos às aplicações do Enem e ao Inep”, escreveu o MEC no documento.

O Inep estima ter 6 milhões de alunos inscritos na edição de 2021 do Enem, além de 100 mil estudantes na aplicação da prova digital. Para a aplicação do exame, o órgão prevê um gasto de R$ 794 milhões. Como mostra a reportagem do Estadão, o Inep tem orçamento total de R$ 1,183 bilhão – com R$ 226,7 milhões bloqueados. A autarquia necessita de quase o dobro de verba para atender suas necessidades, já que é responsável por outras avaliações educacionais, além do exame nacional. 

O documento também alerta que a falta de verba para a realização do Enem também podem impactar programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o ProUni e o Fies, que dependem da nota da prova. 

Em nota publicada na quinta-feira (13), sobre a aplicação do Enem, após repercussão de possível adiamento, o Inep reafirmou, “ainda, que tem orçamento suficiente para realizar o Enem 2021”.

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+ Confira a nota oficial do Inep completa

Data do Enem 2021

O adiamento do exame já vinha sendo bastante discutido, mas a repercussão aumentou depois da publicação de uma portaria no Diário Oficial da União pelo Inep, que estabelecia como objetivos a serem cumpridos apenas a preparação técnica e o planejamento do Enem neste ano. O documento deixa de citar a aplicação das provas.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, desde 3 de maio, os diretores de Gestão e Planejamento do Inep e o de Tecnologia encaminharam despachos avisando sobre as datas de aplicação do Enem às suas respectivas coordenadorias envolvidas na elaboração do exame. De acordo com os documentos obtidos pela reportagem do jornal, as áreas técnicas do Inep trabalham desde o início deste mês com a ideia de aplicação adiada para 06 e 23 de janeiro de 2022.

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Em comunicado da assessoria, na noite de ontem (13), o Inep negou a informação de adiamento das provas.

 

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