Mais de 60% das unidades da USP pretendem usar o Enem como alternativa à Fuvest
Proposta é que 15% das vagas oferecidas anualmente sejam preenchidas pelo Sisu
Das 42 unidades da Universidade de São Paulo (USP), 28 pretendem aderir ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como processo seletivo para parte de suas vagas, de acordo com o pró-reitor de graduação Antonio Carlos Hernandes. A proposta da reitoria é que cerca de 15% das vagas sejam preenchidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
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Foto: USP Imagens/Divulgação
A ideia da pró-reitoria é que as vagas pelo Enem sejam disputadas só por estudantes de rede pública. "O mesmo aluno vai ter duas oportunidades para entrar em um curso na USP: a própria Fuvest e o Sisu", disse Hernandes ao jornal O Estado de S.Paulo.
Entre as unidades que manifestaram interesse pelo ingresso parcial via Enem estão Medicina, Direito, Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Nos câmpus do interior, a maioria também aprovou a ideia. Ficaram de fora, por enquanto, unidades como a Escola de Comunicação e Artes (ECA) e a Engenharia de São Carlos, que resolveram não aderir.
Como a adesão ao Sisu é feita por curso e não por instituição, ainda não se sabe ao certo quantas vagas e quais cursos as unidades pretendem oferecer pela seleção federal. Mais detalhes e a oficialização da decisão depentem das próximas reuniões internas realizadas pelos órgãos deliberativos da USP. O pró-reitor Hernandes está otimista e acredita que a proporção de respostas positivas já indica que é certo o uso do Enem pela instituição. "Se cada uma das 28 unidades colocar um curso (com vagas abertas para o Enem), teremos 28 cursos (no Sisu)", disse.
Inclusão
A USP não tem cotas, mas adota atualmente o sistema de bônus por meio do Programa de Inclusão Social (Inclusp), criado em 2006. Em 2015, o número de ingressantes que vieram de escolas públicas atingiu a marca de 35,1%. O número é 8% maior do que o ano passado, mas ainda está longe da meta de 50% de alunos da rede pública que a USP quer atingir até 2018.
*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo
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