Das 42 unidades da Universidade de São Paulo (USP), 28 pretendem aderir ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como processo seletivo para parte de suas vagas, de acordo com o pró-reitor de graduação Antonio Carlos Hernandes. A proposta da reitoria é que cerca de 15% das vagas sejam preenchidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
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Foto: USP Imagens/Divulgação
A ideia da pró-reitoria é que as vagas pelo Enem sejam disputadas só por estudantes de rede pública. "O mesmo aluno vai ter duas oportunidades para entrar em um curso na USP: a própria Fuvest e o Sisu", disse Hernandes ao jornal O Estado de S.Paulo.
Entre as unidades que manifestaram interesse pelo ingresso parcial via Enem estão Medicina, Direito, Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Nos câmpus do interior, a maioria também aprovou a ideia. Ficaram de fora, por enquanto, unidades como a Escola de Comunicação e Artes (ECA) e a Engenharia de São Carlos, que resolveram não aderir.
Como a adesão ao Sisu é feita por curso e não por instituição, ainda não se sabe ao certo quantas vagas e quais cursos as unidades pretendem oferecer pela seleção federal. Mais detalhes e a oficialização da decisão depentem das próximas reuniões internas realizadas pelos órgãos deliberativos da USP. O pró-reitor Hernandes está otimista e acredita que a proporção de respostas positivas já indica que é certo o uso do Enem pela instituição. "Se cada uma das 28 unidades colocar um curso (com vagas abertas para o Enem), teremos 28 cursos (no Sisu)", disse.
Inclusão
A USP não tem cotas, mas adota atualmente o sistema de bônus por meio do Programa de Inclusão Social (Inclusp), criado em 2006. Em 2015, o número de ingressantes que vieram de escolas públicas atingiu a marca de 35,1%. O número é 8% maior do que o ano passado, mas ainda está longe da meta de 50% de alunos da rede pública que a USP quer atingir até 2018.
*Com informações do jornal O Estado de S. Paulo
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