O Ministério da Educação (MEC) liberou nesta segunda-feira (21) o acesso à consulta ao boletim individual do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011. Com o resultado em mãos, as dúvidas começam: como funciona a nota do Enem?
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Cada candidato poderá acessar apenas o seu resultado na prova, isso porque para entrar no boletim individual é preciso informar o nome completo, o CPF e a senha.
Uma vez dentro do resultado, o estudante terá acesso a cinco notas diferentes: de Ciências Humanas, de Ciências da Natureza (provas aplicadas no primeiro dia do exame, 22 de outubro), de Matemática, de Linguagens e Códigos e da redação (provas aplicadas no segundo dia do exame, 23 de outubro).
As notas de cada área variam de 0 a 1.000 pontos. A partir do desempenho dos participantes, o Inep constrói uma escala de notas máximas e mínimas que permite ao aluno comparar seu desempenho com o dos demais estudantes. A escala será divulgada posteriormente pelo instituto. Mas, em 2010, por exemplo, as notas máximas dos candidatos foram: Matemática 973,2 pontos; Ciências Humanas 883,7 pontos; Ciências da Natureza 844,7 pontos; e Linguagens e Códigos 810,1 pontos.
Atenção! Para os estudantes que vão se inscrever no ProUni, a nota final do Enem é a média das cinco notas. Já para quem vai se inscrever em uma universidade pelo Sisu, as notas finais variam de acordo com a instituição, pois há faculdades que podem dar peso diferentes a cada uma das notas, dependendo do perfil do curso. Por exemplo, um curso de Biologia pode dar mais peso à nota da prova de Ciências da Natureza.
Como o Inep chega à nota de cada área?
Essa nota é calculada pelo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI), modelo estatístico que permite que diferentes edições da prova sejam comparáveis. Veja como funciona:
– Para o cálculo da nota, leva-se em conta não apenas o número de acertos do candidato, mas também o nível de dificuldade de cada item. As perguntas são divididas previamente em grupos: fáceis, médias e difíceis. Elas estão misturadas ao longo da prova e não estão sinalizadas, o estudante não sabe qual questão pertence a qual grupo.
– Através de estatísticas e teorias matemáticas, a TRI analisa as respostas do aluno: se constata que ele errou muitas perguntas da categoria "fácil" e acertou muitas perguntas da categoria "difícil", considera o fato estatisticamente improvável e deduz que ele chutou.
– Assim, a média do aluno que chutou cai. No final, a nota não depende apenas do valor absoluto de acertos. Depende também da dificuldade das questões que se acertou ou errou.
Para o Enem, o objetivo da TRI é evitar que o candidato consiga se valer do fator sorte na hora de responder as questões. Assim reforça-se a cultura de que o importante é uma boa preparação para a prova, uma leitura calma e concentrada das questões e uma reflexão consistente na hora de respondê-las. Chute não tem lugar.
Saiba mais sobre o TRI no site do GUIA .
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