Uma comitiva do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), liderada pela presidente do órgão Malvina Tuttman, esteve reunida com o Juiz Federal Luiz Praxedes Vieira da Silva, na manhã desta segunda-feira (31), para se pronunciar a respeito do pedido de anulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011, ou das 14 questões da prova antecipadas pelo Colégio Christus, de Fortaleza, feito pelo procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho.
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De acordo com o assessor da Justiça Federal do Ceará, a presidente do Inep tentou convencer o Juiz de que o acesso do colégio às questões do Enem 2011 é um tipo de problema considerado contingencial, ou seja, que já está previsto pela comissão que realiza a prova, não é uma falha grave. A comitiva do instituto defendeu a anulação da prova apenas para os 639 alunos do Colégio Christus.
Malvina Tuttman também explicou ao Juiz Federal Luiz Praxedes Vieira da Silva que era um erro anular o exame de forma nacional, porque este problema não prejudicaria o estudante, uma vez que o resultado da prova é calcula com a Teoria da Resposta ao Item (TRI) e não pela soma de acertos da prova.
Após o encontro com o Inep, o Juiz Federal ouviu estudantes de diversas escolas do Ceará, que pediram o cancelamento do Enem 2011. Para eles, os alunos do Colégio Christus serão beneficiados se fizeram a nova prova, pois terão mais tempo para se preparar.
O juiz federal Luiz Praxedes afirmou que a decisão sobre a anulação ou não do Enem deve ser anunciada até a próxima terça-feira (1/11).
Entenda o caso
Em nota, o MEC decidiu cancelar a prova do Enem dos 639 alunos do Colégio Christus, de Fortaleza (CE), por reconhecer que o material de estudo usado pelos estudantes, feito pela escola duas semanas antes do Enem, tinha questões idênticas às do exame, aplicado em 22 e 23 de outubro. Após a nota, o procurador Oscar Costa Filho fez o pedido de cancelamento da prova.
Segundo o MEC, todo o procedimento de aplicação do Enem 2011 foi revisado e não foi encontrada nenhuma ocorrência de vazamento na sua aplicação. Costa Filho defende a anulação do exame porque acredita que, sem investigação, ainda não é impossível antecipar que o colégio foi o único responsável pelo vazamento. "Não dá para saber quem realmente foi beneficiado com o ocorrido", afirma.
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