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Leia um modelo de redação nota mil no Enem sobre Inteligência Artificial

Texto escrito por uma professora de redação aponta caminhos caso este seja o tema do exame este ano

Por Redação
30 out 2025, 12h25
Montagem mostra uma mão robô e uma mão humana se aproximando, quase se tocando. Ao fundo, uma folha de redação do Enem
Quem chega mais perto da nota oficial do Inep: uma professora de cursinho ou o ChatGPT?  (Freepik/Guia do Estudante/Reprodução)
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Não é de hoje que professores apostam na Inteligência Artificial como um possível tema de redação para o Enem. O assunto é quente, já afeta diferentes setores da sociedade – como educação e mercado de trabalho – e testa o senso crítico dos candidatos. Mas como você passaria tudo que escuta sobre o tema para o papel?

O desafio não é fácil, ainda mais se o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) trouxer recortes muito específicos. Pensando neste exercício prático, a professora Rayane Roale, assistente pedagógica da plataforma Redação Nota 1000, redigiu uma redação a partir da frase-tema “Desafios sociais frente à ascensão da inteligência artificial no Brasil”. 

+ Veja 6 possíveis temas de redação do Enem 2025

Veja bem: a ideia não é decorar e nem engessar a escrita a respeito do tema! A redação modelo serve de inspiração e pontapé inicial para quem quer praticar. Confira abaixo o texto e, em seguida, um comentário da professora indicando por que ele poderia ser pontuado com uma boa nota no Enem!

“Desafios sociais frente à ascensão da inteligência artificial no Brasil”. 

A série distópica “Black Mirror”, disponível na plataforma de streaming Netflix, levanta questões sobre o uso desregulado da tecnologia ao exibir cenários de influência no comportamento social e de perda de privacidade. Embora a ficção não trate da realidade nacional e apresente exageros para fins dramáticos, essa é um convite à reflexão sobre os desafios frente à ascensão da inteligência artificial também na sociedade brasileira. Nesse sentido, a falta de regulamentação específica para o setor e o desconhecimento social sobre o uso de dados figuram-se como obstáculos a serem superados no país.

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Sob esse viés, a inexistência de uma regulamentação clara para o setor de IA apresenta-se como um catalisador de problemas sociais no Brasil. Essa questão surge de uma falha governamental em estabelecer limites claros para as grandes empresas de tecnologia, pois, por ser uma questão recente e o Estado não agir de forma rápida, não se estabeleceram prerrogativas claras na legislação para esse plano. Um exemplo desse conflito é que apenas em 2023 foi criado um Projeto de Lei no Senado Federal sobre o uso de imagens criadas por essas ferramentas para representar pessoas falecidas, após uma polêmica em que a cantora Elis Regina foi representada em um comercial de automóveis. A consequência dessa fragilidade é o uso indiscriminado desse meio, o que, por conseguinte, provoca uma vulnerabilidade social, pois fere o direito à autonomia.

Ademais, a ignorância coletiva a respeito do funcionamento da IA aprofunda os desafios referentes ao seu uso. A causa dessa carência informativa reside na falta de difusão de informações claras e acessíveis ao público, visto que é de interesse dessas plataformas que os cidadãos não compreendam a fundo de que forma seus dados são processados, mantendo o controle sobre o capital informacional para que informações sejam utilizadas no desenvolvimento dessa tecnologia. Essa lacuna acarreta o aceite despreocupado de termos de serviço complexos, que permitem que as empresas os monitorem. Tal vulnerabilidade é reconhecida no Brasil pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que visa, justamente, proteger o usuário de abusos e garantir a transparência no tratamento de suas informações. Como resultado desse consentimento velado, tem-se a incapacidade crítica do indivíduo frente à manipulação de seu comportamento, o que gera um risco à autonomia cidadã.

Fica evidente, portanto, que, para mitigar a lacuna legal e o desconhecimento que fragilizam a esfera pública brasileira, torna-se essencial uma intervenção. Nesse viés, cabe ao Poder Legislativo, responsável pela soberania da nação e pelos direitos civis, promover a integração ética e educativa dessa tecnologia no país, por meio da criação do Marco Regulatório da Inteligência Artificial, com o fito de estabelecer o dever da transparência na coleta de dados. Além disso, o Ministério da Educação deve incluir a Ética Digital como disciplina obrigatória do Ensino Médio, por intermédio de alteração da Base Nacional Comum Curricular, a fim de formar cidadãos críticos a respeito do tema. Desse modo, com a união entre lei e educação, o Brasil pode evitar o cenário de controle visto em “Black Mirror”, de modo a garantir um futuro mais justo e autônomo.

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Comentário da professora: A produção textual adequa-se à modalidade escrita formal da língua portuguesa, conforme requisito do Enem, além de não apresentar desvios gramaticais, demonstrar habilidades como a construção de inversões sintáticas e aplicar conectivos de forma expressiva e sem desvios.

A frase-tema traz à luz o assunto tecnologia, que permeia diversas áreas do conhecimento e da sociedade, fato que permite um direcionamento a questões sociais, consoante característica do exame. Nesse viés, o recorte a respeito da inteligência artificial foi trabalhado, primeiramente, a partir de uma série popular, o que corrobora o fato de que os repertórios não necessariamente precisam ser rebuscados e podem ser extraídos do conhecimento de mundo do candidato, desde que sejam pertinentes ao tema e trabalhados de forma produtiva.

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Em seguida, todas as palavras-chave do tema são mencionadas e a tese é dividida em duas causas: a falta de regulamentação e o desconhecimento social. Nos parágrafos seguintes, ambas são destrinchadas de modo a apresentar suas respectivas causas e consequências, apoiadas em repertórios que dialogam tanto com a argumentação quanto com o tema.

No parágrafo conclusivo, a tese é retomada e duas propostas de intervenção completas são apresentadas, uma para cada lacuna apresentada na tese, o que garante um excelente desfecho. Em termos de estrutura, é importante destacar que o texto é dividido em três partes (introdução, desenvolvimento e conclusão), sendo apenas uma delas, o desenvolvimento, dividida em dois parágrafos.

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