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Enem: veja estratégias que fazem a diferença na hora da prova

Ter um bom método para resolver as questões é tão importante quanto os seus conhecimentos

Por Julia Di Spagna
Atualizado em 12 out 2019, 12h49 - Publicado em 16 abr 2018, 07h00

Primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Você já sabe quais matérias precisará fazer. Além da redação, é a hora de se dedicar à prova de linguagens e ciências humanas. Já na semana seguinte, o foco é outro: ciências da natureza e matemática.

Para alguns, o segundo dia é um pesadelo, mas para outros é a hora de garantir uma boa pontuação. De qualquer forma, um bom desempenho em ambos é o ideal para conseguir a tão sonhada vaga. Para isso, é importante não apenas saber as matérias, mas saber fazer a prova.

Estratégias bem traçadas podem otimizar seu tempo e possibilitar que se dedique mais às questões complicadas e que não cometa enganos nas mais fáceis, garantindo uma pontuação mais alta no sistema TRI (entenda como ele funciona aqui).

Conheça aqui algumas algumas técnicas consagradas por especialistas no assunto.

O pega-varetas

Apesar de cada um desenvolver com o tempo a sua própria estratégia, Daniel Perry, coordenador do Anglo, afirma que existe uma ideal para o exame. “Como o Enem é corrigido pela TRI (teoria de resposta ao item), que avalia a coerência das respostas em termos pedagógicos e visa evitar o chute, a melhor estratégia é o aluno resolver primeiro as questões que ele considera mais fáceis, de resolução imediata. Ou seja, após receber a prova, busque identificar essas questões e resolvê-las. E aí, depois de resolvidas, se dedique às questões médias e, depois, às mais difíceis”.

É o clássico método do “pega-varetas” defendido por diversos professores.”Percebeu que é uma questão média ou difícil? Marca e pula para fazer depois. O importante é garantir tudo que considera fácil e, depois, resolver as mais complexas”.

Vinícius Haidar, coordenador do Poliedro, afirma que, por ser uma prova longa e trabalhosa, o Enem é pautado pelo tempo. Logo, esse método é o ideal. “Considerando a TRI, não vale a pena se prender às perguntas mais difíceis: encontre as fáceis e garanta seus pontos. Tenha em mente que é importante tentar fazer cerca de 20 a 30 questões nesse primeiro bloco. Quando terminadas, volte e continue selecionando”.

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Lidar com o famoso “branco”

Esquecer conceitos que você tem certeza de que sabe é normal na hora do nervosismo, mas insistir em uma questão que não é respondida com facilidade é sinônimo de perder tempo – e pontos.

“Passe para outra questão e, depois, retome essa, porque muitas vezes você pode lembrar do que precisa ao longo da prova”, diz Vinícius.

Para ele, o aluno precisa aprender a lidar com algo muito delicado nessas horas: “É importante baixar o ego. Aprenda a pular a questão. Marque e vá para a próxima. Faz parte”.

Ordem das matérias

Em relação à ordem das matérias, os dois são unânimes: não comece por sua matéria preferida ou por aquela em que tem mais facilidade. “Digamos que ele seja bom em história, comece com essas questões e, justamente naquele ano, a prova da área esteja muito difícil – ele pode ficar abalado de cara e isso pode prejudicá-lo em tudo”, afirma Daniel.

“O ideal é intercalar humanas e exatas, mas no Enem não tem como fazer isso. Então uma sugestão é fazer 10 questões de uma matéria e, depois, pular para outra – para não fazer 40 questões de português, por exemplo, ou 45 de matemática e ficar cansativo”, completa.

Pausas

Concentração total na prova ou pequenas pausas para dar uma respirada? Para o coordenador do Poliedro não existe uma resposta exata. “Depende muito de cada aluno. Ele precisa avaliar se está treinado para fazer uma prova por horas ou se precisa descansar”.

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Ou seja, é importante que o candidato já tenha em mente o seu comportamento antes da prova – e fazer simulados é fundamental para que se obtenha esse autoconhecimento.

Daniel dá uma dica para quem quiser fazer um intervalo: “Controle o tempo. A cada uma hora conte quantas questões resolveu. Você precisa ter resolvido, no mínimo, 20. Aí o ideal é que essa pausa ocorra quando terminar de resolver o primeiro lote de questões”.

A redação

No primeiro dia, além das questões objetivas, o estudante precisa saber lidar com outro desafio: a redação. “Leia a proposta primeiro, porque durante a realização da prova outros textos podem ajudar, em termos de repertório e de ideias”, aconselha Daniel.

E Vinícius ainda especifica: “Faça um brainstorm de cinco a dez minutos, sem iniciar o texto, e deixe cerca de 1h30 para a redação no final”.

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