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Enem pode ter menos questões no futuro, diz presidente do Inep

Em uma entrevista exclusiva para o GUIA DO ESTUDANTE, Malvina Tuttman conta tudo sobre o maior vestibular do Brasil

Por por MARIANA NADAI
Atualizado em 16 Maio 2017, 13h30 - Publicado em 13 jun 2011, 19h03

Quando fica pronta o prova do Enem? Por que ela é tão grande? Haverá segurança no exame deste ano? Essas são apenas algumas questões que os mais de 6 milhões de estudantes que se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011 gostariam de saber sobre a prova que hoje é a principal porta de entrada para o ensino superior no Brasil.

E, ninguém melhor do que a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela elaboração e aplicação do Enem, para responder essas questões. Acompanhe a seguir a entrevista exclusiva com Malvina Tuttman e saiba tudo sobre o Enem.


Foto: Valter Campanato/ABr

GUIA DO ESTUDANTE: Como é feita a prova do Enem?
Malvina Tuttman:
Existe um Banco Nacional de Itens, que é elaborado com uma parceria entre profissionais do Inep e professores de instituições de ensino superior (IES), com milhares de perguntas. A prova do Enem é elaborada com essas questões. Tendo em vista a importância de realizar mais de um exame por ano, fizemos uma chamada pública nas universidades federais, para capacitar profissionais a fazerem mais itens para o Banco. Isso nos possibilitará a elaboração de mais de uma edição do Enem por ano.

GUIA DO ESTUDANTE: O Enem precisa mesmo ter 180 questões?
Malvina Tuttman:
Neste momento sim. Os analistas do Inep consideram que é preciso esse número de questões para avaliar da melhor forma as quatro grandes áreas do conhecimento (ciências humanas, ciências da natureza, matemática e linguagens e códigos). Porém, estamos sempre realizando estudos sobre como melhorar a prova, e o número de questões faz parte de um desses estudos. Não afirmo que haverá mudanças, mas pode ser que em 2012 a quantidade de perguntas seja alterada.

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GUIA DO ESTUDANTE: Quando a prova do Enem fica pronta? Vocês fazem mais de uma prova por edição?
Malvina Tuttman:
No mês de julho nós concluímos a elaboração da prova. O próximo passo do Inep já envolve questões de logística. Estamos começando a ver toda a questão do ensalamento da prova, que é a verificação dos locais de aplicação da prova. Precisamos definir onde a prova será aplicada e quantos participantes terão em cada local.

Fazemos apenas uma prova a cada edição. Com o Banco Nacional de Itens, se houver qualquer tipo de contratempo com a prova feita, podemos montar uma nova rapidamente. Isso, porque todas as questões do BNI são testadas e consideradas boas para o uso em qualquer exame.

GUIA DO ESTUDANTE: Como será a segurança da prova? Os fiscais de sala terão algum treinamento?
Malvina Tuttman:
A Polícia Federal, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica serão responsáveis pelo acompanhamento e guarda das provas. Sobre os fiscais de sala, o Inep vai continuar insistindo no treinamento deles, como já estava acontecendo. Além disso, neste ano, o consórcio responsável pela aplicação da prova contará com uma parceria entre as instituições federais de ensino superior. Ouviremos a experiência de aplicação de prova destas instituições e também poderemos utilizar os aplicadores de provas delas.

GUIA DO ESTUDANTE: Por que o Enem é realizado em um final de semana? Não poderia ser feito em duas semanas?
Malvina Tuttman:
A prova é aplicada em apenas um final de semana por uma questão de logística e segurança que envolve todos os nossos parceiros. Por exemplo, a Polícia Federal ou o Exército se mobilizam para o acompanhamento e guarda do Enem e, para eles, um período de uma semana faz uma diferença substancial para a segurança do exame. Somamos a isso, a dificuldade em marcar duas datas para a prova em um momento do ano em que acontecem vários vestibulares.

GUIA DO ESTUDANTE: É certo usar o Enem como vestibular?
Malvina Tuttman:
O Enem é para o Inep uma avaliação de como está o ensino médio. Para o nós, os resultados da prova interessam para verificar que dados podemos disponibilizar para o governo organizar políticas públicas sobre educação.

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Entretanto, com a qualificação do exame, as IES – tanto públicas quanto privadas – passaram a se apropriar do Enem como alternativa aos seus processos seletivos. E eu considero este uso totalmente apropriado. Fui reitora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e, juntamente com toda a comunidade da Unirio, acreditávamos na potencialidade do Enem. Antes mesmo de existir o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a Unirio destinava 50% das vagas para estudantes que haviam realizado o exame.

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